Fibromialgia é uma síndrome associada com dor crônica, disseminada e incapacitante. Os pacientes têm dores musculares e no pescoço, nos ombros e nas costas. Dormem mal e mostram rigidez quando acordam ou se movem após ficar sentados durante muito tempo. A intensidade e a localização das dores e o grau de fadiga variam a cada dia, e pioram com exercícios ou estresse excessivos.
A fibromialgia é bastante comum, principalmente em pessoas de meia-idade. É a segunda ou terceira doença mais frequente diagnosticada em consultórios de reumatologia.
Dor, fadiga e outros sintomas associados a fibromialgia prejudicam a vida do paciente, mas não há inflamação nem lesão visível nos tecidos afetados.
No passado, com frequência se considerou que os sintomas da fibromialgia eram resultado de problemas psicológicos. Há algum grau de depressão associado, mas ela não causa a doença. A incidência de depressão é a mesma de qualquer doença crônica.
Atualmente, a maioria das organizações de saúde reconhece a existência da fibromialgia, embora ainda haja muito a ser descoberto. O American College of Rheumatology, dos EUA, estabeleceu uma definição oficial, aceita pela maioria dos clínicos e pesquisadores (veja em Exames), que descreve os sintomas comuns, mas não a causa, que permanece desconhecida.
Algumas famílias têm incidência alta de fibromialgia. Muitos casos parecem começar com um traumatismo ou com uma doença grave, mas outros se iniciam sem um acontecimento perceptível. Os pesquisadores investigam causas possíveis, como distúrbios do sono, infecções, alterações do metabolismo muscular, reações imunológicas anormais ou alterações neuroquímicas cerebrais.
Sinais e sintomas
Há muitos sintomas variáveis associados à fibromialgia, mas a doença sempre começa com dor crônica disseminada e dor à palpação de determinados pontos do corpo. A maioria dos pacientes tem algum grau de fadiga crônica e interrupções do sono.
Outros sintomas comuns incluem:
- Rigidez, especialmente de manhã e após ficar muito tempo sentado
- Depressão e ansiedade
- Dificuldade de dormir
- Dificuldade de concentração, lapsos de memória
- Cefaleias
- Menstruação dolorosa
- Parestesias (dormência e formigamento nas mãos e nos pés)
Sintomas menos comuns incluem:
- Dor torácica, batimentos cardíacos irregulares, falta de ar
- Constipação
- Diarreia
- Dificuldade de deglutição
- Tonteiras, problemas de equilíbrio
- Olhos secos, dificuldade de focalizar a vista
- Boca seca
- Gases e cólicas abdominais
- Azia
- Síndrome do cólon irritável
- Prurido, pele seca ou manchada
- Edema localizado (como dedos inchados)
- Hipotensão postural
- Dor durante o ato sexual
- Dor pélvica
- Síndrome das pernas inquietas e movimentos periódicos dos membros durante o sono
- Rinite com congestão nasal e dor nos seios da face (sem reação alérgica)
- Sensibilidade à luz, ao som, ao tato, à temperatura e a odores
- Sensibilidade a medicamentos (maior incidência de efeitos colaterais)
- Disfunção temporomandibular, com dor na articulação e nos músculos adjacentes
- Frequência, urgência e irritação urinárias
A fibromialgia pode coexistir com muitas outras doenças crônicas, como síndrome de fadiga crônica, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, doenças da tireoide, esclerose múltipla e lúpus eritematoso sistêmico. Os sintomas dessas doenças se misturam com os da fibromialgia, dificultando o diagnóstico.