Também conhecido como
HIV quantitativo
Nome formal
Carga viral do HIV
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 27 de Julho de 2019.
De relance
Por que fazer este exame?

Para monitorar a evolução do doença por HIV, junto com outros exames laboratoriais, e para orientar o tratamento.

Quando fazer este exame?

Quando é feito o diagnóstico de HIV, duas a oito semanas após início ou alteração do tratamento, a cada três a quatro meses durante o tratamento ou a critério do médico.

Amostra:

Uma amostra de sangue obtida de uma veia do braço.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma

O que está sendo pesquisado?

Esse exame mede a quantidade (carga viral) no sangue de ácido ribonucleico (RNA) do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS). Quando uma pessoa é infectada, o HIV invade e destrói células imunológicas, replica-se (produz cópias de si mesmo) e invade linfonodos, baço e outros órgãos. No início da infecção, pode não haver sinais nem sintomas de doença ou apenas sintomas semelhantes aos do resfriado. Com a evolução, há um enfraquecimento progressivo do sistema imunológico e o corpo fica mais susceptível a infecções, como tuberculose e micoses e alguns tipos de câncer, como o sarcoma de Kaposi.

Três a oito semanas após a exposição ao vírus (em casos raros, até seis meses), o corpo começa a produzir anticorpos em resposta à infecção, que podem ser detectados por exames de triagem para HIV. Entretanto, se a exposição foi recente, o nível de anticorpos pode ainda não ser detectável. Nesse período de “janela imunológica”, procura se detectar a exposição pela medida do RNA viral (carga viral) no sangue. Como o nível tecnológico e de recursos para o exame da carga viral é alto, ele não é usado com frequência para diagnóstico. No Brasil, em casos específicos pode ser usado como auxiliar diagnóstico outro teste molecular, chamado qualitativo, que dá uma resposta do tipo “presente” ou “indetectável”. A pesquisa do antígeno p24 pode ser usada para diagnóstico na infecção inicial por HIV.

Com o progresso da doença, o vírus se replica e a carga viral aumenta. A medida da carga viral dá ao médico uma indicação da evolução da doença e da velocidade de replicação do vírus. Com a contagem de linfócitos CD4, ela indica quando o tratamento deve ser iniciado, quando deve ser pesquisada a resistência aos medicamentos e quando deve ser modificado o tratamento. Este pode diminuir a carga viral até níveis indetectáveis, mas não erradica completamente o vírus.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue obtida com uma agulha de uma veia do braço.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária
Accordion Title
Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    A carga viral é uma avaliação quantitativa do RNA do HIV e fornece informações importantes usadas em conjunto com a contagem de linfócitos CD4:

    • para monitorar a infecção pelo HIV
    • para orientar o tratamento
    • para prever a evolução futura da doença

    Estudos mostram que manter a carga viral o mais baixa possível durante o máximo de tempo diminui as complicações, retarda a evolução da doença e prolonga a vida.

    Há vários métodos de avaliar a carga viral. Não devem ser comparados resultados de métodos diferentes. Usar sempre o mesmo método para acompanhar um pacientes específico.

  • Quando o exame é pedido?

    A carga viral do HIV é pedida quando é feito o diagnóstico de infecção pelo HIV. Em geral, pede-se em conjunto com uma contagem de linfócitos CD4. Os resultados fornecem uma base para comparação futura e indicam se o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

    Quando o tratamento é iniciado, o médico pede uma carga viral em duas a oito semanas para avaliar sua eficácia. O exame é feito a cada três a quatro meses para monitorar o tratamento a longo prazo.

  • O que significa o resultado do exame?

    A carga viral é relatada como o número de cópias do vírus em 1mililitro de sangue. Resultados iniciais em pacientes não tratados podem chegar a 1 milhão ou mais de cópias/ml. Durante o tratamento, uma carga viral alta oscila entre 5.000 e 10.000 cópias/ml. Dependendo do método usado, uma carga viral baixa, entre 40 a 500 cópias/ml, indica progresso lento da doença.

    Um resultado “indetectável” não significa que a pessoa está curada, e sim que o HIV não estava presente no sangue no momento da colheita ou estava presente em quantidade abaixo do nível mínimo de detecção do método. Mesmo não sendo detectável no sangue, o HIV persiste integrado ao DNA de células dos tecidos, como “provírus” ou “DNA proviral do HIV”

    Alterações da carga viral são muito importantes. Contagens crescentes indicam piora da infecção ou resistência aos medicamentos, e contagens decrescentes indicam inibição da replicação viral e melhora da doença.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    A carga viral do HIV é usada para monitorar o nível de vírus após o diagnóstico de HIV. Os métodos de pesquisa de anticorpos anti-HIV são recomendados para o diagnóstico da infecção.

    A carga viral é um método muito sensível, e pode produzir alguns resultados falsos positivos.

  • Exercício, nutrição e outras mudanças de estilo de vida diminuem a carga viral?

    Não há relação entre carga viral e exercícios, nutrição ou outros fatores de estilo de vida. Entretanto, uma vida saudável mantém a energia dos pacientes.

  • A carga viral detecta o RNA do HIV. O que é a pesquisa de DNA viral do HIV?

    A pesquisa de DNA viral do HIV, também chamado DNA proviral do HIV, é um exame qualitativo usado para pesquisar infecção em bebês de mães infectadas nos primeiros meses de vida.

    Esse exame é usado porque os anticorpos anti-HIV maternos atravessam a placenta e são encontrados no sangue do bebê. Por isso, a pesquisa de anticorpos no bebê pode ser positiva mesmo que ele não esteja infectado. Após a infecção, o vírus se integra ao DNA das células e permanece no corpo, mesmo quando a carga viral não é detectável.

    A pesquisa de DNA proviral é feita logo após o nascimento em filhos de mães infectadas. Resultados positivos confirmam a infecção. Resultados negativos devem ser repetidos após um a dois meses e após três a seis meses, porque podem ser devidos a níveis ainda indetectáveis de vírus.

    Exames positivos devem ser seguidos de contagens de linfócitos CD4 e carga viral, para identificar bebês que podem se beneficiar com tratamento.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

Fontes usadas na revisão atual

Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (© 2007). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 8th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO. Pp. 535-538.

Clarke, W. and Dufour, D. R., Editors (2006). Contemporary Practice in Clinical Chemistry, AACC Press, Washington, DC. Pp. 487-490.

Bennett, N. and Rose, F. (2008 October 22, Updated). HIV Disease. eMedicine [On-line information]. Available online at http://www.emedicine.com/med/TOPIC24.HTM through http://www.emedicine.com. Accessed on 10/26/08.

Mayo Clinic Staff (2008 August 9). MayoClinic HIV/AIDS. MayoClinic.com [On-line information]. Available online at http://www.mayoclinic.com/health/hiv-aids/DS00005 through http://www.mayoclinic.com. Accessed on 10/30/08.

(2005 November, Revised). Human Immunodeficiency Virus (HIV) Introduction. Merck Manual for Healthcare Professionals [On-line information]. Available online at http://www.merck.com/mmpe/sec14/ch192/ch192a.html?qt=HIV&alt=sh through http://www.merck.com. Accessed on 10/30/08.

(2008 September, Reviewed). Human Immunodeficiency Virus – HIV. ARUP Consult [On-line information]. Available online at http://www.arupconsult.com/Topics/InfectiousDz/Viruses/HIV.html through http://www.arupconsult.com. Accessed on 10/30/08.

(2006 September 22). Revised Recommendations for HIV Testing of Adults, Adolescents, and Pregnant Women in Health-Care Settings. CDC MMWR 55(RR14); 1-17 [On-line information]. Available online at http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5514a1.htm through http://www.cdc.gov. Accessed on 11/1/08.

(2008 September, Updated) HIV and Plasma Viral Load Testing. Familydoctor.org [On-line information]. Available online at http://familydoctor.org/online/famdocen/home/common/sexinfections/hiv/654.html through http://familydoctor.org. Accessed on 11/1/08.

(Updated January 9,2009) AVERT.org. HIV testing. Available online at http://www.avert.org/testing.htm. Accessed February 2009.

Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics. Burtis CA, Ashwood ER and Bruns DE, eds. 4th ed. St. Louis, Missouri: Elsevier Saunders; 2006, Pp. 1567-1568.

(October 22, 2007) National Institute of Allergy and Infectious Diseases. HIV/AIDS. Available online at http://www3.niaid.nih.gov/topics/HIVAIDS/. Accessed February 2009.

Arup Laboratories. ArupConsult. Human Immunodeficiency Testing in Infants. PDF available for download at http://www.arupconsult.com/Algorithms/HIVInfants.pdf through http://www.arupconsult.com. Accessed February 2009.

Henry’s Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21st ed. McPherson RA and Pincus MR, eds. Philadelphia: 2007, P. 989.

(Reviewed Oct 7, 2008) AIDS infonet.org. Fact sheet, Viral Load Tests. Available online at http://www.aidsinfonet.org/fact_sheets/view/125 through http://www.aidsinfonet.org. Accessed February 2009.

Fontes usadas em revisões anteriores

Thomas, Clayton L., Editor (1997). Taber’s Cyclopedic Medical Dictionary. F.A. Davis Company, Philadelphia, PA [18th Edition].

Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (2001). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 5th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO.

Janice K. Pinson MT, MBA. Molecular Business Strategies, Birmingham, MI.