Para determinar se um bebê, um idoso ou um indivíduo imunocomprometido tem o vírus sincicial respiratório (VSR); para determinar se iniciou a temporada de VSR na comunidade.
VSR
Quando chega a temporada de VSR (final do outono até o início da primavera) e o médico quer determinar se os sintomas de coriza nasal, congestão, tosse e/ou dificuldade respiratória são provocadas por VSR ou existem outras causas.
Normalmente, um aspirado ou lavado nasal. Raramente faz-se um swab nasofaríngeo (NF).
Nenhum preparo é necessário.
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Como o exame é usado?
O teste para o vírus sincicial respiratório (VSR) normalmente é utilizado durante a temporada de VSR para auxiliar no diagnóstico de infecções em indivíduos que apresentam sintomas moderados a graves e envolvimento das vias respiratórias inferiores. É pedido principalmente para bebês (com idade entre 6 meses e 2 anos), para idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido, tais como aqueles com doença pulmonar pré-existente ou que realizaram transplante de órgão. Crianças mais velhas e o resto da população em geral não são rotineiramente diagnosticadas ou testadas, porque a maioria delas irá apresentar apenas infecções respiratórias das vias superiores, relativamente leves, com sintomas como coriza nasal, espirros, tosse, dor de garganta e febre.
O teste para VSR também é usado para documentar e rastrear a disseminação do VSR na comunidade. Uma vez que a maioria dos casos de VSR são autolimitantes, os esforços de saúde da comunidade são concentrados na contenção e prevenção da disseminação do VSR o máximo possível para minimizar a chance de propagação do vírus para pessoas com alto risco. O tratamento do VSR é, principalmente, de apoio, diminuindo a dor e a febre e facilitando a respiração. Pessoas com sintomas leves realizarão o teste para VSR somente se for necessário para ajudar na triagem da disseminação. O teste de VSR costuma ser pedido junto com o teste para influenza se ambos estiverem presentes na comunidade. Estes exames são utilizados para detectar a presença do VSR ou da influenza e para avaliar a probabilidade de que os sintomas do indivíduo sejam provocados por esses vírus ou existam outras causas, como infecção bacteriana.
Algumas vezes podem ser feitas culturas virais ou teste genético para vírus respiratório, para ajudar a localizar os surtos de VSR e identificar outras infecções virais que podem causar sintomas clínicos semelhantes à VSR.
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Quando o exame é pedido?
Os testes para VSR são pedidos quase que exclusivamente durante a "temporada de resfriados e gripes". São realizados quando a pessoa, geralmente bebê ou idoso, apresenta sintomas de infecção das vias respiratórias inferiores, como:
- chiado
- tosse intensa
- respiração rápida (principalmente bebês)
- febre
- dores de cabeça
- coriza e entupimento nasal
- dor de garganta
Se o VSR já estiver sido identificado na comunidade, o médico pode solicitar um teste rápido para VSR para confirmar a suspeita diagnóstica no indivíduo sintomático. Se a influenza também estiver presente na comunidade, pede-se o teste de VSR em conjunto com o teste para influenza para determinar qual vírus a pessoa tem. O médico também pode solicitar exames bacterianos, como teste para streptococcus (pesquisa de streptococcus do grupo A - bactérias que provocam faringite estreptocócica), quando a causa da infecção não é clara.
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O que significa o resultado do exame?
Se um teste rápido para VSR for positivo, então é provável que o paciente apresente infecção pelo vírus sincicial respiratório. Uma cultura viral positiva ou teste genético viral servirá para confirmar a presença do VSR na comunidade. O teste positivo para VSR, no entanto, não diz ao médico a gravidade dos sintomas ou há quanto tempo a pessoa está infectada. Normalmente, os sintomas aparecem de 4 a 6 dias após a infecção.
O teste rápido negativo para VSR pode significar que o indivíduo avaliado apresente algo diferente de VSR ou que não há vírus suficiente na amostra para que se possa detectá-lo. Entre os motivos estão uma coleta ruim da amostra ou porque o paciente não apresenta níveis detectáveis do vírus nas secreções respiratórias. Os adultos tendem a liberar menos vírus que os bebês e aqueles que apresentam VSR há vários dias liberarão menos do que os que têm infecção mais recente.
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Há mais alguma coisa que eu devo saber?
A maioria das infecções por VSR desaparece em 1 ou 2 semanas. As pessoas podem ser reinfectadas pelas diferentes cepas de VSR de ano para ano, embora as infecções posteriores tendem a ser menos grave que a primeira. Como a maioria das infecções por VSR é leve, normalmente atribui-se seus sintomas a “resfriado”. Estes casos de VSR, normalmente não são formalmente diagnosticados. Com frequência, são autotratados pela pessoa com remédios de venda livre para resfriado que aliviam os sintomas.
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Existe algum exame de sangue para VSR?
Existem testes de sangue para anticorpos anti VSR – a resposta imunológica do sistema ao vírus. Os testes podem detectar exposição prévia ao VSR, mas, normalmente, não são considerados clinicamente úteis para diagnóstico de um processo ativo de VSR.
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Existe alguma vacina, como a da gripe, para prevenir o VSR?
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Os antibióticos são úteis para os casos de VSR?
Não. O VSR é causado por vírus e não por bactéria. Então, a antibioticoterapia (tratamento com antibióticos) não é indicada ou útil. Existe uma terapia medicamentosa de curto prazo para indivíduos de alto risco. Ela não previne nem cura a infecção por VSR, mas diminui o envolvimento das vias respiratórias inferiores e reduz a necessidade de hospitalização das pessoas afetadas. Esta imunoterapia pode ser dada aos recém-nascidos nas unidades de terapia intensiva dos berçários para protegê-los durante a temporada de VSR. Bebês prematuros são especialmente vulneráveis ao VSR.