Também conhecido como
P
PO4
Fosfato
Nome formal
Fosfato inorgânico
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 17 de Fevereiro de 2020.
De relance
Por que fazer este exame?

Para avaliar o nível de fósforo no sangue e para auxiliar no diagnóstico de doenças que provocam elevação ou redução nesses níveis.

Quando fazer este exame?

Para acompanhamento em caso de nível anormal de cálcio; em pacientes com  distúrbio renal  ou com diabetes não controlado; em indivíduos que estejam tomando suplementos de cálcio ou de fosfato.

Amostra:

Uma amostra de sangue coletada em veia do braço ou de urina isolada ou coletada em um intervalo de tempo (geralmente, 24 horas).

É necessária alguma preparação?

Jejum noturno antes da coleta de sangue. Siga as instruções fornecidas pelo laboratório.

O que está sendo pesquisado?

O fósforo é um mineral que se combina a outras substâncias para formar compostos fosfatados orgânicos e inorgânicos. Os termos fósforo e fosfato costumam ser análogos no que se refere ao exame realizado, mas o que é dosado é a quantidade de fosfato inorgânico presente no sangue.

Os fosfatos são vitais para produção de energia, funcionamento de músculos e nervos e crescimento ósseo. Também têm papel importante como tampões, ajudando a manter o equilíbrio ácido-básico.

O fósforo provém junto com a dieta. É encontrado em muitos alimentos e é rapidamente absorvido nos intestinos. Cerca de 70% a 80% dos fosfatos do organismo encontram-se combinados com cálcio para formar ossos e dentes, cerca de 10% são encontrados em músculos e aproximadamente 1% no tecido nervoso. O restante encontra-se no interior das células em todo o corpo onde é usado principalmente para armazenar energia.

Normalmente, apenas cerca de 1% do fosfato total do organismo está presente no sangue. Uma grande variedade de alimentos, como feijão, vagem, nozes, cereais, laticínios, ovos, carnes vermelhas, frango e peixe contêm quantidades significativas de fósforo. O organismo mantém os níveis sanguíneos de fósforo/fosfato regulando quanto é absorvido nos intestinos e quanto é excretado pelos rins. Os níveis de fosfato também são afetados pela interação entre paratormônio (PTH), cálcio e vitamina D.

Observa-se deficiência de fósforo (hipofosfatemia) nos quadros de desnutrição, má absorção, desequilíbrio ácido-base, hipercalcemia e nos distúrbios que afetam a função renal. O excesso de fósforo (hiperfosfatemia) pode ser encontrado em caso de ingestão excessiva, hipocalcemia e disfunção renal.

Pessoas com deficiência leve a moderada de fósforo frequentemente não apresentam qualquer sintoma. Nos casos com deficiência grave, os sintomas incluem fraqueza muscular e confusão mental. Quando há elevação extrema de fósforo os sintomas são semelhantes àqueles observados com níveis baixos de cálcio, ou seja, cãibras musculares, confusão mental e convulsões.

Como a amostra é obtida para o exame?

Coleta-se amostra de sangue em veia do braço. Se houver necessidade de amostra de urina acumulada, a pessoa será instruída a coletar toda a urina excretada ao longo de um determinado período (em geral, 24 horas).

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Talvez seja necessário jejum por uma noite antes da coleta de sangue. Siga as instruções fornecidas pelo laboratório.

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    Na maioria das vezes, a dosagem do fósforo é solicitada junto com outros testes como cálcio, paratormônio (PTH) e/ou vitamina D para auxiliar no diagnóstico e/ou para monitorar o tratamento das diversas doenças que causam desequilíbrio de cálcio e fósforo.

    Embora a dosagem de fósforo na maioria dos casos seja feita em amostras de sangue, também é possível realizar o teste na urina para monitorar sua excreção pelos rins.

  • Quando o exame é pedido?

    Considerando que alterações leves nos níveis de fósforo geralmente são assintomáticas, o teste geralmente é realizado no acompanhamento de casos com níveis de cálcio anormais e/ou em indivíduos com sintomas de cálcio anormal, como fadiga, fraqueza muscular, cãibras ou problemas ósseos.

    A dosagem de fósforo também pode ser solicitada junto com outros testes quando os sintomas sugerirem distúrbio gastrintestinal ou renal.

    Quando são encontrados quadros capazes de causar alterações nos níveis de cálcio ou de fósforo, pode ser feito o teste de ambos com intervalos regulares para monitorar a efetividade do tratamento.

    Em pacientes com diabetes ou sinais de desquilíbiro ácido-básico, o médico pode necessitar monitorar os níveis de fósforo.

  • O que significa o resultado do exame?

    Níveis baixos de fósforo (hipofosfatemia) podem ser causados por ou estar associados a:

    Níveis de fósforo acima do normal (hiperfosfatemia) podem ser causados por ou estar associados a:

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Níveis altos de fósforo podem levar a lesão de órgão por calcificação, depósito de fosfato de cálcio nos tecidos.

    Os níveis de fosfato normalmente são mais altos em crianças do que em adultos porque os ossos se encontram em fase de crescimento ativo. Níveis de fosfato baixos em crianças podem inibir o crescimento ósseo.

    Refrigerantes e alimentos enlatados contêm alta concentração de fósforo. Alguns nutricionistas consideram que esses produtos contribuem para o consumo excessivo de fósforo.

    Os níveis de fósforo no sangue e na urina podem ser afetados pelo uso de enemas e laxantes contendo fosfato de sódio, suplementos com vitamina D e administração intravenosa de glicose.

  • Se não há sintomas, como possa saber se meus níveis de fósforo estão anormais?

    Os níveis anormais de fósforo geralmente são detectados em razào de sua relação com os níveis de cálcio. O calcio é rotineiramente testado como parte do Painel Metabólico Abrangente e do Painel Metabólico Básico, frequentemente solicitados. Se seus níveis de cálcio estiverem alterados, o médico irá verificar o nível de fósforo.

  • Os vegetarianos repõem suas necessidades de fósforo sem recorrer a carnes ou latícínios?

    Sim, mas apenas 50% do fósforo de origem vegetal como o contido no feijão, lentilha, grãos, amendoim e amêndoas estão disponíveis para o organismo porque nos falta a enzima capaz de processá-lo. Os pães fermentados são uma exceção porque o fermento biológico fornece a enzima necessária.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

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