Também conhecido como
Anti-HCV
Imunoblot para HCV
Carga viral do HCV
Genotipagem do HCV
Nome formal
Hepatite C
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Junho de 2019.
De relance
Por que fazer este exame?

Para triagem e diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV), e para monitorar seu tratamento

Quando fazer este exame?

Pessoas expostas ao vírus da hepatite C, como as que tiveram contato com sangue infectado; pessoas com sintomas de doença hepática ou com fatores de risco de hepatite C.

Amostra:

Uma amostra de sangue obtida de uma veia do braço.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma.

O que está sendo pesquisado?

A infecção pelo vírus da hepatite C causa inflamação e lesão do fígado. Ela é transmitida por sangue contaminado. As pessoas em maior risco são usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas. De menor importância é a transmissão por objetos pessoais contaminados, como barbeadores, e por sexo. Mães contaminadas transmitem a infecção para o bebê em menos de 10% das gestações. Antes que se adotasse como rotina fazer triagem de doadores de sangue, era comum ocorrer transmissão por transfusão de sangue e derivados.

Acredita-se que existam de 130 a 170 milhões de pessoas no mundo com hepatite C, mas a incidência varia conforme o país. No Brasil, cerca de 1,2% dos doadores de sangue são rejeitados pelos exames de triagem para hepatite C (anti-HCV).

Apenas de 15% a 20% das pessoas infectadas apresentam sintomas agudos, como perda do apetite, fadiga, náuseas e dores musculares ou articulares. A maioria não tem icterícia. De todos os infectados, de 60% a 80% desenvolvem hepatite crônica. Desses, de 10% a 20% apresentam cirrose hepática após 30 anos, com um risco aumentado de câncer de fígado (carcinoma hepatocelular) de 1% a 3% por ano. A hepatite C é responsável por 27% dos casos de cirrose hepática e por 25% dos casos de câncer de fígado no mundo.

Os exames para hepatite C são feitos para detectar, diagnosticar e monitorar o tratamento da infecção. Os mais comuns pesquisam anticorpos no sangue; outros pesquisam ou medem o RNA viral no sangue, ou identificam subtipos genéticos do vírus (genotipagem).

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue obtida com uma agulha de uma veia do braço.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária.

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    Os exames para hepatite B são usados para diagnosticar a infecção e monitorar o tratamento, em pessoas que:

    Os exames a seguir são utilizados para pesquisar infecção pelo vírus da hepatite C (HCV):

    • A pesquisa de anticorpos anti-HCV (ELISA) indica exposição ao vírus, mas não distingue doença ativa e contato anterior com o vírus. Exames positivos fracos podem ser falsos positivos, e devem ser confirmados pelo imunoblot.
    • Imunoblot para HCV (Western blot, RIBA) é realizado para esclarecer resultados inconclusivos da pesquisa de anticorpos por ELISA. Em alguns casos, a indefinição permanece. Como o anterior, esse exame não distingue doença ativa e contato anterior com o vírus.

    Os exames abaixo são realizados para diagnosticar infecção atual e para orientar e monitorar o tratamento:

    • A carga viral do HCV pesquisa ou mede a quantidade de RNA do HCV no sangue. São empregadas técnicas qualitativas para diferenciar infecção atual de infecção passada. Técnicas quantitativas são usadas para monitorar a eficácia do tratamento. Este, quando bem-sucedido, torna o vírus indetectável.
    • A genotipagem do HCV é usada para determinar a cepa do vírus que está infectando o paciente. Há seis genótipos principais identificados, com respostas diferentes aos diversos tratamentos existentes. Alguns genótipos precisam de tratamento mais longo que outros.
  • Quando o exame é pedido?

    A pesquisa de HCV é recomendada nos seguintes casos:

    • Usuários de drogas injetáveis
    • Pessoas que receberam transfusões ou transplantes de órgãos antes de 1992*
    • Pessoas que receberam concentrados de fatores da coagulação antes de 1987
    • Pessoas submetidas alguma vez a hemodiálise prolongada
    • Filhos de mães positivas para HCV
    • Pessoas que sofreram acidentes com agulhas ou outros instrumentos contaminados com sangue positivo para HCV
    • Pessoas com evidências de doença hepática

    * Anticorpos anti-HCV são pesquisados em todas as doações de sangue desde 1992, e todo sangue com resultado positivo é rejeitado. O risco atual de infecção pelo HCV com transfusão de sangue é de cerca de um caso em dois milhões de unidades transfundidas.

  • O que significa o resultado do exame?

    A interpretação dos exames é mostrada na tabela abaixo:

    Anti-HCV Imunoblot Carga viral Interpretação
    Negativo     Não há infecção, ou a infecção está no período de incubação
    Positivo Negativo   Anti-HIV falso positivo; não há infecção
    Positivo Positivo Negativa Infecção passada
    Positivo ou indeterminado Positivo ou indeterminado Positiva Infecção atual

    A carga viral é usada para monitorar o tratamento. O tratamento eficaz provoca uma queda progressiva da carga viral, que permanece indetectável após a suspensão dos medicamentos.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Os anticorpos anti-HCV só são detectáveis algumas semanas após o contágio, e permanecem nos estágios mais avançados da doença.

    Cerca de 25% das pessoas contaminadas com HIV têm também infecção pelo HCV, com risco de doença hepática de progressão acelerada.

  • Se a doença é branda, porque fazer os exames?

    A infecção com o vírus da hepatite C (HCV) com frequência progride para hepatite crônica, que pode resultar em cirrose hepática e câncer de fígado (carcinoma hepatocelular). A detecção precoce permite um acompanhamento detalhado e o tratamento da infecção crônica.

  • Existem outros exames para acompanhar a doença?

    Sim. Exames como aspartato aminotransferase (ALT) e alanina aminotransferase (AST) são usados para acompanhar a lesão hepática. Quando mostram resultados normais, as pessoas ainda infectadas provavelmente não precisam de tratamento. Podem ser realizados outros exames, como albumina, tempo de protrombina e bilirrubinas para avaliar a função hepática. Algumas vezes, é feita uma biópsia hepática para determinar a extensão da lesão do fígado.

  • Existe vacina contra a hepatite C?

    Ainda não existe uma vacina eficaz, mas há várias em desenvolvimento.

  • Após a recuperação, pode haver uma nova infecção?

    Sim. A infecção pelo HCV não dá proteção contra uma nova infecção. O vírus se altera constantemente, dificultando o desenvolvimento de uma imunidade permanente.

  • A infecção pelo HCV tem tratamento?

    Sim. Os medicamentos mais utilizados são interferon e ribavirina. Dependendo da idade e do sexo da pessoa, e do genótipo do vírus e da carga viral, a probabilidade de cura pode chegar a 80%.

     

  • Como posso saber se tenho risco de contaminar outras pessoas?

    Se a pessoa tem RNA do HCV detectável no sangue, pode transmitir a infecção. A hepatite C é transmitida exclusivamente por sangue contaminado. Devem ser evitadas situações em que possa haver troca de sangue, como compartilhamento de agulhas ou outros instrumentos perfurantes ou cortantes, usados para injeções ou outras atividades, como procedimentos médicos, piercings ou tatuagens, ou atividades esportivas ou sexuais violentas.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

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Fontes usadas em revisões anteriores

Clinical Chemistry: Principles, Procedures, Correlations. Michael L. Bishop, Janet L. Duben-Engelkirk, Edward P. Fody. Lipincott Williams & Wilkins, 4th Edition.

The Hepatitis Information Network. Diagnostic Tests for Hepatitis C. By David Gretch, MD, PhD. Available online at http://www.hepnet.com/nih/gretch.html through http://www.hepnet.com.