Também conhecido como
Frações de estrógenos (mais de 30 formas distintas de estrógenos foram descritas
[as formas mais comumente testadas são estrona [E1], estradiol [estradiol-17 beta, E2], e estriol [E3])]
Nome formal
Estrógenos
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 22 de Junho de 2019.
De relance
Por que fazer este exame

Medir os níveis de estrogênio em mulheres com ciclos menstruais irregulares, sangramento intenso ou anormal, infertilidade, sintomas de menopausa, ou qualquer outra alteração hormonal; também é útil para avaliar o estado fetal-placentário na fase inicial da gravidez; a presença de características femininas em indivíduos do sexo masculino também pode motivar a dosagem de estrógenos.

Quando fazer este exame?

Quando o médico diz que você tem sintomas de desequilíbrio hormonal, sangramento vaginal anormal, desenvolvimento anormal ou precoce de órgãos sexuais (femininos), ou quando o médico deseja monitorar a saúde da placenta ou do feto durante a gravidez.

Amostra:

Amostra de sangue colhida em veia do braço, amostra de urina de 24 horas, ou (em alguns casos) amostra de saliva recente

O que está sendo pesquisado?

Os estrógenos formam um grupo de hormônios primariamente responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias femininas. Embora os estrógenos sejam os principais hormônios sexuais femininos, pequenas quantidades também são encontradas nos indivíduos do sexo masculino. Nas mulheres, o hormônio folículo estimulante (FSH, produzido pela adeno-hipófise), estimula as células (folículos) que circundam os óvulos nos ovários, fazendo com que produzam estrógenos. Quando estes atingem um determinado nível, a hipófise libera uma onda de hormônio luteinizante (LH) que, finalmente, estimula a liberação do ovo, e inicia a preparação para sua fertilização.
São descritos três frações principais de estrógenos: estrona (E1), estradiol (E2), e estriol (E3).

  • Estrona (E1): é a o principal estrógeno após a menopausa. Derivada de metabólitos da glândula suprarrenal e frequentemente sintetizada no tecido adiposo (gordura).
  • Estradiol (E2): é produzida principalmente nos ovários. Nos homens, os testículos e as suprarrenais são as principais fontes de estradiol. Nas mulheres, níveis normais de estradiol permitem ovulação, concepção e gravidez adequadas, além de favorecer uma estrutura óssea saudável e boa regulação nos níveis de colesterol.
  • Estriol (E3): é o principal estrógeno produzido durante a gravidez, em quantidade relativamente elevada na placenta (a partir de precursores produzidos pelas suprarrenais e pelo fígado fetal). Os níveis de estriol começam a aumentar na oitava semana de gestação e continuam elevados até pouco antes do parto. O estriol no sangue materno é rapidamente eliminado do organismo. A dosagem de estriol reflete na gravidez fornece informações acerca da evolução e estado da placenta e do feto. Este hormônio apresenta também variações diárias normais.

Como a amostra é obtida para o exame?

Amostra de sangue colhida em veia do braço ou em coleta de urina de 24 horas. Dependendo do teste solicitado, é possível ser necessário colher amostra de saliva recente. No entanto, o teste em saliva não é comumente solicitado.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Não há necessidade de preparo.

Accordion Title
Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    O exame de estrógeno pode ser solicitado para auxiliar no diagnóstico de tumor ovariano, síndrome de Turner e hipopituitarismo. No sexo masculino, ajuda no diagnóstico da causa de ginecomastia ou na detecção de tumores produtores de estrógenos.

    Os níveis de estradiol são usados para ajudar a avaliar a função ovariana. Auxilia no diagnóstico para determinar a causa de puberdade precoce em meninas e de ginecomastia nos meninos. Sua principal utilidade tem sido no diagnóstico diferencial de amenorreia (por exemplo, para determinar se a causa é menopausa, gravidez ou algum outro problema clínico). Na reprodução assistida, realizam-se dosagens seriadas para monitorar o desenvolvimento dos folículos ovarianos nos dias que precedem a fertilização in vitro. O estradiol algumas vezes é utilizado para monitoramento da terapia de reposição hormonal após a menopausa.

    O teste de estriol, junto com alfa-fetoproteína (AFP materna), gonadotrofina coriônica humana (hCG) e inibina-A (um tipo de hormônio ovariano e placentário) é usado para avaliar o risco d feto apresentar alguma anormalidade, como síndrome de Down.

  • Quando o exame é pedido?

    O médico pode solicitar a dosagem de estrona ou de estradiol (além de outros testes) se você apresentar sintomas como dor em região pélvica, sangramento vaginal anormal, ciclos menstruais irregulares, ou se os órgãos sexuais (em crianças do sexo feminino) estiverem apresentando desenvolvimento precoce ou não compatível com a idade. O médico também pode solicitar a dosagem de estrona e/ou de estradiol quando há queixa de fogachos, suor noturno, insônia , amenorreia e outros sintomas relacionados à menopausa. Se você estiver recebendo terapia de reposição hormonal, o médico pode usar a dosagem de estrona para monitorar o tratamento.

    Quando houver problemas de fertilidade, o médico pode usar a dosagem do estradiol ao longo do ciclo menstrual para monitorar o desenvolvimento do folículo antes da fertilização in vitro (sincronizado com o aumento no nível do estradiol).

    Em grávidas, o médico pode solicitar amostras seriadas (múltiplas), procurando por tendência a aumento ou redução no nível de estriol ao longo do tempo. O estriol livre (não ligado à globulina de ligação de hormônio sexual) com frequência é medido na 15ª a 20ª semanas de gestação como parte do teste triplo.

  • O que significa o resultado do exame?

    Níveis aumentados e reduzidos de estrógenos são encontrados em muitas doenças metabólicas. É preciso ter cautela ao interpretar os níveis de estrona, estradiol e estriol encontrados, pois estes variam dia a dia e ao longo do ciclo menstrual. Se o médico estiver monitorando seus níveis hormonais, normalmente estará interessado em detectar alguma tendência a aumento ou redução, e não necessariamente nos valores isolados. Seguem-se alguns quadros nos quais é possível encontrar aumento ou redução nos níveis de estrógenos. Deve-se lembrar que o diagnóstico não pode ser feito apenas com base no resultado de um único teste.

    Aumento nos níveis de estrógenos encontrados em: Redução nos níveis de estrógenos encontrados em:
    Gravidez normal Síndrome de Turner
    Puberdade precoce  Hipopituitarismo
    Tumores de ovário, testiculos ou suprarrenal Hipogonadismo
    Cirrose

    Após menopausa (estradiol), Gravidez problemática(estriol)

    Gravidez problemática (estriol)  Síndrome de Stein-Leventhal (síndrome do ovário policístico)
      Anorexia nervosa
      Exercícios extenuantes
  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Os resultados obtidos em amostras de sangue, urina ou saliva não são comparáveis. O médico deve escolher que tipo de teste de estrógenos e o tipo de amostra a ser avaliado com base na hipótese diagnóstica.

    Além das variações diárias e cíclicas, algumas doenças como hipertensão arterial (pressão arterial aumentada), anemia, e disfunção hepática ou renal podem afetar os níveis de estrógenos.

    Alguns medicamentos como glicocorticoides, ampicilina, medicamentos contendo estrógenos, fenotiazinas e tetraciclinas podem aumentar os níveis dos estrógenos, assim como glicose na urina e infecções no trato urinário. Dentre os medicamentos que podem reduzir os níveis está o clomifeno.

  • Nos homens sempre há estrógenos presentes?

    Sim. Embora em quantidade seja muito inferior às mulheres, os estrógenos estão presentes e são necessários para haver equilíbrio hormonal e para o funcionamento adequado de outras glândulas.

  • O que são receptores de estrógenos?

    Os receptores de estrógenos são proteínas, localizadas sobre células de alguns tecidos, que se ligam aos estrógenos. Um dos fatores de risco para câncer de mama é a presença de estrógenos em excesso. Essa exposição excessiva a estrógenos parece estimular o crescimento de células cancerígenas, especialmente se o tumor contiver receptores de estrógenos. Os medicamentos que bloqueiam o efeito dos estrógenos podem reduzir a velocidade de crescimento desses cânceres.

  • O que são fitoestrógenos e estrógenos ambientais?

    Fitoestrógenos são compostos semelhantes aos estrógenos obtidos em vegetais. As duas principais classes são as isoflavonas, encontradas em produtos da soja, e a lignanas, encontradas em grãos integrais e em algumas frutas e vegetais. Esses produtos foram propostos como alternativa à terapia de reposição hormonal (TRH). Os estudos iniciais demonstraram que produzem alívio de alguns sintomas da menopausa, como os fogachos, mas há necessidade de pesquisas complementares.

    Os estrógenos ambientais são substâncias químicas, naturais (como as obtidas em plantas) ou artificiais (como o inseticida DDT) que apresentam efeitos semelhantes aos dos estrógenos e podem causar distúrbios como infertilidade, crescimento excessivo do revestimento endometrial, desenvolvimento prematuro das mamas e feminilização de jovens do sexo masculino. Tendem a permanecer no organismo por longo período e estão sendo estudados sobre seus efeitos em longo prazo.

  • Onde posso encontrar mais informações sobre os estrógenos?

    Seu médico pode lhe informar sobre os estrógenos. Também é possível encontrar muitas informações na internet. As mais recentes e confiáveis são obtidas nas fontes governamentais e nas diversas organizações de âmbito nacional (para iniciar, consulte o
    Link.)

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

S1
ACOG. (October 2001, Number 31). ACOG Practice Bulletin, Clinical Management Guidelines for Obstetrician-Gynecologists, Assessment of Risk Factors for Preterm Birth [26 paragraphs]. American College of Obstetricians and Gynecologists [Guideline from Obstet Gynecol 2001:98:709-716]. Available FTP: http://www.acog.org

S2
MEDLINEplus (3 October 2001). Medical Encyclopedia: Estrogen Overdose. U.S. National Library of Medicine, Bethesda, MD. MEDLINEplus. Available FTP: http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/002584.htm

S3
MEDLINEplus (9 August 2001). Medical Encyclopedia: Estradiol - Test. U.S. National Library of Medicine, Bethesda, MD. MEDLINEplus. Available FTP: http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/003711.htm

S4
Thomas, Clayton L., Editor (1997). Taber’s Cyclopedic Medical Dictionary. F.A. Davis Company, Philadelphia, PA [18th Edition].

S5
Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (1999). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 4th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO.

S6
Well-Connected Report: Menopause, Estrogen Loss and Their Treatments (March 2001). What Are Other Disorders Affected by Estrogen? [16 paragraphs]. WebMDHealth, [On-line serial]. Available FTP: http://my.webmd.com/content/article/1680.52622

S7
ACOG (3 October 2001). Hormonal Contraception Studies Examine Easier Methods, Menstrual Regulation [5 paragraphs]. American College of Obstetricians and Gynecologists [Press release]. Available FTP: http://www.acog.org/from_home/publications/press_releases/nr10-31-01-3.htm

S8
ACOG (31 March 2001). ERT and Endometrial Cancer Survivors [1 paragraph]. American College of Obstetricians and Gynecologists [Press release]. Available FTP: http://www.acog.org/from_home/publications/press_releases/nr03-31-01-3.htm

S9
AMWA (2000). Hormone Replacement Therapy and Breast Cancer Risk, Q & A [15 paragraphs]. American Medical Women's Association. [On-line serial]. Available FTP: http://www.amwa-doc.org/healthtopics/hrt_breastcancer_qa.htm

S10
Women’s Health Information Center (June 2001). Efficacy of Estradiol for the Treatment of Depressive Disorders in Perimenopausal Women [4 paragraphs]. The Journal of the American Medical Association. [Abstract from Arch Gen Psychiatry. 2001;58:529-534]. Available online

S11
Moving Beyond Cancer (4 October 2001). Managing Menopausal Symptoms Hormonal transitions [5 paragraphs]. Breastcancer.org. [On-line medical information]. Available FTP: http://www.breastcancer.org/bey_cope_meno_horTran.html

S12
Drugs & Herbs (24 March 2000, Medically reviewed October 2001) Estradiol Tropical Patches [38 paragraphs]. LycosHealth with WebMD. [On-line Medical Information]. Available FTP: http://webmd.lycos.com/drug_article/article/4046.1242

S13
Association of Women for the Advancement of Research and Education Typical Hormone Products. Available FTP: http://www.project-aware.org/Managing/Hrt/HRTtoday.html

S14
ARUP’s Guide To Clinical Laboratory Testing. Estriol, Serum and Urine. Available FTP: http://www.aruplab.com/guides/clt/tests/clt_a201.htm

S15
ARUP’s Guide To Clinical Laboratory Testing. Maternal Serum Screening. Available FTP: http://www.aruplab.com/guides/clt/tests/clt_al60.htm#1208428