Infertilidade é a incapacidade de engravidar ou de sustentar uma gravidez que resulte em um nascimento vivo. É causada por diversos problemas que afetam o sistema reprodutor. O diagnóstico é feito quando um casal mantém relações sexuais no período fértil durante seis a 12 meses sem que haja gravidez, ou quando esta não se mantém.
A fertilidade depende da interação bem-sucedida de muitos fatores. Podem ocorrer problemas durante o processo de concepção e, em menor frequência, na gravidez. O aparelho reprodutor feminino é formado por vulva, vagina, colo do útero, útero, trompas uterinas e ovários. O masculino consiste em testículos, canais deferentes, vesículas seminais, próstata e pênis. Lesão de qualquer desses órgãos pode contribuir para a infertilidade. Além disso, hormônios produzidos no hipotálamo, na hipófise, na tireoide e nos ovários e testículos têm um papel importante no controle e no suporte da reprodução.
Para que ocorra uma gravidez, é necessário que a mulher desenvolva e libere um óvulo de um dos ovários. Mulheres nascem com um número fixo de 200.000 a 400.000 folículos ovarianos que produzem óvulos. No início de cada ciclo menstrual, os folículos são estimulados pelo hormônio estimulante dos folículos (FSH) para maturar. A produção de estrogênio também aumenta, chegando ao máximo por volta do 14º dia do ciclo, causando espessamento do revestimento do útero. O hormônio luteinizante (LH) aumenta nesse momento, provocando a liberação de um óvulo maduro. Apenas um é liberado em cada ciclo. Durante os anos férteis, uma mulher libera cerca de 400 óvulos. O óvulo é transportado ao longo de uma trompa uterina e é fecundado por um espermatozoide, dando início à formação de um embrião, que se implanta no revestimento uterino (endométrio), onde é alimentado e suportado pela placenta durante toda a gestação. A infertilidade ocorre com problemas em qualquer um desses processos.
Em cerca de 65% dos casos, a infertilidade depende de fatores da mulher; e em cerca de 20%, do homem. Nos 15% restantes, não é identificada a causa. A idade tem importância, especialmente em mulheres, mas também em homens. Acredita-se que danos ao DNA de óvulos e de espermatozoides estejam relacionados com a idade. Além disso, desequilíbrios hormonais tendem a se desenvolver com o aumento da idade. A fertilidade feminina é máxima aos vinte e poucos anos de idade. Quando a mulher atinge a menopausa, poucos óvulos estão disponíveis e funcionais. No homem, o número e a motilidade dos espermatozoides diminuem com a idade, reduzindo a probabilidade de fertilização.
Embora a causa precisa da infertilidade nem sempre seja conhecida, com frequência ela resulta de diversos problemas. Entre os mais comuns estão a endometriose e os efeitos da fibrose das trompas uterinas após doenças transmitidas sexualmente. A presença de outras doenças ou infecções em um dos parceiros também pode ser a origem do problema. Também podem interferir a nutrição, saúde, estilo de vida e fatores ambientais. Alguns dos motivos mais comuns relatados são distúrbios do sêmen, defeitos da trompa uterina, problemas de ovulação e anormalidades do muco cervical. A investigação de infertilidade pode ser complexa, dispendiosa e prolongada. Em geral, os dois parceiros são submetidos a exames detalhados, incluindo físico, de sangue e de imagem para determinar a origem do problema..