Também conhecido como
Autoanticorpos anti-ilhotas
Nome formal
Autoanticorpos citoplasmáticos anti-ilhotas (ICA); Autoanticorpos anti-insulina (IAA); Autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD); Autoanticorpos GAD65; Autoanticorpos associados a insulinoma (IA-2A)
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 09 de Junho de 2019.
De relance
Por que fazer este exame?

Para o diagnóstico de diabetes do tipo 1 autoimune; para prever o desenvolvimento de diabetes do tipo 1 em parentes das pessoas afetadas (apenas em ambientes de pesquisa).

Quando fazer este exame?

Quando é feito o diagnóstico de diabetes, para determinar se há aspectos autoimunes; quando um diabético em uso de hipoglicemiantes orais tem dificuldade de conseguir controlar a glicemia (não consegue manter os níveis de glicose normais ou quase normais).

Amostra:

Uma amostra de sangue obtida de uma veia do braço.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma

O que está sendo pesquisado?

Autoanticorpos citoplasmáticos anti-ilhotas (ICA), autoanticorpos anti-insulina (IAA), autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) e autoanticorpos associados a insulinoma (IA-2A) são um grupo de exames que mede autoanticorpos associados a diabetes. Esses autoanticorpos não causam o diabetes do tipo 1, mas são marcadores da resposta imunológica contra as células produtoras de insulina (células beta do pâncreas).

Quando cerca de 80% a 90% das células beta são destruídas pelo sistema imunológico, ocorrem sintomas de diabetes, como micção frequente, sede, perda de peso e má cicatrização de feridas. Sem ação suficiente da insulina, há hiperglicemia. Se os sintomas não forem percebidos e a hiperglicemia não for tratada, pode ocorrer uma crise diabética em alguns dias ou algumas semanas.

Os autoanticorpos anti-ilhotas (ICA) são dirigidos contra uma variedade de proteínas nas células das ilhotas pancreáticas, pesquisados por imunofluorescência indireta. Autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) e autoanticorpos associados a insulinoma (IA-2A) são dirigidos a dois antígenos específicos da ilhotas. Os únicos anticorpos considerados específicos contra células beta são os autoanticorpos anti-insulina (IAA). Sua pesquisa não diferencia anticorpos contra a insulina produzida pelo corpo e anticorpos contra a insulina injetada (humana ou animal) para o tratamento do diabetes.

Cerca de 10% dos casos de diabetes do tipo 1 têm origem autoimune. Desses, cerca de 75% são diagnosticados antes dos 20 anos de idade. O diabetes do tipo 1 já foi chamado diabetes juvenil ou diabetes dependente de insulina. Autoanticorpos anti-ilhotas podem ser detectados no sangue anos antes do desenvolvimento do diabetes do tipo 1. Pessoas não diabéticas com autoanticorpos anti-ilhotas têm risco alto de desenvolverem diabetes do tipo 1, mas isso não ocorre com todas. Quando há diabetes do tipo 1, um ou mais autoanticorpos associados a diabetes estão presentes em cerca de 95% dos pacientes na época do diagnóstico. A pesquisa de autoanticorpos associados a diabetes em pessoas não diabéticas só é recomendada em ambientes de pesquisa.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue é obtida inserindo uma agulha em uma veia do braço.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária.
Accordion Title
Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    Em geral, não é necessário pesquisar autoanticorpos para fazer o diagnóstico de diabetes do tipo 1autoimune. Na população em geral, a pesquisa de autoanticorpos traz vantagens, mas ela pode ser útil em pacientes com alto risco de diabetes (por exemplo, irmãos ou filhos de diabéticos do tipo 1).

    A pesquisa de autoanticorpos relacionados com diabetes é pedida principalmente para ajudar a distinguir o diabetes do tipo 1 autoimune de diabetes devido a outras causas (por exemplo, o que é resultante de obesidade ou de resistência à insulina). Se autoanticorpos anti-ilhotas (ICA), autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) ou autoanticorpos associados a insulinoma (IA-2A) estão presentes em uma pessoa com diabetes, fica estabelecido o diagnóstico de diabetes do tipo 1.

    A pesquisa de anticorpos anti-insulina (IAA) pode ser feita antes do início do tratamento com insulina. Se os autoanticorpos anti-insulina estiverem presentes em uma pessoa com diabetes não tratada com insulina, fica estabelecido o diagnóstico de diabetes do tipo 1.

    Em geral, é recomendada a pesquisa de ICA ou de anti-GAD e IA-2A porque esse enfoque tem uma relação custo-benefício melhor. O perfil de autoanticorpos é diferente em crianças e adultos. Os IAA costumam ser os primeiros a aparecer em crianças com risco de diabetes. Com a evolução da doença, eles podem desaparecer, e os ICA, anti-GAD e IA-2A se tornam mais importantes. Os IA-2A são menos comuns no início do diabetes do tipo 1 que os anti-GAD e os ICA. IAA estão presentes em cerca de 50% das crianças com diabetes do tipo 1 inicial, mas são incomuns em adultos. Por isso, os IAA podem ser pedidos em crianças mais jovens com risco de diabetes.

    Em ambientes de pesquisa, podem ser procurados anticorpos anti-ilhotas quando os pesquisadores querem prever o desenvolvimento de diabetes do tipo 1. Quanto maior for a quantidade de autoanticorpos anti-ilhotas, maior a probabilidade de desenvolver esse tipo da doença.

  • Quando o exame é pedido?

    Quando o médico suspeita de um processo autoimune ele pode pedir diversos desses autoanticorpos para pacientes com diagnóstico recente de diabetes. A pesquisa de IAA como marcador de diabetes do tipo 1 autoimune deve ser feita antes do início das injeções de insulina. Estas, sejam de insulina humana ou animal, podem estimular a produção de anticorpos detectados na pesquisa de IAA. O exame não distingue autoanticorpos de anticorpos que se formam em resposta às injeções de insulina.

    Podem ser pedidos um ou mais autoanticorpos para irmãos ou filhos de pacientes com diabetes do tipo 1. Isso pode ser feito em intervalos recomendados pelo médico em um ambiente de pesquisa.

  • O que significa o resultado do exame?

    Em geral, pessoas não diabéticas não têm nenhum dos anticorpos associados à diabetes. Pode haver um risco aumentado da doença do tipo 1 quando esses autoanticorpos são encontrados na população em geral ou em filhos de pessoas afetadas. Quando o diabetes do tipo 1 não se desenvolve, o nível de autoanticorpos costuma ser baixo e pode ser transitório.

    Alguns pacientes que têm diabetes do tipo 1 nunca desenvolvem quantidades detectáveis de autoanticorpos associados a diabetes, embora isso seja raro. A maioria (95% ou mais) dos pacientes com diagnóstico recente de diabetes do tipo 1 tem pelo menos um autoanticorpo associado a diabetes. Assim, se um ou mais desses autoanticorpos (por exemplo, ICA, anti-GAD, IA-2A ou IAA) estiverem presentes em um paciente com sintomas de diabetes é confirmado o diagnóstico de diabetes do tipo 1.

    Como mencionado acima, há um risco aumentado de diabetes do tipo 1em pessoas não diabéticas positivas para um ou mais autoanticorpos associados a diabetes. Quanto maior for a quantidade de autoanticorpos presentes, maior é o risco de desenvolvimento da doença do tipo 1.

    Nem todos que apresentam esses autoanticorpos desenvolvem diabetes do tipo 1. No entanto, há um risco muito alto se uma pessoa não diabética com um ou mais autoanticorpos associados a diabetes apresentar uma resposta de insulina diminuída à injeção intravenosa de glicose.

    Os parentes de primeiro grau de pacientes com diabetes que têm ICA e uma resposta de insulina diminuída à injeção intravenosa de glicose apresentam risco de, aproximadamente, 60% de desenvolver diabetes do tipo 1dentro de cinco anos. Como não há prevenção para essa doença, não é recomendada a triagem de parentes de primeiro grau de pacientes com esse tipo de diabetes.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Cabe ao médico e ao paciente decidirem qual autoanticorpo associado a diabetes deve ser pesquisado em um determinado momento. Como os GAD e os IA-2A são automatizados, estão mais disponíveis que os ICA, que exigem mais trabalho e interpretação por um especialista.

    Autoanticorpos associados a diabetes podem ser observados também em outros distúrbios endócrinos autoimunes, como tireoidite de Hashimoto e doença de Addison autoimune.

  • Os autoanticorpos associados a diabetes destroem as células beta?

    Eles estão associados à destruição das células beta e refletem um processo autoimune em evolução, mas não são considerados como causa da lesão.

  • A detecção precoce da destruição das células beta permite prevenção do diabetes do tipo 1?

    Não, no momento. O que ela permite é o tratamento do diabetes do tipo 1 assim que ocorrem os primeiros sinais e sintomas, como micção frequente, perda de peso e hiperglicemia. Isso ajuda a estabelecer o controle da glicemia e minimiza complicações do diabetes, como lesão renal ou ocular.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

S1
Maclaren, N. and Marker, J. (2002 December). Guidelines & Recommendations for Laboratory Analysis in the Diagnosis & Management of Diabetes Mellitus [11 paragraphs]. Weill College of Medicine of Cornell University, NACB Laboratory Medicine Practice Guidelines [On-line information]. Available FTP: http://www.nacb.org/temporary/Maclaren2.htm

S2
Kimpimäki, T. et. al. (2000). Disease-Associated Autoantibodies as Surrogate Markers of Type 1 Diabetes in Young Children at Increased Genetic Risk [24 paragraphs]. Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Vol 85 No. 3 1126-1132 [On-line information]. Available FTP: http://jcem.endojournals.org/cgi/content/full/85/3/1126

S3
Borg, H. et. al. (2001). High Levels of Antigen-Specific Islet Antibodies Predict Future ß-Cell Failure in Patients with Onset of Diabetes in Adult Age [23 paragraphs]. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism 86 (7): 3032. (2001) [On-line journal]. Available FTP: http://jcem.endojournals.org/cgi/reprint/86/7/3032

S4
Achenbach, P. et. al. (2004). Stratification of Type 1 Diabetes Risk on the Basis of Islet Autoantibody Characteristics [21 paragraphs]. Diabetes 53:384-392 [On-line journal]. Available FTP: http://diabetes.diabetesjournals.org/cgi/content/full/53/2/384

S5
(© 2005). Glutamic Acid Decarboxylase (GAD) Antibody [6 paragraphs]. ARUP's Guide to Clinical Laboratory Testing [On-line information]. Available FTP: http://www.arup-lab.com/guides/clt/tests/clt_a287.jsp#1149613

S6
(© 2005). Islet Cell Antibody, IgG [2 paragraphs]. ARUP's Guide to Clinical Laboratory Testing [On-line information]. Available FTP: http://www.arup-lab.com/guides/clt/tests/clt_a25b.jsp#1153005

S7
(© 2005). IA-2 Antibody [2 paragraphs]. ARUP's Guide to Clinical Laboratory Testing [On-line information]. Available FTP: http://www.arup-lab.com/guides/clt/tests/clt_alpb.jsp#2441172

S8
Dupré, J. & Mahon, J. (2000 August). Diabetes-Related Autoantibodies and the Selection of Subjects for Trials of Therapies to Preserve Pancreaticß-Cell Function in Recent-Onset Type 1 Diabetes [7 paragraphs]. Diabetes Care, (23): 8 [On-line information]. Available online

S9
Rewers, M. (2005 October, Updated). Type I Diabetes: Molecular, Cellular, and Clinical Immunology, Chapter 9 Epidemiology of Type I Diabetes [57 paragraphs]. Barbara Davis Center for Childhood Diabetes, UCDHSC [On-line information]. Available FTP: http://www.uchsc.edu/misc/diabetes/oxch9.html

S10
Eisenbarth, G. (2003 November). Chapter 11 Prediction of Type I Diabetes: The Natural History of the Prediabetic Period [13 paragraphs]. Type I Diabetes: Molecular, Cellular, and Clinical Immunology, Barbara Davis Center for Childhood Diabetes, UCDHSC [On-line information]. Available FTP: http://www.uchsc.edu/misc/diabetes/oxch11.html

S11
Winter, WE. Diabetes disease management: differentiating type 1 and type 2 diabetes. Clinical Laboratory News. 2005; 31(7):14-16.

S12
Autoimmune Disorders that Influence Carbohydrate Metabolism (Chapter 24) Winter, W.E. In: Clinical and Laboratory Evaluation of Human Autoimmune Diseases. Nakamura R.M., Keren, D.F., Bylund D.J. (eds): ASCP Press, Chicago, 2002, pp:345-372.

S13
Autoimmune Endocrinopathies, Winter, W.E.: In: Pediatric Endocrinology, Fourth Edition, F. Lifshitz (ed): Marcel Dekker, Inc., New York, New York, 2003, pp 683- 720.

S14
Immunologic Disorders in Infants and Children (5th edition), Winter, W.E. and Signorino, M. R. Autoimmune Endocrinopathies. In: E.R. Stiehm (ed): W.B. Saunders Company, Philadelphia, Pennsylvania, 2004, 1179-1221.

S15
Dr. William Winter M.D. Professor of Pathology and Pediatrics, University of Florida School of Medicine, Gainesville, FL