Para triagem e diagnóstico de infecção pelo Zika vírus.
O exame para detecção de infecção pelo Zika vírus deve ser realizado em pacientes com suspeita diagnóstica da infecção ou em gestantes assintomáticas que estiveram em regiões epidêmicas da doença.
Amostras de sangue total coletadas de veia periférica no braço ou amostra de urina isolada.
Não.
O diagnóstico laboratorial de infecção pelo Zika vírus pode ser realizado em amostra de sangue obtida por punção venosa, indiretamente pela detecção de anticorpos circulantes ou diretamente pela detecção do vírus propriamente dito utilizando metodologia molecular.
O sangue é obtido por punção venosa periférica ou, para detecção direta do vírus na urina, em amostra isolada de urina.
NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.
Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.
Nenhum preparo é necessário.
O tempo de infecção é o único parâmetro importante a ser observado no momento da coleta.
Para o teste de detecção direta do vírus, por metodologia molecular denominada PCR (Polimerase-Chain-Reaction ou Reação em Cadeia da Polimerase) a coleta deve ser realizada nos primeiros 7 dias de infecção, sendo o tempo ideal de detecção, no sangue, de até 4 dias após a infecção. Depois deste período o resultado pode ser negativo, o que não exclui a infecção pelo Zika vírus.
Em amostras de urina o Zika vírus pode ser detectado, por PCR, por um período maior de tempo: até 15 dias após a infecção. Já nos testes indiretos, isto é, realizados através da detecção de anticorpos da classe IgM, que caracterizam a infecção aguda, a coleta deve ser realizada após 4 dias de infecção e até 2 a 12 semanas, na fase de convalescença.
Um teste sorológico com resultado negativo, feito após 12 semanas da suposta exposição, como viagens para locais com epidemia, descarta a infecção.
O exame de maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de infecção pelo Zika vírus é o teste molecular, realizado pela metodologia denominada PCR (Polimerase-Chain-Reaction ou Reação em Cadeia da Polimerase.)
Este teste deve ser realizado nos primeiros 7 dias de infecção, sendo o tempo ideal de detecção, no sangue, até 4 dias após a infecção. Após este período o resultado pode ser negativo, o que não exclui a infecção pelo Zika vírus.
Em amostras de urina o Zika vírus pode ser detectado, por PCR, por um período maior de tempo, até 15 dias após a infecção.
É possível a realização do teste indireto com pesquisa de anticorpos produzidos contra o vírus. Neste caso, a coleta deve ser feita após 4 dias de infecção e até 2 a 12 semanas, na fase de convalescença. Um teste sorológico com resultado negativo, feito após 12 semanas da suposta exposição, como viagens para locais com epidemia, descarta a infecção.
Assim como todos os exames laboratoriais, é fundamental que este seja solicitado e interpretado por um profissional médico habilitado, que tenha relação com a suspeita clínica, e que o laboratório utilize todas as formas de controle e garantia da qualidade descritas nas normas regulatórias vigentes e nas normas de Programas de Qualidade Laboratorial, tal como o PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, promovido pela SBPC/ML.
O exame é solicitado quando há suspeita clínica de infecção pelo vírus Zika.
O tempo médio entre a infecção pelo vírus e o aparecimento dos sintomas pode demorar até 10 dias.
Os sintomas duram entre 4 a 7 dias e envolvem cefaleia, febre, sintomas cutâneos (manchas na pele avermelhadas, especialmente em tronco e face), artralgia (dores na articulação), conjuntivite, náusea e mialgia (dores no corpo).
A transmissão ocorre através da picada pelo mosquito Aedes aegypt infectado, que transmite o vírus ao paciente.
O exame de detecção de anticorpos deve ser solicitado em gestantes assintomáticas que estiveram em regiões epidêmicas de infecção pelo vírus Zika, pelo risco de alterações fetais, chamadas de microcefalia.
O exame molecular direto positivo identifica a presença de vírus Zika na circulação sanguínea ou na urina do paciente, demonstrando uma infecção vigente.
O exame imunológico indireto, por detecção de anticorpos, indica contato prévio com o vírus. No caso de detecção de anticorpos de fase aguda, chamados IgM, demonstra infecção recente pelo vírus.
É importante ressaltar que os exames indiretos por detecção de anticorpos (imunológicos) podem apresentar resultados falso positivos por reação cruzada, isto é, os testes podem ser positivos devido a detecção de anticorpos contra outros vírus da mesma família do Zika, como ocorre com a Dengue.
Gestantes assintomáticas devem procurar um médico para realizar um teste indireto para avaliar se houve exposição ao Zika vírus. Um exame negativo exclui infecção prévia.
Pacientes com exames imunológicos positivos e sintomáticos devem realizar o teste molecular em sangue e, dependendo do tempo dos sintomas, em urina.
Os testes imunológicos podem apresentar os chamados resultados falso positivos por reação cruzada, isto é, pode ocorrer a detecção de outros vírus semelhante como a Dengue. Nestes casos, deve ser realizado o teste molecular.