Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 25 de Dezembro de 2019.
Resumo

Meningite é uma inflamação das três membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal (as meninges). Encefalite é uma inflamação do cérebro. Meningoencefalite é uma inflamação do cérebro e das meninges. São doenças causadas por uma infecção bacteriana, viral, fúngica ou parasitária. Meningites e encefalites podem se apresentar de forma aguda ou crônica, desde formas clinicamente benignas e autolimitadas até de intensa gravidade. Nestes casos há chance de haver sequelas e até morte. A inflamação associada e o edema consequente aumentam a pressão sobre o cérebro. Isso pode dificultar ou causar dano permanente às funções dos nervos e sistemas do organismo que eles controlam.

Meningites e encefalites também podem prejudicar a barreira hemato-encefálica (BHE), que separa o cérebro do sangue circulante e regula a distribuição de substâncias entre o sangue e o líquido cefalorraqueano (LCR). A (BHE) ajuda a manter grandes moléculas, toxinas e células do sangue fora do cérebro. Com o rompimento dessa barreira, glóbulos brancos e vermelhos, produtos do sistema imune, toxinas, proteínas, micro-organismos que causam a inflamação das meninges e do sistema nervoso central podem ser encontrados no LCR. Por sua vez, o LCR é um líquido de aspecto semelhante à água em condições normais e que flui livremente ao redor do cérebro e da medula espinhal. Na ocorrência de meningites e encefalites, o fluxo de LCR pode ser retardado ou obstruído, aumentando a pressão do líquido, elevando a pressão sobre o cérebro e a medula espinhal, e diminuindo o fluxo de sangue para o cérebro.

Accordion Title
Sobre Meningite e Encefalite
  • Meningite

    A maioria dos casos de meningite é resultante de infecções de origem bacteriana ou viral. A infecção pode ser primária - a partir das meninges, ou secundária – espalhando-se a partir de um local de infecção localizada em outra parte do corpo. A meningite viral é a forma mais comum no Brasil e nos EUA. Geralmente é leve a moderada e autolimitada. A meningite viral é frequentemente causada por um enterovírus ou herpes vírus, mas também pode ser provocada por alguns arbovírus (ver encefalite).

    A meningite bacteriana é, geralmente, considerada uma emergência médica. Os casos agudos podem surgir de repente, com piora dos sintomas em poucas horas a alguns dias. É crucial identificar rapidamente o agente causador e realizar o tratamento específico, sempre com o paciente hospitalizado e sob supervisão médica permanente. Caso não seja tratada adequadamente, a meningite bacteriana é frequentemente fatal. Embora esta condição possa ser causada por vários tipos de bactérias diferentes, os agentes (espécies de bactérias) mais comuns são:

    • Streptococcus pneumoniae - Chamado de meningite pneumocócica. Atualmente, é a forma mais comum de meningite bacteriana em crianças menores de 2 anos. Os indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos estão em maior risco.
    • Neisseria meningitidis - Chamado de meningite meningocócica. É tipicamente observada em adultos jovens, recém-nascidos, crianças, viajantes internacionais e pessoas imunocomprometidas. É a principal causa de meningite bacteriana em crianças e adultos jovens e é altamente contagiosa.
    • Haemophilus influenzae tipo b - Outrora uma causa comum de meningite bacteriana, a incidência diminuiu fortemente em razão dos programas de vacinação em massa de crianças.
    • O estreptococo do grupo B, Escherichia coli e Listeria monocytogenes são as causas mais comuns de meningite em recém-nascidos. Esses agentes podem ser transmitidos da mãe para o bebê.

    Meningite crônica é a que perdura por mais de quatro semanas. Pode ser provocada por bactérias, como Mycobacterium tuberculosis, que causa a tuberculose; por Treponema pallidum, causador da sífilis, e por fungos. Meningites fúngicas são mais comumente diagnosticadas em doentes imunocomprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, mas podem afetar qualquer pessoa, mesmo as que são consideradas imunocompetentes. A causa mais comum é o Cryptococcus neoformans (neurocriptococose). Outras incluem Coccidioides immitis, Histoplasma capsulatum e espécies de Candida.

    A meningite amebiana é rara e pode ser letal. É provocada por amebas de vida livre como a Naegleria fowleriparasita unicelular que pode ser encontrado em lagos e rios de água quente.

  • Sinais e sintomas

    Meningites e encefalites podem começar com sintomas gripais, que se agravam durante algumas horas ou em até alguns dias sinais e sintomas característicos dessas duas condições podem se sobrepor e incluem:

    • Febre
    • Dor de cabeça persistente e severa
    • Rigidez do pescoço (nuca)
    • Sensibilidade à luz (fotofobia)
    • Alterações súbitas do comportamento
    • Letargia

    Também é possível ocorrer outros sinais e sintomas, como confusão mental, náuseas, vômitos, erupções cutâneas e convulsões. Os pacientes idosos podem se tornar letárgicos e mostrar alguns outros sinais. Nos pacientes com sistemas imunes comprometidos há possibilidade de ocorrerem sintomas atípicos. Os bebês podem se mostrar irritáveis e chorar quando são tocados ou contidos, vomitar intensamente, recusarem alimentação e apresentarem rigidez do corpo, convulsões e abaulamento de fontanelas (os pontos macios na parte superior da cabeça).

    Entre os sintomas das encefalites também estão sinais neurológicos mais específicos, como dificuldade auditiva ou de fala, perda da sensibilidade, paralisia parcial, convulsões, alucinações, fraqueza muscular, alterações na personalidade e coma.

    Complicações e prognóstico

    O prognóstico dos portadores de meningites e encefalites depende da causa específica da doença, da severidade, do estado primário de saúde do paciente e quão rapidamente a doença é identificada e tratada. Pessoas com casos mais leves podem se recuperar totalmente dentro de alguns dias ou semanas ou piorar e apresentar complicações persistentes ou permanentes.

    Cerca de 15% a 25% dos recém-nascidos e 15% dos outros pacientes com meningite bacteriana morrem, mesmo quando tratados de forma adequada e rápida. Até 15% a 25% dos que sobrevivem podem ter sequelas neurológicas, incluindo hidrocefalia, surdez, cegueira, convulsões periódicas e/ou algum grau de comprometimento neurológico definitivo. Essas complicações podem ocorrer em qualquer idade, mas os recém-nascidos são os que representam o grupo de maior risco.

  • Encefalite

    A encefalite é uma infecção aguda do cérebro caracterizada por febre, dor de cabeça e alterações no estado de consciência, acompanhado ou não de convulsões. Na maioria dos casos de encefalite o agente etiológico (causador da doença) é viral. As encefalites também podem apresentar padrão de acometimento cerebral focal (limitado a um único local) ou difuso (generalizada por todo o cérebro). Todos os anos ocorrem milhares de casos porém existem evidências de que provavelmente há muito mais casos com sintomas leves que não são documentados.

    As encefalites virais podem ser provocadas por uma variedade de vírus, incluindo vírus herpes simplex, enterovírus, o vírus da raiva (a partir de uma mordida de animal) ou arbovírus - disseminados principalmente por mosquitos infectados, mas também por alguns carrapatos.

    Os seres humanos não são o hospedeiro preferencial ou primário do arbovírus. A maioria das pessoas infectadas apresenta sintomas leves a moderados. Apenas uma pequena porcentagem desenvolve encefalite. Nos Estados Unidos, o vírus do Nilo Ocidental (West Nilus virus) é a causa mais comum de encefalite por arbovírus. Em todo o mundo podem predominar diferentes tipos de encefalite relacionadas aos arbovírus. As encefalites virais também podem ser vistas como uma condição secundária, que ocorre algumas semanas após uma doença viral sistêmica.

    Encefalites causadas por bactérias, fungos ou parasitas são mais raras. A meningoencefalite bacteriana pode se desenvolver a partir de bactérias que provocam as meningites anteriormente citadas . Um outro tipo de de encefalite transmitida por carrapato, conhecida como doença de Lyme pode causar encefalite bacteriana. No Brasil, existe a descrição de doenças similares à de Lyme, transmitidas por carrapatos encontrados apenas em nosso país. O Toxoplasma gondii, um parasita associado com os gatos, pode causar encefalite parasitária em algumas pessoas com sistema imunológico comprometido. Outras bactérias, fungos e parasitas podem, ocasionalmente, provocar encefalite.

  • Exames

    O diagnóstico sempre começa com um exame físico e história clínica feitos pelo médico do paciente. Os sintomas podem surgir subitamente e evoluir rapidamente, agravando-se entre algumas horas a poucos dias. O médico deve ser informado sobre as doenças mais recentes, a exposição a animais, mosquitos ou carrapatos, contato com outras pessoas que ficaram doentes, viagens e atividades recentes. No exame, o médico registrará a presença ou ausência de sinais e sintomas frequentemente associados com meningites e encefalites. Ele pode pedir alguns exames neurológicos especializados para avaliar o estado do sistema nervoso do paciente, sua coordenação sensorial e motora, visão, audição, força motora e “status” mental.

    Exames laboratoriais
    Os testes laboratoriais são realizados para detectar, identificar, avaliar e monitorar as meningites e encefalites. Têm como finalidades:

    • Distinguir essas doenças infecciosas de outras condições com sintomas semelhantes.
    • Identificar o agente etiológico (causador) - bactérias, vírus, fungos, parasitas ou outros - em tempo tão curto quanto possível para iniciar e orientar o tratamento.
    • Avaliar o estado geral de saúde do paciente, seu sistema imunológico e as complicações atuais para orientar o alívio dos sintomas e minimizar a inflamação e possíveis lesões cerebrais.
    • Sempre que possível, deve-se determinar a fonte da infecção. É especialmente importante a identificação quando o agente causal pode se tornar um problema de saúde pública (evitar contágio de pessoas próximas ao paciente e surtos epidêmicos).

    Os exames incluem:
    A análise do líquido cefalorraqueano é a principal ferramenta de diagnóstico das encefalites e meningites. O exame do líquor (outro nome para líquido cefalorraqueano) é constituído de um grupo de testes comuns somados a uma grande variedade de outros, que podem ser solicitados e executados em uma amostra do LCR colhido do paciente. O LCR é coletado usando um procedimento chamado punção lombar, que é sempre realizado por médicos. No Brasil, existem médicos e laboratórios especializados na coleta e análise do LCR em alguns centros médios e grandes.

    Exames iniciais no LCR: são exames realizados em todas as amostras de LCR colhidas por punção lombar de pacientes com suspeita de infecções do sistema nervoso central e incluem:

    Exames adicionais:

    Se algum dos testes iniciais apresentar resultados alterados podem ser solicitados outros exames como:

    De modo menos frequente solicita-se outros exames para identificar o agente etiológico. Alguns exemplos são:

    • Características físicas: o LCR normal é límpido e incolor e sua aparência é semelhante a de uma amostra de água. Nos casos de infecções, a pressão inicial do LCR durante a colheita pode estar aumentada, e a amostra apresentar aspecto turvo devido à presença de glóbulos brancos (leucócitos) ou micro-organismos.
    • Proteínas: apenas uma pequena quantidade existe normalmente no LCR, pois as proteínas são moléculas grandes e não atravessam a barreira sangue-cérebro (BHE) facilmente. O aumento de proteínas geralmente é observado nos pacientes com meningites abscesso cerebral e neurossífilis.
    • Glicose: a taxa normal no LCR é de cerca de 2/3 da concentração de glicose no sangue. Os níveis podem diminuir quando as células que não estão normalmente presentes metabolizam glicose. Estas podem incluir bactérias ou células presentes devido à inflamação (leucócitos).
    • Contagem total de células: leucócitos estão frequentemente aumentados em LCR de pacientes com infecções do sistema nervoso central (SNC).
    • Exame diferencial de leucócitos: pequenos números de linfócitos, monócitos (e, em recém-nascidos, os neutrófilos) são normais em uma amostra de LCR. O aumento de neutrófilos está relacionado a infecções bacterianas e doenças infecciosas agudas; o aumento da porcentagem de linfócitos relaciona-se a infecções de etiologia viral. Em doenças infecciosas parasitárias, como a neurocisticercose, é comum achar vários eosinófilos.
    • Gram: coloração de materiais biológicos para observação direta e identificação de microrganismos.
    • Cultura e testes de sensibilidade a antibióticos para as bactérias, fungos e vírus.
    • Detecção de vírus por PCR (reação em cadeia de polimerase) – Detecção do material genético bacteriano, viral ou fúngico (DNA, RNA). Exemplos mais comuns são os exames realizados para pesquisa dos vírus herpes e os enterovírus.
    • Pesquisa do antígeno do Cryptococcus neoformans – Para detectar uma infecção específica por fungos.
    • Outros testes de antígeno no LCR – Depende de quais micro-organismos são suspeitos. São mais comumente utiizados para identificação em infecções bacterianas como as provocadas pelo Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae tipo b, estreptococo do grupo B e Escherichia coli.
    • Pesquisa de anticorpos específicos – É possível pesquisar sua presença no LCR dependendo de qual (ais) organismos estejam envolvidos como agentes etiológicos suspeitos.
    • Pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (B.A.A.R) e cultura, quando houver suspeita de tuberculose. Os resultados são positivos em portadores de tuberculose meníngea. 
    • Testes moleculares (PCR) podem ser úteis no diagnóstico de micobacterioses.
    • Teste de sífilis (VDRL) – Positivo em casos de neurossífilis. Os resultados negativos isoladamente não são seguros para excluir esta condição.

    Podem ser realizados outros tipos de exames na amostra de LCR para distinguir entre meningite viral e bacteriana:

    Outros exames laboratoriais úteis no diagnóstico de meningites e encefalites:

    Exames de imagem e outros exames

    São feitos exames de imagem para procurar sinais de inflamação no cérebro e outras alterações, mas eles podem não mostrar alterações nos caso de encefalite. É possível detectar lesões cerebrais, tumores, hemorragias e abscessos. Os exames incluem:

    • Dosagem do ácido láctico (lactato) - Muitas vezes usado para diferenciar entre meningite viral e bacteriana. Apresenta resultados com taxas elevadas de ácido láctico nas meningites bacterianas e fúngicas, enquanto permanecerá normal ou apenas levemente elevadas nas meningites virais.
    • Dosagem de adenosina deaminase (ADA) - Encontra-se elevada em casos confirmados de tuberculose meníngea.
    • Glicose no sangue, proteínas totais no sangue, hemograma para avaliar e comparar com os níveis dos mesmos no LCR.
    • Exames para detecção de anticorpos no sangue de uma variedade de vírus. Se houver um aumento de quatro vezes no título de anticorpos entre duas amostras coletadas com cerca de um mês de intervalo entre as coletas de sangue, é sinal que há uma infecção recente pelo micro-organismo.
    • Hemocultura pode ser solicitada para a detectar e identificar bactérias no sangue.
    • Culturas de outras amostras do organismo são realizadas para detectar a origem da infecção que causou a meningite ou encefalite.
    • Tomografia computadorizada de crânio com/sem contraste (TCC).
    • Ressonância nuclear magnética de crânio (RNM).
    • Ultrassom de crânio.
    • Eletroencefalografia (EEG) - Para detectar ondas cerebrais anormais.
  • Prevenção

    Existem vacinas disponíveis para Haemophilus influenzae tipo b, Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitidis. A vacinação generalizada das crianças no Brasil e em outras partes do mundo, como os EUA, reduziu drasticamente a incidência de Haemophilus influenzae tipo b.

    Pessoas que mantiveram contato respiratório prolongado perto de alguém com meningite meningocócica podem ser instruídas a receber antibióticos por alguns dias para diminuir seu risco de desenvolver uma infecção causada pelo mesmo agente.

    É possível diminuir o risco de infecção pelos arbovirus, limitando a exposição aos mosquitos, ao reduzir as atividades ao ar livre, à noite e vestir roupas com mangas compridas, usar repelentes de insetos e eliminar depósitos de água ao redor da casa.

    Tratamento

    O tratamento das encefalites e meningites tem o objetivo de eliminar a causa da inflamação, minimizar o dano tecidual e sua complicações e aliviar os sintomas do paciente. Podem ser indicados para o paciente permanecer em repouso na cama em um quarto escuro e silencioso, ingerir muito líquido, medicamentos para aliviar a dor de cabeça e a dor no corpo, drogas anti-inflamatórias, medicamentos anticonvulsivantes, sedativos e remédios contra vômitos. Em alguns casos, são indicados corticosteróides para ajudar a reduzir o edema (inchaço) dos tecidos e do cérebro.

    Tratamento das meningites bacterianas
    As meningites bacterianas agudas e fúngicas e encefalites são consideradas emergências médicas. As infecções bacterianas são frequentemente tratadas com um antibiótico de largo espectro tão logo ou mesmo antes que seja confirmado o agente causador. Esse tratamento pode ser modificado no transcorrer do acompanhamento médico quando os resultados de cultura e outras provas identificarem as bactérias específicas e sua sensibilidade aos agentes antimicrobianos (antibióticos). Os antibióticos escolhidos devem ser capazes de passar através da barreira hemato-encefálica e atingir concentração suficiente no líquido cefalorraqueano e sistema nervoso central. Eles podem ser administrados por via intravenosa e atingir níveis elevados no sangue. Os pacientes são monitorados para identificar sinais de toxicidade da droga e para algumas funções orgânicas como o funcionamento dos rins. Dependendo do tipo de bactéria e do estado do sistema imunológico do paciente, o tratamento pode ser prolongado por semanas, meses ou mesmo anos.

    Algumas vezes é necessário fazer procedimentos cirúrgicos para drenar abcessos infectados ou outras cavidades.

    Tratamento das meningites virais
    Muitos casos de encefalites virais e meningites podem se apresentar clinicamente de modo leve a moderada e autolimitado, necessitando apenas de acompanhamento, repouso e alívio dos sintomas. Os pacientes com casos mais graves talez precisem ser hospitalizados. Nos casos de encefalite viral causada pelo herpes ou vírus varicela-zoster, os médicos podem prescrever um medicamento antiviral, como o aciclovir. Nos portadores do vírus HIV, é possível que seja necessária a terapia antiretroviral intensificada.

    Tratamento das meningites fúngicas
    As infecções fúngicas são geralmente tratadas com medicamentos por via intravenosa antifungos. Nesses casos, será necessário continuar o tratamento por um longo período de tempo. Os pacientes com sistemas imunitários comprometidos precisam continuar a terapia oral por tempo indeterminado para evitar a infecção recorrente.

    Tratamento das infecções parasitárias
    As meningoencefalites agudas parasitárias causadas pela ameba Naegleria fowleri são frequentemente fatais porque não há agentes antimicrobianos comprovadamente eficazes para tratá-las. O tratamento de infecções por Toxoplasma gondii e outros agentes parasitários é feito com drogas antiparasitárias específicas.

Accordion Title
Perguntas frequentes
  • As meningites e encefalites sempre são causadas por infecções?

    Muito raramente, meningites e encefalites têm causas não infecciosas. É o caso de uma doença autoimune que atinge os componentes do sistema nervoso, uma reação ao tratamento com medicamentos - em certos tipos de câncer a doença pode comprometer as meninges e apresentar sinais e sintomas semelhantes às meningites e encefalites.

  • Outras condições que podem ter sintomas semelhantes?

    Outras doenças graves podem causar alguns dos mesmos sintomas como meningite e encefalite, mas têm diferentes causas e tratamentos. Estes incluem abcesso cerebral, lesão cerebral, drogas, trauma ou empiema subdural - uma coleção de pus no espaço entre a dura-máter e aracnóide (camadas das meninges).

  • As meningites e encefalites começam no cérebro?

    A meningite pode ser causada por uma infecção no sangue ou nas proximidades do cérebro (infecção do ouvido, por exemplo) que permite que os organismos penetrem no LCR. Alguns tipos de encefalite podem ser provocadas por infecções que se originam no trato respiratório, trato gastrointestinal ou no sangue que podem se espalhar para o sistema nervoso central.

  • Meningite é contagiosa?

    Tudo depende do micro-organismo que a está causando. Pessoas que tenham sido expostas a outros indivíduos com meningite meningocócica podem receber prescrição de antibióticos por alguns dias para minimizar a chance de desenvolvê-lo. Existem vacinas disponíveis para Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae tipo b e Neisseria meningitidis, que são as causas mais comuns de meningite bacteriana e podem ser transmitidas para outras pessoas em secreções respiratórias.

  • Uma vez que eu tive meningite ou encefalite, posso tê-las novamente?

    É possível adquirir este tipo de infecção novamente. Alguns pacientes com sistemas imunológicos comprometidos podem ter que continuar sua terapia antimicrobiana indefinidamente para evitar reincidência.

Fontes do artigo

Wu, A. (2006). Tietz Clinical Guide to Laboratory Tests, Fourth Edition. Saunders Elsevier, St. Louis, Missouri. Pp 1554-1555.

Sur, D. and Bukont, E. (2007 June 15). Evaluating Fever of Unidentifiable Source in Young Children. American Family Physician v 75 (12). Available online through http://www.aafp.org/. Accessed on 3/18/08.

(2007 December 11). Meningitis and Encephalitis Fact Sheet. National Institute of Neurological Disorders and Stroke. Available online through http://www.ninds.nih.gov/. Accessed on 3/9/08.

(2005 October 12). Meningococcal Disease. CDC Division of Bacterial and Mycotic Diseases. Available online through http://www.cdc.gov/. Accessed on 3/9/08.

Torpy, J. (2006 October 25) Lumbar Puncture. Journal of the American Medical Association Patient Page, JAMA V 296 (16). Available online through http://jama.ama-assn.org/. Accessed on 3/9/08.

Torpy, J. (2007 January 3). Meningitis. ournal of the American Medical Association Patient Page, JAMA V 297 (1). Available online through http://jama.ama-assn.org/. Accessed on 3/9/08.

Mayo Clinic Staff (2007 May 4). Encephalitis. MayoClinic.com. Available online through http://www.mayoclinic.com/. Accessed on 3/9/08.

Weomberg. G. (2006 June Revision). Meningitis. Merck Manual Home Edition. Available online through http://www.merck.com/. Accessed on 3/8/09.

Razonable, R. and Keating, M. (2007 November 26, Updated). Meningitis. EMedicine. Available online through http://www.emedicine.com/. Accessed on 3/21/08.

(2005 November 7, Reviewed). Information on Arboviral Encephalitides. CDC Division of Vector-Borne Infectious Diseases, Arboviral Encephalitides. Available online through http://www.cdc.gov/. Accessed on 3/18/08.

Babcock, H. (2006 September 6, Updated). Meningitis – cryptococcal. MedlinePlus Medical Encyclopedia. Available online through http://www.nlm.nih.gov/. Accessed on 3/18/08.

Fitch, M. and van de Beek, D. (2008 January 30). Drug Insight: Steroids in CNS Infectious Diseases -- New Indications for an Old Therapy. Medscape from Nat Clin Pract Neurol 2008. [On-line CME]. Available online through http://www.medscape.com/. Accessed on 3/21/08.

Hom, J. and Felter, R. (2006 May 16, Updated). Pediatrics, Meningitis and Encephalitis. eMedicine. Available online through http://www.emedicine.com/. Accessed on 3/21/08.

(© 2008). Cerebrospinal Fluid, Anatomy and Formation. College of American Pathologists. Available online through http://www.cap.org/. Accessed on 3/21/08.

(© 2007). Prevention. Meningitis Vaccine, CDC Meningitis, NMA. Available online through http://www.nmaus.org/. Accessed on 3/9/08.

Brook, I. (2006 December 15, Updated). Brain Abscess. emedicine. Available online through http://www.emedicine.com/. Accessed on 3/21/08.

Segun, T. D. and Lorenzo, N. (2007 January 17, Updated). Subdural Empyema. emedicine. Available online through http://www.emedicine.com/. Accessed on 3/21/08.