Também conhecido como
Trombofilia
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Este artigo foi modificado pela última vez em 29 de Novembro de 2019.
Resumo

Hipercoagulabilidade é um estado hereditário ou adquirido que aumenta o risco de formação excessiva de coágulos sanguíneos. A coagulação é uma resposta normal a lesões de tecidos. Quando um vaso sanguíneo se rompe, o sangue vaza para os tecidos vizinhos ou para o exterior do corpo. A perda de sangue é interrompida por um processo complexo, chamado hemostasia. Esta se inicia com a vasoconstrição local, que reduz o fluxo de sangue. Ao mesmo tempo, as plaquetas aderem ao local da lesão e se agregam formando um tampão que fecha a lesão no vaso. Sobre esse tampão plaquetário ocorrem reações de proteínas plasmáticas, chamadas fatores da coagulação, que culminam com a formação de uma rede de fibrina que envolve a lesão e forma um coágulo firme insolúvel. Enquanto acontece a regeneração dos tecidos, o coágulo de fibrina é destruído por um processo chamado fibrinólise.

Normalmente, todos esses processos são controlados. Desequilíbrios podem provocar, por um lado, sangramento excessivo e, por outro, coagulação exagerada (trombose). Coágulos formados dentro dos vasos são chamados trombos. Os mais comuns se formam nas veias profundas das pernas (trombose venosa profunda), causando dor e edema. Outros se formam em artérias, provocando infartos. Os trombos podem liberar fragmentos (êmbolos) que são transportados pela circulação e obstruem vasos menores (embolia cerebral, embolia pulmonar).

Algumas mutações hereditárias podem resultar em predisposição a trombose. Algumas são bastante comuns, como o fator V Leiden e a protrombina 20210A, mas apenas aumentam um pouco o risco de trombose. Outras, como a deficiência de proteína C, a deficiência de proteína S e a deficiência de antitrombina III, são relativamente raras, mas provocam distúrbios mais graves. Com exceção da deficiência de antitrombina III, que é autossômica dominante, esses distúrbios hereditários podem ocorrer em heterozigotos (uma cópia do gene) ou homozigotos (duas cópias do gene). O risco de trombose é maior em homozigotos ou em heterozigotos para mais de uma mutação. Os pacientes podem apresentar tromboses recorrentes, história familiar de trombose e coágulos em locais incomuns, como veias cerebrais, hepáticas ou renais. Em muitos casos, a primeira trombose acontece antes dos 40 anos de idade.

Os distúrbios adquiridos são mais frequentes que os hereditários. Podem estar relacionados, por exemplo, com anticorpos anti-fosfolipídio, doenças hepáticas e alguns tipos de câncer. Na coagulação intravascular disseminada, há ativação e consumo de fatores da coagulação que provocam um quadro grave de microtromboses e sangramentos.

As próximas páginas descrevem alguns estados de hipercoagulabilidade.

Distúrbios de ativação da coagulação

Qualquer processo que prejudique o fluxo sanguíneo regular pode facilitar a ativação da coagulação. Anormalidades comuns da parede vascular que facilitam tromboses:

  • Aterosclerose – Depósitos de lipídios e de cálcio nas paredes das artérias. Formam placas que dificultam o fluxo sanguíneo e podem se romper, produzindo êmbolos e causando acidentes vasculares cerebrais e infartos do miocárdio.
  • Vasculites – Inflamações das paredes vasculares podem provocar adesão de plaquetas e ativação da coagulação.

Problemas de controle da coagulação

Hereditários:

  • Resistência à proteína C ativada (fator V Leiden). Mutação do gene que codifica o fator V da coagulação. O fator é ativado normalmente, mas resiste à inativação pela proteína C ativada, que controla a coagulação.
  • Protrombina 20210a. Mutação com substituição de um aminoácido na protrombina, resultando em hiperprotrombinemia e tendência a trombose.
  • Deficiência de antitrombina III - Esta inativa diversos fatores da coagulação (trombina, Xa, IXa, XIa). Sua deficiência aumenta o risco de tromboses, em especial tromboses venosas profundas.
  • Deficiência de proteína C - Esta participa do controle da coagulação, inativando os fatores Va e VIIIa.
  • Deficiência de proteína S - Esta é um cofator da proteína C.
  • Níveis elevados de fator VIII - Quando são persistentes e não associados a inflamação ou a outros distúrbios, podem estar relacionados com aumento do risco de trombose.

Adquiridos:

  • Anticorpos anti-fosfolipídio (anticoagulante lúpico e anticorpos anti-cardiolipina).
  • Coagulação intravascular disseminada.
  • Alguns tipos de distúrbios mieloproliferativos.
  • Em casos raros, anticorpos antifatores da coagulação - A maioria desses anticorpos gera tendência hemorrágica, e não ao risco de trombose.
  • Lúpus eritematoso sistêmico - Pode incluir no quadro clínico vasculites e anticorpos antifosfolipídios.

Problemas de reabsorção de coágulos (fibrinólise)

Hereditários:

  • Deficiência congenital de plasminogênio - Quando este é ativado forma a plasmina, enzima que destrói o coágulo de fibrina. A deficiência de plasminogênio está associada a conjuntivite crônica, e não a complicações trombóticas.
  • Disfibrinogenemia. Variantes genéticas do fibrinogênio - A maioria não causa problemas, mas algumas estão associadas a tendência hemorrágica e outras a complicações trombóticas.

Adquiridos:

  • Deficiência de plasminogênio. Veja acima.
  • Deficiência de ativador do plasminogênio
    Accordion Title
    Sobre Hipercoagulabilidade
    • Sinais e Sintomas

      Outros fatores associados a aumento do risco de trombose:

      • Estase venosa - Imobilização por períodos de tempo longos, em pessoas que ficam sentadas durante viagens ou que estão acamadas. Dificulta o retorno venoso e aumenta o risco de tromboses venosas profundas.
      • Insuficiência cardíaca congestiva - Pode causar estase e facilitar a ocorrência de tromboses venosas profundas.
      • Obesidade.
      • Anticoncepcionais orais e reposição hormonal.
      • Cirurgias - Expõem o sangue a ativadores teciduais da coagulação.
      • Fibrilação atrial - Pode facilitar a formação de coágulos atriais e êmbolos causadores de acidente vascular cerebral.
      • Câncer - Pode provocar hipercoagulabilidade por diversos mecanismos, como compressão externa ou invasão de vasos sanguíneos.
    • Exames Laboratoriais

      Embora seja bastante simples detectar uma trombose, a identificação da causa exige mais tempo e esforço, porque alguns dos exames diagnósticos necessários são alterados pela presença de um coágulo e pelo tratamento anticoagulante usado. Com frequência, o médico pede alguns exames e trata a trombose atual, e somente semanas ou meses depois termina a avaliação da causa. Esses exames são importantes para avaliar o risco de novas tromboses no paciente.

      Os exames iniciais podem incluir tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial (TTP), hemograma, resistência à proteína C ativada, fator V Leiden, homocisteína, anticorpos anticardiolipina e protrombina 20210. Se o TTP estiver alongado, podem ser pedidos mais tarde anticoagulante lúpico, proteína C, proteína S, e antitrombina III.

      Em geral, os exames incluem:

      Exames para hipercoagulabilidade

      EXAMES MeDE/PESQUISA PEDIDO PARA ResultADOs ANORMAIS PODEM INDICAR
      Anticorpos anticardiolipina Presença de anticorpos Avaliação de tromboses ou de abortos recorrentes Síndrome antifosfolipídio
      Antitrombina III - atividade Atividade da antitrombina III Tromboses recorrentes Atividade baixa indica risco de trombose
      Antitrombina III – antígeno Quantidade de antitrombina III Atividade baixa Diminuição da produção ou aumento do uso indicam risco de trombose
      Resistência à proteína C ativada Resistente ao fator Va a inativação Tromboses recorrentes Precisa confirmação com pesquisa de fator V Leiden
      D-dímeros Mede produtos de degradação da fibrina Avalia a fibrinólise e, indiretamente, a formação de coágulos Elevação indica coagulação recente, devido a trombose ou a coagulação intravascular disseminada
      Tempo com veneno da víbora de Russell diluído Avalia a via comum da coagulação Pesquisa de anticoagulante lúpico Quando prolongado, sugere a presença de anticoagulante lúpico e risco aumentado de trombose
      Fator V Leiden Pesquisa da mutação Tromboses recorrentes Risco aumentado de trombose
      Produtos de degradação do fibrinogênio e da fibrina Mede produtos de degradação do fibrinogênio e da fibrina Avalia coagulação e fibrinólise Aumento indica trombose e fibrinólise recente
      Fibrinogênio Quantidade de fibrinogênio no sangue Avaliação de sangramento Diminuição indica falta de produção ou uso excessivo. Aumenta com inflamação (proteína de fase aguda)
      Homocisteína Nível no sangue Tromboses recorrentes Elevação indica risco de trombose e risco cardíaco
      Anticoagulante lúpico Tempo de tromboplastina parcial (TTP) e tempo com veneno da víbora de Russell diluído Tromboses ou abortos recorrentes Aumentos sugerem anticoagulante lúpico
      TTP sensível a anticoagulante lúpico TTP e correção com fosfolipídio Suspeita de anticoagulante lúpico Correção com fosfolipídio sugere anticoagulante lúpico
      Metilenotetra-hidrofolato redutase Pesquisa de mutação Nível de homocisteína elevado Risco de níveis elevados de homocisteína.
      Correção com plaquetas Correção com plaquetas do TTP e do tempo com veneno da víbora de Russell diluído Tromboses recorrentes Correção com plaquetas sugere anticoagulante lúpico
      Proteína C - atividade Atividade da proteína C Tromboses recorrentes Atividade baixa aumenta o risco de tromboses
      Proteína C - antígeno Quantidade da proteína C no sangue Atividade baixa da proteína C Diminuição indica risco de tromboses
      Proteína S - atividade Atividade da proteína S Tromboses recorrentes Diminuição indica risco de tromboses
      Proteína S – antígeno (livre e total) Quantidade de proteína S total e livre Atividade baixa da proteína S Só a proteína S livre participa da ação da proteína C
      Protrombina 20210 Pesquisa de mutação Tromboses recorrentes Risco aumentado de trombose
      Tempo de protrombina Avaliação das vias extrínseca e comum da coagulação Pesquisa inicial de defeitos da coagulação, monitoração de anticoagulantes orais Alteração indica necessidade de outros exames
      Tempo de tromboplastina parcial (TTP) Avaliação das vias intrínseca e comum da coagulação Pesquisa inicial de defeitos da coagulação, monitoração de tratamento com heparina Alteração indica necessidade de outros exames
    • Tratamento

      O médico procura identificar fatores de risco para diminuir a probabilidade de tromboses. Essas medidas incluem evitar o uso de anticoncepcionais orais ou situações imobilizantes em pessoas que apresentam risco aumentado.

      O tratamento de tromboses agudas é bastante padronizado. Em geral, inclui o uso de um anticoagulante injetável (heparina ou heparina de baixo peso molecular) durante um período curto, seguido de períodos mais longos de tratamento com um anticoagulante oral (warfarina). O tratamento com heparina é monitorado com o tempo de tromboplastina parcial (TTP) ou com a dosagem de heparina. O tratamento com warfarina é monitorado com o tempo de protrombina. Após alguns meses de tratamento, o médico avalia novamente o risco de trombose comparado com o risco de sangramento devido ao uso de anticoagulantes. Se for necessário, o tratamento anticoagulante pode ser prolongado indefinidamente.

      Pessoas em tratamento anticoagulante devem suspendê-lo antes de serem submetidas a cirurgias. A interrupção do tratamento não é necessária para procedimentos dentários. Alguns tipos de cirurgia são seguidos de tratamento anticoagulante preventivo, mesmo em pacientes que não apresentam hipercoagulabilidade. Um exemplo é a artroplastia de joelho, após a qual o risco de trombose é grande, por causa da cirurgia em si e por causa da imobilização prolongada do paciente.

      Mulheres grávidas com trombose em geral são tratadas com heparina de baixo peso molecular. Pacientes com deficiência de antitrombina III recebem infusões de concentrado de antitrombina III quando não podem tomar anticoagulantes. Concentrados de proteína C são usados para repor a proteína durante períodos curtos. Em algumas circunstâncias, é útil tomar aspirina, que inibe a agregação plaquetária.

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