Também conhecido como
Teste de AIDS
sorologia para HIV
Nome formal
Pesquisa de anticorpos anti-HIV
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Junho de 2019.
De Relance
Por que fazer este exame?

Para detectar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Quando fazer este exame?

Um a três meses após a exposição ao vírus. Em média, os anticorpos são detectáveis duas semanas após a exposição.

Amostra:

Uma amostra de sangue obtida de uma veia do braço. Há exames que podem ser feitos na urina e/ou na saliva.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma

O que está sendo pesquisado?

Esse exame detecta anticorpos anti-HIV no sangue e em outros líquidos corporais. O HIV, vírus da imunodeficiência humana, causa a AIDS (síndrome de imunodeficiência adquirida), que destrói o sistema imunológico e deixa o corpo vulnerável a infecções. Quando o HIV entra no corpo, por contato com pessoas ou dispositivos contaminados, o sistema imunológico produz anticorpos contra ele. Esses anticorpos podem ser detectados entre duas a oito semanas após a exposição. Se esta for mais recente, os anticorpos podem não ser identificados e será necessário pesquisar o antígeno p24 ou determinar a carga viral do HIV para detectar diretamente o vírus.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue é obtida inserindo uma agulha em uma veia do braço. Este é o teste mais recomendado e preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil. Há exames que podem ser feitos em amostras de urina ou de saliva, em condições especiais. É colhida uma amostra oral colocando uma espátula entre os dentes e a bochecha, que é esfregada uma vez na parte externa das gengivas superior e inferior.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

 

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária.
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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    A pesquisa de anticorpos anti-HIV é usada para triagem e diagnóstico da infecção pelo HIV. A monitoração do sistema imunológico e o tratamento precoce podem melhorar muito a saúde dos pacientes a longo prazo. O diagnóstico da infecção também é útil para orientar uma mudança de hábitos que colocam outras pessoas em risco.

    anticorpos anti-HIV em geral são detectados por método imunoenzimático (como o ELISA). Esses exames são feitos no sangue (colhido em um tubo ou em papel-filtro). O método ELISA é muito sensível, mas é necessário confirmar por outro método, como o Western Blot, porque é possível ocorrer resultados falsos posiivos. Para evitá-los, ainda é necessário repetir em outra amostra. No Brasil, o Ministério da Saúde edita portarias que definem como deve ser o diagnóstico da infecção por HIV, sendo a mais recente a Portaria 151, de 14 de outubro de 2009.

    Há diversos exames rápidos disponíveis, que fornecem resultados em cerca de 20 minutos. Entretanto, eles também exigem confirmação antes que possa ser feito um diagnóstico definitivo

    O algoritmo de testes para gestantes e crianças com menos de 18 meses é um pouco diferente. Ele leva em conta a maior probabilidade de resultados falsos positivos que podem ocorrer nestas fases da vida e o potencial benefício do tratamento. A principal diferença é a inclusão de um teste molecular, que identifica diretamente o RNA do vírus (ou DNA pró-viral), e não os anticorpos produzidos por ele.

    Não existe um kit de exame para ser feito em casa.

  • Quando o exame é pedido?

    Algumas organizações recomendam a triagem para HIV de todas as pessoas com mais de 13 anos de idade.

    O exame é de especial importância em grupos de risco ou em pessoas expostas ao HIV, e é recomendado nas seguintes circunstâncias:

    • Pessoas que tiveram três ou mais parceiros sexuais nos últimos 12 meses.
    • Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1985, ou que tiveram parceiros sexuais que receberam transfusões de sangue e ficaram positivas para HIV.
    • Pessoas que não estão seguras sobre comportamentos de risco de seus parceiros sexuais.
    • Homens que fizeram sexo com outros homens.
    • Usuários de drogas injetáveis, em especial quando compartilham agulhas ou outros equipamentos.
    • Pessoas com doenças transmitidas sexualmente.
    • Profissionais de saúde expostos a contato direto com sangue.
    • Mulheres grávidas. Há tratamento novos que reduzem muito o risco de transmissão do HIV da mãe para o bebê.
    • Mulheres que querem garantir que não estejam infectadas com o HIV antes de engravidar.
  • O que significa o resultado do exame?

    Pessoas saudáveis não têm anticorpos anti-HIV. Entretanto, um exame negativo significa apenas que não há evidência de infecção no momento do exame. É importante que pessoas com risco aumentado façam exames periódicos para excluir uma possível contaminação.

    Pessoas com resultados positivos de anticorpos anti-HIV por ELISA e por Western Blot são consideradas infectadas. A infecção não pode ser curada, mas o diagnóstico precoce permite o tratamento também precoce, que pode diminuir a quantidade de vírus no corpo (carga viral) e interromper o progresso da doença.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    A pesquisa de anticorpos não detecta a infecção logo após o contágio, durante a “janela imunológica” entre a exposição e o desenvolvimento de anticorpos. Um exame feito muito cedo pode ser negativo apesar de haver infecção (falso negativo). Nesse caso, podem ser feitos a pesquisa do antígeno p24, positiva de uma a quatro semanas após a exposição, e a pesquisa do RNA viral (carga viral), que detectam o vírus mas não a resposta de anticorpos a ele. A pesquisa de anticorpos também pode ser repetida depois de algum tempo.

  • Quais são os sintomas da infecção pelo HIV?

    O único modo confiável de saber se uma pessoa está infectada pelo HIV é fazer exames. Isso ocorre porque muitas pessoas com HIV não apresentam sintomas ou apresentam sintomas muito semelhantes aos de outras doenças. Veja aqui (em inglês) informações sobre sintomas da infecção pelo HIV ou no site do Ministério da Saúde do Brasil.

  • Quando a AIDS se desenvolve?

    Os sintomas iniciais da infecção pelo HIV são semelhantes aos da gripe ou de outras infecções virais. O termo AIDS se aplica aos estágios mais avançados da infecção pelo HIV. A AIDS é diagnosticada quando a contagem de linfócitos CD4 cai a menos de 200/mm3 ou quando o paciente apresenta doenças relacionadas com a AIDS, como tuberculose. Veja mais informações aqui (em inglês).

  • Quais são os tratamento para HIV/AIDS?

    No momento não há cura para a infecção pelo HIV ou para a AIDS. Entretanto, há tratamentos que podem retardar ou interromper a evolução da doença. Há um livreto do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), dos EUA, disponível on line: Living with HIV/AIDS  (em inglês). A FDA (Food and Drug Administration), dos EUA, também publicou on line uma lista de tratamentos aprovados: FDA-approved therapies (em inglês). No Brasil, os medicamentos são fornecidos pelo Ministério da Saúde. É recomendado o tratamento precoce.

  • Devo comunicar a alguém o resultado de meus exames?

    Sim, é importante comunicar exames positivos a profissionais de saúde, a parceiros sexuais atuais e futuros e a pessoas com quem compartilha agulhas ou seringas. Há serviços que fornecem orientação sobre como transmitir as informações necessárias.

  • Qual o grau de confidencialidade dos resultados de exames de HIV?

    Os resultados de exames são protegidos por lei e não podem ser comunicados a amigos, familiares ou empregadores sem permissão da pessoa. Entretanto, podem ser comunicados a profissionais de saúde que tratam do paciente. Para determinar a incidência da infecção e tomar providências necessárias de prevenção e tratamento, todos os casos novos de infecção devem ser relatados às autoridades sanitárias.

     

  • A pesquisa de anticorpos anti-HIV pode ser usada para detectar infecção em recém-nascidos?

    Não. Como os anticorpos maternos são transferidos da mãe para o bebê e permanecem em circulação durante 6 a 12 meses, deve ser usado um exame de detecção direta do vírus, como a carga viral do HIV.

  • Há outros exames para detectar o HIV além dos exames de sangue?

    Sim. Alguns laboratórios oferecem exames na urina ou na saliva. Outras informações sobre alternativas de exames de triagem de HIV podem ser vistas aqui (em inglês).

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

Fontes usadas na revisão atual

Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (© 2007). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 8th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO. Pp. 23-27.

Clarke, W. and Dufour, D. R., Editors (2006). Contemporary Practice in Clinical Chemistry, AACC Press, Washington, DC. Pp. 487-490.

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(January 29, 2009) OraSure Technologies. Oral Fluid—Specimen Collection and Testing Procedures. P. 4. PDF available for download at http://www.orasure.com/uploaded/400.pdf through http://www.orasure.com. Accessed February 2009.

Fontes usadas em revisões anteriores

Thomas, Clayton L., Editor (1997). Taber’s Cyclopedic Medical Dictionary. F.A. Davis Company, Philadelphia, PA [18th Edition].

Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (2001). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 5th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO.

Janice K. Pinson MT, MBA. Molecular Business Strategies, Birmingham, MI.