Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 30 de Novembro de 2019.
Resumo

A epilepsia se caracteriza por convulsões recorrentes. Convulsões são descargas elétricas anormais no cérebro que interrompem a transmissão usuais de mensagens nervosas do corpo. Causam alterações da consciência e contrações musculares repetidas em todo o corpo. Algumas vezes são precedidas por auras epilépticas, que são sensações visuais, sonoras, olfativas, gustativas ou tácteis que avisam a pessoa da crise iminente. O que acontece durante uma convulsão depende da área do cérebro afetada. A maioria dos indivíduos tem sintomas semelhantes em cada crise convulsiva, mas podem ser variáveis em outras pessoas.

A maioria das convulsões dura de alguns segundos a alguns minutos. Quando há alteração ou perda da consciência, a pessoa em geral não se lembra do que aconteceu. Após a convulsão, pode haver um período breve de confusão, fraqueza e fadiga, e durar vários dias. As convulsões não costumam ter efeitos duradouros sobre o cérebro ou sobre o resto do corpo, mas a perda de consciência pode provocar quedas e acidentes, especialmente em quem está dirigindo um veículo, cozinhando ou tomando banho. Convulsões que duram mais de cinco a dez minutos chamam-se estado epiléptico e precisam de cuidados médicos urgentes. Quando as convulsões prolongam-se por mais de 30 minutos existe um risco grande de ocorrerem lesões permanentes e podem até ser fatais.

Nem toda convulsão é considerada epilepsia. As que são causadas por problemas passageiros, como febre, meningite ou encefalites, álcool ou abstinência de drogas não são consideradas espontâneas. Por outro lado, alguns grupos de sintomas que parecem convulsões não são provocados por alterações da atividade elétrica cerebral. Desmaios, enxaquecas, narcolepsia, efeitos de drogas e medicamentos, doenças mentais e outros problemas que alteram temporariamente a consciência ou a percepção podem produzir sintomas semelhantes a convulsões.

A epilepsia é diagnosticada quando alguém apresenta duas ou mais convulsões com intervalo maior que 24 horas entre elas. Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia, que pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças pequenas e idosos com acima de 65 anos de idade. A maioria responde ao tratamento, mas cerca de 30% continuam a apresentar convulsões.

Qualquer doença que afete o cérebro pode causar epilepsia, incluindo traumatismos cranianos, desenvolvimento cerebral anormal, falta de oxigênio durante o nascimento, tumores cerebrais, acidentes vasculares cerebrais, envenenamento por chumbo ou por outras substâncias, infecções, doenças neurológicas e metabólicas. Algumas formas são familiares e relacionadas com defeitos genéticos. Muitos casos não têm uma causa aparente.

Convulsões epilépticas são classificadas em parciais (focais) ou generalizadas. As parciais afetam apenas uma parte do cérebro, enquanto as  convulsões generalizadas afetam completamente os dois hemisférios cerebrais. Algumas podem começar como parciais e se tornar generalizadas. Cerca de 60% das pessoas com epilepsia têm convulsões parciais.

Accordion Title
Sobre Epilepsia
  • Exames

    Exames laboratoriais e não laboratoriais são usados para diagnosticar e monitorar epilepsia, para identificar distúrbios subjacentes ou para distinguir epilepsia de outras doenças com sintomas semelhantes.

    Exames laboratoriais
    Exames laboratoriais são realizados para monitorar medicamentos antiepilépticos e excluir problemas como diabetes ou infecções. Podem incluir:

    Monitoração de medicamentos usados pelo paciente, como:

    Outros exames:

    Exames não laboratoriais

    • Eletroencefalograma – Identifica alterações dos padrões das ondas elétricas geradas pelo cérebro. É o principal recurso para diagnóstico de epilepsia.

    Exames de imagem:

    • Tomografia computadorizada – Identifica anormalidades e tumores cerebrais
    • Ressonância magnética – Detecta anormalidades e tumores cerebrais
    • Tomografia por emissão de pósitrons (PET). Uma substância radioativa é usada para localizar áreas de atividade cerebral
    • Tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT). Uma substância radioativa é usada para localizar áreas de atividade onde se originam convulsões.
  • Tratamento

    A epilepsia pode ser tratada na maioria dos casos com sucesso, mas não há prevenção ou cura. O risco de epilepsia resultante de traumatismo craniano pode ser reduzido com o uso de medidas de segurança, como capacetes ou cintos de segurança.

    Em pacientes com epilepsia, é possível reduzir ou evitar a incidência de convulsões usando medicamentos adequados, como carbamazepina, fenitoína, fenobarbital ou ácido valproico. A escolha dos medicamentos e das doses depende o paciente e do tipo de convulsões. Devem ser evitados fatores desencadeantes, como privação do sono, estresse excessivo ou consumo de álcool ou de drogas ilícitas, como cocaína. O tratamento de problemas subjacentes também pode diminuir a frequência de convulsões.

Fontes do Artigo

(2008 September 11, Updated). Seizures and Epilepsy: Hope Through Research. National Institute of Neurological Disorders and Stroke [On-line information]. Available online at http://www.ninds.nih.gov/disorders/epilepsy/detail_epilepsy.htm through http://www.ninds.nih.gov. Accessed on 9/17/08.

Adamolekun, B. (2008 March, Revision). Seizure Disorders. The Merck Manual for Healthcare Professionals [On-line information]. Available online at http://www.merck.com/mmpe/sec16/ch214/ch214a.html?qt=epilepsy&alt=sh through http://www.merck.com. Accessed on 9/7/08.

(2008 January). One of the Nation's Most Common Disabling Neurological Conditions. CDC at a Glance [On-line information]. Available online at http://www.cdc.gov/nccdphp/publications/AAG/epilepsy.htm through http://www.cdc.gov. Accessed on 9/14/08.

Mayo Clinic Staff (2007 April 27). Epilepsy. MayoClinic.com [On-line information]. Available online at http://www.mayoclinic.com/print/epilepsy/DS00342/DSECTION=all&METHOD=print through http://www.mayoclinic.com. Accessed on 9/17/08.

Cavazos, J. and Lum, F. (2007 November 30). Seizures and Epilepsy: Overview and Classification. EMedicine [On-line information]. Available online at http://www.emedicine.com/neuro/TOPIC415.HTM through http://www.emedicine.com. Accessed on 9/17/08.

About Epilepsy. Epilepsy Foundation [On-line information]. Available online at http://www.epilepsyfoundation.org/about/ and http://www.epilepsyfoundation.org/aboutus/pressroom/pr20050720.cfm through http://www.epilepsyfoundation.org. Accessed on 9/7/08.

Epilepsy, Frequently Asked Questions. Epilepsy Foundation [On-line information]. Available online at http://www.epilepsyfoundation.org/answerplace/faq.cfm through http://www.epilepsyfoundation.org. Accessed on 9/17/08.

Lehman, C. and McMillin, G. (2008 March, Reviewed). Seizure Disorders – Epilepsy. ARUP Consult [On-line information]. Available online at http://www.arupconsult.com/Topics/NeurologicDz/SeizureDis.html# through http://www.arupconsult.com. Accessed on 9/19/08.

Thomas, Clayton L., Editor (1997). Taber’s Cyclopedic Medical Dictionary. F.A. Davis Company, Philadelphia, PA [18th Edition]. Pp 657-658.