Para auxiliar na avaliação da gravidade e determinação do prognóstico em casos de mieloma múltiplo, leucemia ou linfoma; para distinguir distúrbios renais e detectar lesão renal.
Beta-2 microglobulina
Quando o paciente apresentar diagnóstico de mieloma múltiplo ou outros tipos de câncer; algumas vezes para monitorar o tratamento; quando o paciente apresenta sinais de disfunção renal.
Amostra de sangue obtida por punção de veia do braço; algumas vezes amostra de urina de 24 horas; raramente amostra de líquido cefalorraquiano (LCR).
Nenhuma
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Como o exame é usado?
As carcaterísticas da beta-2 microglobulina (B2M) fazem dela um marcador tumoral útil para alguns tipos de câncer de células do sangue, para detectar dano renal e para distinguir entre distúrbios renais glomerulares e tubulares. A B2M não é um teste diagnóstico para doenças específicas, mas fornece ao médico informação adicional sobre o prognóstico do paciente e sobre o estado de saúde dos seus rins.
- Como marcador tumoral: o teste no sangue de B2M pode ser solicitado para ajudar a determinar a gravidade e o grau de disseminação (estágio) em caso de mieloma múltiplo e, algumas vezes, para avaliar se o tratamento é eficaz. A B2M está associada à carga tumoral (quantidade de câncer presente) e o teste ajuda a avaliar o prognóstico em casos de cânceres como leucemia e linfoma.
- Na doença renal: os testes de B2M tanto em urina quanto no sangue podem ser pedidos junto com outros exames para avaliar a função renal, como BUN, creatinina, e microalbuminúria para investigar dano e doença renal e para distinguir entre distúrbios que afetam os glomérulos daqueles que comprometem os túbulos renais. O teste de B2M também é usado para monitorar pessoas que receberam transplante renal, a fim de detectar sinais precoces de rejeição, e para monitorar indivíduos que estejam expostos a níveis elevados de cádmio, mercúrio, como nos casos de exposição ocupacional.
- Raramente, o teste de B2M no LCR é solicitado para investigar o envolvimento do sistema nervoso central em alguma doença. Normalmente não é usado para detectar ou monitorar pacientes em diálise, portadores de amiloidose, doenças inflamatórias ou HIV.
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Quando o exame é pedido?
O teste de B2M pode ser feito para investigação inicial de pessoas com diagnosticado de mieloma múltiplo, para estadiamento da doença e, periodicamente, para monitorar a efetividade do tratamento. Algumas vezes pede-se o teste quando o indivíduo é portador de leucemia ou linfoma para auxiliar no prognóstico.
O exame de B2M também é feito no sangue ou na urina quando o paciente apresenta sintomas associados a disfunção renal e o médico deseja distinguir entre distúrbios que afetam os glomérulos daqueles que atingem os túbulos renais. O teste na urina pode ser realizado periodicamente para monitorar quem recebeu transplante renal e para acompanhar aqueles expostos a concentrações elevadas de cádmio ou mercúrio.
A B2M no LCR raramente é solicitada quando o médico suspeita que uma doença, como leucemia ou linfoma, está afetando o sistema nervoso central.
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O que significa o resultado do exame?
Níveis aumentados de B2M no sangue e na urina indicam que há um problema, mas não são diagnósticos de alguma doença ou quadro específico. O aumento na dosagem de B2M reflete atividade de doença e carga tumoral. Se um indivíduo tem diagnóstico de mieloma múltiplo, leucemia ou linfoma, seu prognóstico é pior quando os níveis no sangue de B2M estão significativamente elevados. A redução na concentração em alguém com mieloma múltiplo indica que a pessoa está respondendo ao tratamento. Se os níveis se apresentam estáveis ou crescentes significa que o paciente não está respondendo ao tratamento.
Em pacientes com sinais de doença renal, níveis aumentados de B2M no sangue com níveis baixos na urina indicam que o distúrbio está associado à disfunção dos glomérulos. Se a B2M estiver baixa no sangue e alta na urina, é provável que o indivíduo tenha lesão ou doença nos túbulos renais. O aumento de B2M na urina de quem recebeu transplante renal pode ser um indicador precoce de rejeição. O aumento de B2M em indivíduo exposto a elevadas doses de cádmio ou de mercúrio pode indicar disfunção renal inicial.
O aumento da B2M no LCR em indivíduo com leucemia ou HIV/AIDS indica provável envolvimento do sistema nervoso central.
Níveis baixos de B2M são considerados normais. A B2M pode não ser detectada na urina e no LCR. -
Há mais alguma coisa que eu devo saber?
Os quadros associados a aumento na taxa de produção ou de destruição de células, infecções graves, infecções virais como por CMV (citomegalovírus) e algumas condições que ativam o sistema imune, como quadros inflamatórios e doenças autoimunes, podem causar aumento nos níveis de B2M.
Medicamentos como lítio, ciclosporina, cisplatina, carboplatina e aminoglicosídeos podem aumentar as concentrações urinárias ou sanguíneas de B2M.
Os resultados também podem ser afetados por procedimentos diagnósticos em medicina nuclear e pelo uso de meios de contraste em radiografias.
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Há indicação para que todos façam um teste de B2M?
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O teste pode ser feito no consultório do médico?
Não, porque requer equipamento e treinamento específicos e não está disponível em todos os laboratórios. As amostras de sangue ou urina devem ser enviadas para um laboratório de referência.
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Posso optar entre os exames de sangue e urina?