Também conhecido como
PIVKA II (proteína induzida pela ausência da vitamina K ou antagonistas II)
Nome formal
Des-gama-carboxi protrombina
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 09 de Junho de 2019.
De relance
Por que fazer este exame?

Para avaliar a efetividade do tratamento para carcinoma hepatocelular (CHC), se elevado anteriormente ao tratamento. Para monitorar recorrência de CHC.

Quando fazer este exame?

Periodicamente, se o indivíduo foi tratado para CHC.

Amostra:

Uma amostra de sangue é coletada de uma veia do braço.

É necessária alguma preparação?

Nenhum preparo é necessário.

O que está sendo pesquisado?

A des-gama-carboxi protrombina (DCP) é uma forma alterada de protrombina, um fator de coagulação produzido pelo fígado. A DCP pode ser produzida por tumores hepáticos e os níveis ficam aumentados quando o indivíduo apresenta carcinoma hepatocelular (CHC). Este exame é potencialmente útil como marcador tumoral. Ele mede a quantidade de DCP no sangue.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer hepático e ocorre em mais de 80% dos casos de cânceres que se originam no fígado. Segundo o INCA, em 2013 houve 8.772 mortes no Brasil provocadas por essa doença, sendo que 5.012 foram registradas em homens e 3.759 em mulheres.

A maioria dos casos de CHC desenvolve-se em indivíduos que possuem doenças hepáticas crônicas, como hepatite e cirrose. Os fatore de risco mais comum para CHC são a infecção por hepatite C crônica e por hepatite B crônica. Quando isso acontece, o CHC pode surgir várias décadas após a infecção inicial. O CHC acomete mais homens do que mulheres, com idade media no diagnóstico de 62 anos. Os sintomas da doença são: massa hepática, dor abdominal, perda de peso, náuseas, ascite, icterícia. A piora dos sintomas nos indivíduos com hepatite crônica e cirrose geralmente só ocorre nos estágios avançados da doença. Por esta razão, o CHC é raramente detectado nos estágios iniciais, a menos que seja realizada triagem para indivíduos em alto risco.

Esperava-se que o exame de DCP fosse útil como ferramenta de triagem e vigilância, para ajudar a detecção precoce do CHC, em pessoas com doença hepática, mas, estudos têm mostrado resultados mistos. Uma diretriz da American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) recomenda que ele não seja utilizado para esse finalidade.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue é coletada de uma veia do braço.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Não é necessário preparo para o exame.

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    O exame de des-gama-carboxi protrombina (DCP) pode ser usado em conjunto com outros marcadores tumorais, como alfa-fetoproteína (AFP) e/ou AFP-L3% para monitorar a efetividade do tratamento para carcinoma hepatocelular (CHC), um tipo de câncer hepático. Este exame também pode ser utilizado para monitorar a recorrência do CHC após tratamento bem sucedido.

    Nem todo CHC irá produzir DCP. Se esta estiver inicialmente aumentada no paciente diagnosticado com CHC, então ela poderá ser usada como ferramenta de monitoração. O exame de DCP não é considerado substituto para os de AFP ou AFP-L3%, mas ele fornece informações adicionais ao médico. Estes exames geralmente refletem a carga tumoral – a quantidade de câncer presente.

    No Japão, o DCP tem sido usado em conjunto com o AFP e/ou AFP-L3% para, periodicamente, realizar triagem de indivíduos considerados em alto risco de evolução de hepatite crônica ou cirrose para CHC. Diretrizes recentes nos EUA e Europa, no entanto, não aprovaram o uso de AFP ou DCP como ferramentas de triagem. Ocasionalmente, alguns médicos podem solicitar a DCP para esse fim.

    A DCP não é sensível ou específica o suficiente para ser usada para triagem da população em geral para o risco de desenvolver CHC.

  • Quando o exame é pedido?

    O DCP não é um exame de rotina. Porém, pode ser realizado preliminarmente quando o indivíduo apresentar diagnóstico de CHC. Se os níveis iniciais estiverem elevados, então ele deve ser realizado periodicamente, durante e após o tratamento do CHC, para avaliar sua efetividade, e periodicamente, em conjunto com AFP e/ou AFP-L3%, para monitorar recorrência do câncer.

  • O que significa o resultado do exame?

    Quando o nível de DCP estiver elevado em uma pessoa com diagnóstico de CHC, significa que o câncer está produzindo esta substância e o exame pode ser usado como marcador tumoral. Como esse teste é solicitado periodicamente, podem ser avaliadas alterações ao longo do tempo. A diminuição das concentrações no indivíduo que está sendo tratado para CHC sugere resposta ao tratamento. Se os níveis permanecerem inalterados ou aumentarem após o tratamento, indica que este não está sendo efetivo. O aumento dos níveis após a conclusão do tratamento sugere recorrência do CHC.

    O indivíduo pode apresentar CHC sem ter nível elevado de DCP. O tumor pode não produzir DCP ou ser tão pequeno que não produz quantidades significativas.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Aumentos na DCP e/ou AFP não são diagnóstico de CHC. Para o diagnóstico, o tumor deve ser localizado por exames de imagem. Algumas vezes, pode ser realizada biópsia, e suas células examinadas ao microscópio para ajudar a estabelecer o diagnóstico.

    A DCP também pode estar elevada devido à hepatite aguda. Pequenos aumentos da DCO são comuns em pacientes com hepatite crônica, embora não tanto quanto a AFP e, geralmente, não aparecem em níveis tão elevados.

    Se o indivíduo estiver tomando anticoagulante warfarina para diminuir o risco de coagulação sanguínea, a DCP estará significativamente aumentada, uma vez que esses fármacos (medicamentos) funcionam bloqueando a ação da vitamina K e provocam a produção da mesma forma de protrombina anormal que o CHC. A DCP também pode estar aumentada na deficiência de vitamina K.

    Pessoas com deficiência de vitamina K persistente ou icterícia devido à obstrução hepática podem apresentar níveis elevados de DCP, que não são provocados pelo CHC. É possível que alguns antibióticos de largo espectro afetem os resultados dos exames de DCP.

  • O exame de DCP pode ser realizado no consultório médico?

    Não. O exame requer equipamento especializado que não é oferecido em todos os laboratórios. A amostra de sangue geralmente é encaminhada para um laboratório de referência.

  • Se alguém da minha família tiver câncer hepático, eu também devo realizar o exame DCP?

    O exame de DCP não se destina à triagem da população em geral ou a pessoas saudáveis. Ocasionalmente, ele pode ser realizado se o indivíduo apresentar doença hepática crônica e o médico quiser a informação adicional que o exame fornece.

  • Devo realizar o exame de DCP se eu tiver hepatite?

    Converse com seu médico. Diretrizes recentes da American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) não recomendam usar o exame de DCP como triagem para desenvolvimento do CHC, mas alguns médicos o utilizam para essa finalidade.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

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