Também conhecido como
PS1
PS-1
Gene Presenilina 1
S182
Nome formal
PSEN1 ou Análises Genéticas de Mutações PS1
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 17 de Fevereiro de 2020.
De relance
Por que fazer este exame?

Para triagem de uma mutação rara no gene PSEN1 conhecido por estar associado à doença de Alzheimer familiar de início precoce (DAFIP, também denominada doença de Alzheimer tipo 3 ou DA3).

Quando fazer este exame?

Quando um adulto apresenta sintomas de demência, tem história familiar importante de doença de Alzheimer e que inicia antes de 60-65 anos, ou é um adulto assintomático e um membro de sua família apresentou doença de Alzheimer de início precoce e foi identificada uma mutação genética no PSEN1.

Amostra:

Uma amostra de sangue é retirada de uma veia do braço.

É necessária alguma preparação?

Nenhum preparo é necessário.

O que está sendo pesquisado?

Este exame procura por mutações na sequência genética do PSEN1, que tem sido associado à doença de Alzheimer familiar de início precoce (DAFIP, também denominada doença de Alzheimer tipo 3 ou DA3). Embora a maioria dos casos da doença de Alzheimer (DA) iniciem após os 65 anos de idade, cerca de 5% a 10% dos casos surgem em indivíduos com menos de 65 anos. Grande parte desta DA de início precoce é familiar – está presente em linhagens familiares e é causada por uma mutação genética. Até agora, três mutações genéticas raras foram identificadas como associadas à DA3: PSEN1, PSEN2 e proteína precursora de amilóide (PPA). A mutação genética mais comum é a PSEN1 e acredita-se que provoque cerca de 30% a 70% dos casos de DA3. Como o PSEN1 é um gene dominante (autossômico dominante), é necessária apenas uma cópia mutante, herdada do pai ou da mãe, para levar ao desenvolvimento da DA3.

Ainda não é bem compreendido por que as mutações do PSEN1 estão associadas à DA3. Acredita-se que o papel normal do gene PSEN1 é produzir a presenilina 1, uma proteína utilizada no desenvolvimento do cérebro e da medula espinhal. A presenilina 1 também trabalha com outras enzimas na quebra de certas proteínas em partes menores (peptídeo beta-amilóide). A mutação do PSEN1 produz uma proteína presenilina 1 alterada que não funciona adequadamente, resultando no colapso desse processo. Este colapso provoca o aumento da produção de uma proteína beta-amilóde de configuração mais longa e mais rígida, que é tóxica para o sistema nervoso e, por fim, produz as placas amiloides características na DA.

Até o momento, mais de 150 mutações do gene PSEN1 foram identificadas em um número limitado de diferentes linhagens familiares em todo o mundo. O grande número de mutações sugere que podem existir outras mutações, ainda não conhecidas. Assim, o exame PSEN1 não irá identificar todos os indivíduos com uma mutação do PSEN1. A análise é facilitada se uma mutação específica de PSEN1 já foi identificada na linhagem familiar da pessoa. A análise da mutação genética do PSEN1 é um exame relativamente novo e é oferecido por um número limitado de laboratórios.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue é obtida de uma veia do braço..

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Não é necessário preparo para o exame

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    A análise da mutação genética do PSEN1 é utilizada para triagem de adultos assintomáticos ou sintomáticos, que apresentem uma história familiar importante de doença de Alzheimer de início precoce (DAFIP, também denominada doença de Alzheimer tipo 3 ou DA3), especialmente quando uma mutação específica do PSEN1 foi identificada em outros membros da família. Pode ser utilizada para auxiliar no diagnóstico diferencial entre a DAFIP e outras formas de demência de início precoce, mas normalmente apenas naqueles com história familiar de DA3. Pode ser realizado um aconselhamento genético apropriado para avaliar o risco de um dos pais apresentar ou transmitir a mutação PSEN1. No entanto, o exame PSEN1 é raramente solicitado no pré-natal, pois é necessário fazer uma amniocentese e não é comum a prática de exames pré-natais para doenças de início na idade adulta. O exame de PSEN1 não é útil como triagem para a população geral nem para aqueles que apresentam DA de início tardio.

  • Quando o exame é pedido?

    Este exame pode ser pedido quando a pessoa desenvolve sintomas associados à doença de Alzheimer antes dos 65 anos de idade. A análise da mutação do PSEN1 também pode ser solicitada quando um adulto assintomático apresenta uma história familiar importante de doença de Alzheimer de início precoce, especialmente quando há muitos membros da família, ao longo de várias gerações, que apresentaram ou se suspeita que apresentaram DA3.
    Muito raramente, o exame de PSEN1 pode ser feito no exame pré-natal, quando existir documentação de membros da família acometidos e for identificada uma mutação específica do gene PSEN1. Não é uma prática comum realizar exames pré-natais ou em crianças de doenças de início na idade adulta.

  • O que significa o resultado do exame?

    Se o indivíduo possui uma das mutações no PSEN1, é muito provável que, eventualmente, desenvolva DA3, geralmente em idade semelhante a dos outros membros da família afetados. A penetrância do gene (por exemplo: os sintomas, a gravidade e a taxa de progressão) pode variar entre pessoas. Uma vez que é um gene dominante, cada criança terá 50% de chances de apresentar a mutação no PSEN1 transmitida.

    Se a análise genética da mutação PSEN1 for negativa, ainda é possível que o indivíduo apresente DA3, porque a mutação pode não ser identificada pelo método de exame existente e pode ser causada por uma mutação diferente do gene PSEN1 ou uma mutação em outro gene, ainda não identificada.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    A mutação genética do PSEN1 é quase que exclusivamente de caráter familiar e não está associada à DA de início tardio. Alguns poucos casos de mutação genética do PSEN1 irão aparecer sem a história familiar importante, devido à paternidade "alternativa", novas mutações ou porque um dos pais faleceu antes de desenvolver os sintomas, de modo que ests elemento da história familiar era desconhecido.

    O exame de PSEN1 é relativamente novo e comparativamente caro, tem uso limitado e ainda é raramente solicitado. É realizado apenas em alguns laboratórios. Por isso, se o médico o solicitou, a amostra de sangue será enviada para um laboratório de referência e os resultados podem demorar a chegar. Tal como ocorre em muitas modalidades de novos testes, a análise pode ser de alto custo e, frequentemente, não é coberta pela maioria dos planos de saúde.

  • Meu pai foi diagnosticado com doença de Alzheimer de início precoce (AD3). O médico pode dizer se meu pai tem uma mutação genética sem um exame de sangue?

    Não, os sintomas da DA3, DA esporádica de início precoce e a DA tardia são os mesmos, exceto pela idade de início. Não é possível afirmar que o indivíduo apresenta mutação genética somente pela observação das alterações nas atividades diárias. Se houver uma história familiar importante de DA de início precoce, especialmente se outro membro da família foi diagnosticado com uma mutação genética, o médico pode suspeitar de um problema genético que será confirmado ou não com um exame de sangue.

  • Existem outros exames genéticos que diagnosticam a DA?

    Outros genes que apresentam mutações associadas à DA3 são PSEN2 e PPA (proteína precursora de amiloide). O exame está disponível, mas deve-se considerar que essas mutações genéticas são muito raras e apenas foram identificadas em um pequeno número de linhagens familiares específicas.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

Fontes usadas na última revisão deste artigo

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