Também conhecido como
Parvovírus B19
Eritrovírus B19
Nome formal
Parvovírus B19
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 31 de Janeiro de 2020.
De relance
Por que fazer este exame?

Para determinar se há ou se houve uma infecção por parvovírus B19.

Quando fazer este exame?

Quando uma mulher grávida foi exposta ao parvovírus B19; quando uma pessoa, principalmente se for imunodeprimida, tem anemia persistente ou grave; quando há piora súbita da anemia em pessoas com uma anemia hemolítica.

Amostra:

Uma amostra de sangue obtida de uma veia do braço, para pesquisa de anticorpos. Para detectar o vírus pode ser usada uma amostra de sangue ou, raramente, de medula óssea.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma

O que está sendo pesquisado?

O parvovírus B19, denominado hoje em dia de eritrovírus B19, é um vírus que causa uma doença comum na infância, chamada eritema infeccioso ou quinta-moléstia. A infecção é muito comum e, em geral, é transmitida entre pessoas por gotículas respiratórias.

Na maioria dos casos, a infecção é assintomática ou causa sintomas leves e inespecíficos, que desaparecem espontaneamente após uma ou duas semanas. As pessoas infectadas produzem anticorpos que podem ser detectados durante o resto da vida e conferem imunidade permanente ao vírus. Estudos epidemiológicos feitos com a pesquisa de anticorpos IgG mostram que mais de 50% dos adultos em todo o mundo tiveram contato com o vírus.

Algumas crianças com a infecção desenvolvem uma erupção cutânea característica, com vermelhidão nas bochechas (aspecto de “bofetada”) e no resto do corpo, que dura de uma a três semanas, constituindo o chamado eritema infeccioso ou quinta-moléstia. Este nome é usado em analogia com outras erupções cutâneas em crianças, como sarampo, escarlatina, rubéola, exantema súbito (doença de Duke) e roséola.

O parvovírus B19 pode causar problemas sérios de saúde em três situações:

  • Pessoas com anemias hemolíticas, como anemia falciforme e talassemia. Nesses casos, é possível ocorrer uma parada súbita da produção de hemácias pela medula óssea, com piora temporária da anemia (crise aplástica transitória), que vai exigir controle com transfusões de sangue.
  • Mulheres infectadas durante a gravidez podem transmitir o vírus para o feto, com risco de complicações graves, incluindo aborto. O maior risco de complicações fetais ocorre no segundo trimestre da gravidez.
  • Em pessoas imunodeprimidas, há possibilidade de a infecção provocar crônica resistente aos tratamentos comuns. Isso inclui pessoas infectadas com HIV/AIDS, transplantadas ou submetidas a quimioterapia para tratamento de câncer.

Como a amostra é obtida para o exame?

A amostra usada depende do exame. Para pesquisa de anticorpos, uma amostra de sangue é obtida de uma veia do braço. Para pesquisa de DNA viral, usa-se sangue ou medula óssea obtida por punção ou por biópsia.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    Os exames para Parvovírus B19 em geral não são usados quando há infecções brandas e sem complicações. Servem para identificar infecções atuais e para determinar a imunidade de quem apresenta risco de complicações, como mulheres grávidas, indivíduos com anemias hemolíticas, especialmente anemia falciforme, e pessoas imunodeprimidas.

    Pesquisa de anticorpos

    Como ocorre em outras infecções, a por parvovírus B19 provoca a produção de duas classes de anticorpos. Dentro de uma a duas semanas de infecção, são produzidos anticorpos IgM, seguidos de anticorpos IgG. A geração de anticorpos IgM diminui com o fim da infecção e não é possível detectá-los com o tempo. Os anticorpos IgG permanecem durante toda a vida e conferem imunidade ao vírus.

    A pesquisa de anticorpos pode ser usada para determinar a imunidade ao parvovírus ou diagnosticar infecção aguda em quem apresenta risco de complicações, como mulheres grávidas, pessoas com anemia ou submetidas a transplantes ou quimioterapia. Na população em geral, o exame só é usado em pesquisas epidemiológicas.

    Pesquisa de DNA viral
    A pesquisa de DNA viral é feita no sangue ou, com menor frequência, em amostras de medula óssea. É usada quase que exclusivamente para detectar infecção ativa em pessoas imunodeprimidas com anemia persistente, que podem não produzir anticorpos em quantidade suficiente para combater a infecção ou para serem detectados.

  • Quando o exame é pedido?

    A pesquisa de anticorpos pode ser usada para determinar a imunidade ao parvovírus ou diagnosticar infecção aguda em quem apresenta risco de complicações, como mulheres grávidas, pessoas com anemia ou submetidas a transplantes ou quimioterapia.

    A pesquisa de DNA viral é feita quase que exclusivamente para detectar infecção ativa em pessoas imunodeprimidas com anemia persistente.

  • O que significa o resultado do exame?

    Pesquisa de anticorpos
    A presença de anticorpos IgM ou de quantidades crescentes de anticorpos IgG indica infecção ativa, que pode ser confirmada repetindo a pesquisa de anticorpos IgG após duas a três semanas. A infecção ativa é confirmada se houver um aumento de quatro vezes ou mais na quantidade de anticorpos IgG.

    Quando apenas anticorpos IgG estão presentes, significa que houve uma infecção no passado e a pessoa está imunizada contra o vírus.

    A ausência de anticorpos indica que a pessoa não entrou em contato com o vírus e não está imune. Neste caso, é preciso receber acompanhamento cuidadoso durante a gravidez ou quando for submetida a transplantes ou quimioterapia.

    Pesquisa de DNA viral
    A pesquisa de DNA positiva indica infecção em curso. Por outro lado, um resultado negativo não exclui a infecção porque o vírus pode estar em quantidade menor que o nível detectável.

  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Uma contagem de reticulócitos pode ser feita com os exames de parvovírus B19, para avaliar o grau de inibição pelo vírus da produção de hemácias na medula óssea. A contagem diminui durante a infecção.

    A infecção por parvovírus B19 em geral é autolimitada em pessoas saudáveis. Podem ser tratados os sintomas e, quando necessário, a anemia.

    Mulheres infectadas durante a gravidez devem ser monitoradas com ultrassonografias periódicas, porque o vírus pode ser transmitido para o feto e causar complicações.

  • Esse é o mesmo parvovírus que infecta cães? Pessoas podem ser infectadas por animais?

    Não. Humanos e animais são infectados por espécies diferentes de parvovírus.

  • Há algum modo de evitar a infecção por parvovírus?

    Não há vacina para parvovírus. Higiene cuidadosa pode dificultar a transmissão entre pessoas. Entretanto, mais de 50% dos adultos já foram infectados, e infecções assintomáticas são frequentes na infância.

  • O exame pode ser feito no consultório médico?

    Não. São necessários equipamentos e pessoal especializados, e as amostras devem ser encaminhadas a um laboratório de referência.

Fontes do artigo

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