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Ferro

Ferro

Este artigo foi revisto pela última vez em 27 de Outubro de 2008.

Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Maio de 2019.

Também conhecido como:

  • Ferro sérico

Amostra:
Sangue

É necessária alguma preparação?
Podem ser necessárias 12 horas de jejum. Nesse caso, só é permitida a ingestão de água.

Por que fazer este exame?
Para determinar a concentração de ferro no sangue.

O que está sendo pesquisado?

O exame de ferro sérico avalia a quantidade de ferro no soro (fração líquida do sangue), desempenhando papel fundamental no diagnóstico de distúrbios relacionados ao metabolismo do ferro. O ferro é elemento essencial para o organismo, sendo absorvido a partir da dieta e transportado no sangue pela transferrina, uma proteína produzida no fígado. Este mineral é indispensável para a formação de hemácias normais, pois compõe a hemoglobina – proteína responsável pelo transporte de oxigênio por todo corpo. Adicionalmente, o ferro é necessário para a síntese de outras proteínas, como a mioglobina, e de diversas enzimas metabólicas.

Estima-se que cerca de 70% do ferro absorvido é incorporado à hemoglobina nas hemácias. 1,2. O restante é armazenado nos tecidos, principalmente como ferritina ou hemossiderina. A ingestão insuficiente de ferro na dieta pode levar a uma redução nos níveis séricos de ferro, esgotando progressivamente as reservas corporais. Quando essa depleção persiste, pode ocorrer anemia por deficiência de ferro. Por outro lado, a absorção excessiva de ferro pode resultar em acúmulo progressivo, levando a danos em órgãos como fígado, coração e pâncreas.

O exame de ferro sérico mede a quantidade de ferro ligado à transferrina, refletindo o ferro “em trânsito” no organismo. No entanto, os níveis de ferro no sangue podem variar ao longo do dia e de um dia para o outro, tornando necessária a avaliação conjunta com outros marcadores, como a capacidade total de ligação do ferro (TIBC) e a saturação da transferrina. A saturação da transferrina, que calcula a proporção de transferrina ocupada pelo ferro, fornece uma estimativa da eficiência do transporte de ferro no sangue e da capacidade de reserva do sistema de transporte.

O uso combinado de marcadores, incluindo o ferro sérico, TIBC e ferritina, oferece uma avaliação mais precisa das condições relacionadas à deficiência ou sobrecarga de ferro do que a medição isolada de ferro sérico3. Essas abordagens diagnósticas são fundamentais para a identificação precoce de condições como anemia ferropriva, hemocromatose hereditária e sobrecarga de ferro secundária a transfusões frequentes.

A importância da avaliação adequada e integrada do metabolismo do ferro é reforçada por diretrizes internacionais que recomendam a aplicação sistemática de exames complementares para confirmar diagnósticos e monitorar tratamentos relacionados a disfunções no metabolismo do ferro.4 Em caso de dúvidas consulte seu médico assistente ou entre em contato com assessoria médica do seu laboratório. 

Perguntas Frequentes

O exame de ferro sérico pode ser solicitado juntamente com a capacidade total de transporte de ferro (TIBC) e a saturação da transferrina, calculada para avaliar o transporte e o armazenamento de ferro no organismo. A ferritina também pode ser analisada para estimar as reservas de ferro. Esses exames são utilizados para diagnosticar deficiência ou sobrecarga de ferro. Também são empregados na investigação das causas de anemia, determinando se estão relacionadas à deficiência de ferro ou se decorrem de doenças crônicas, entre outras causas. Envenenamento por ferro ou condições como hemocromatose hereditária também podem ser investigados por meio desses exames.

Para garantir a acurácia do exame, recomenda-se:

  • São preferidas amostras colhidas pela manhã
  • Jejum de 8 horas antes da coleta 
  • Suspensão de suplementos de ferro pelo menos 24 horas antes do exame.
  • Comunicação ao laboratório sobre o uso de medicamentos que possam interferir nos resultados, como anticoncepcionais orais, metformina, ou anti-inflamatórios.

Deficiência de Ferro

No início, a deficiência de ferro é assintomática, silenciosa, especialmente na ausência de comorbidades. Os sintomas raramente aparecem antes que a hemoglobina caia além de certo ponto (cerca de 10,0 g/dl). Se as reservas de ferro continuarem a diminuir, podem se desenvolver sinais de carência de ferro. Com o progresso da deficiência e desenvolvimento de anemia, alguns sinais e sintomas que podem ocorrer incluem:

 Com a progressão, podem surgir sintomas como:

  • Leves a moderados: Fadiga, tontura, fraqueza e cefaleia.
  • Graves: Falta de ar, dor torácica, tontura intensa e dores nas pernas.
  • Específicos: Vontade de ingerir substâncias não alimentares (como terra ou giz), língua lisa ou com sensação de queimação, feridas nos cantos da boca e unhas em forma de colher.

Sobrecarga de Ferro (Hemocromatose)

Os sintomas incluem:

  • Dor articular
  • Fadiga, fraqueza e falta de energia
  • Dor abdominal
  • Perda de libido
  • Problemas cardíacos

Outras Indicações

  • Avaliação de suspeita de intoxicação por ferro, especialmente em crianças.
  • Monitoramento de condições já diagnosticadas para avaliar a eficácia do tratamento.
  • Quando há suspeita de que uma criança ingeriu cápsulas de ferro, o ferro pode ser pedido para confirmar e avaliar a gravidade do envenenamento. Os exames do ferro podem ser pedidos também periodicamente quando há deficiência ou sobrecarga de ferro, para avaliar a eficácia do tratamento.

O exame de ferro sérico pode ser solicitado juntamente com a capacidade total de transporte de ferro (TIBC) e a saturação da transferrina, calculada para avaliar o transporte e o armazenamento de ferro no organismo. A ferritina também pode ser analisada para estimar as reservas de ferro. Esses exames são utilizados para diagnosticar deficiência ou sobrecarga de ferro. Também são empregados na investigação das causas de anemia, determinando se estão relacionadas à deficiência de ferro ou se decorrem de doenças crônicas, entre outras causas. Envenenamento por ferro ou condições como hemocromatose hereditária também podem ser investigados por meio desses exames.

Deficiência de Ferro

No início, a deficiência de ferro é assintomática, silenciosa, especialmente na ausência de comorbidades. Os sintomas raramente aparecem antes que a hemoglobina caia além de certo ponto (cerca de 10,0 g/dl). Se as reservas de ferro continuarem a diminuir, podem se desenvolver sinais de carência de ferro. Com o progresso da deficiência e desenvolvimento de anemia, alguns sinais e sintomas que podem ocorrer incluem:

 Com a progressão, podem surgir sintomas como:

  • Leves a moderados: Fadiga, tontura, fraqueza e cefaleia.
  • Graves: Falta de ar, dor torácica, tontura intensa e dores nas pernas.
  • Específicos: Vontade de ingerir substâncias não alimentares (como terra ou giz), língua lisa ou com sensação de queimação, feridas nos cantos da boca e unhas em forma de colher.

Sobrecarga de Ferro (Hemocromatose)

Os sintomas incluem:

  • Dor articular
  • Fadiga, fraqueza e falta de energia
  • Dor abdominal
  • Perda de libido
  • Problemas cardíacos

Outras Indicações

  • Avaliação de suspeita de intoxicação por ferro, especialmente em crianças.
  • Monitoramento de condições já diagnosticadas para avaliar a eficácia do tratamento.
  • Quando há suspeita de que uma criança ingeriu cápsulas de ferro, o ferro pode ser pedido para confirmar e avaliar a gravidade do envenenamento. Os exames do ferro podem ser pedidos também periodicamente quando há deficiência ou sobrecarga de ferro, para avaliar a eficácia do tratamento.

O nível de ferro em geral é avaliado em conjunto com outros exames do ferro. Um resumo das alterações desses exames em diversas doenças é mostrado na tabela abaixo.

Tabela de Doenças e Parâmetros de Ferro:

DoençaFerroCapacidade Total de Transporte de FerroCapacidade de Transporte de Ferro Não SaturadaSaturação da TransferrinaFerritina
Deficiência de ferroBaixoAltaAltaBaixaBaixa
HemocromatoseAltoBaixaBaixaAltaAlta
Doença crônicaBaixoBaixaBaixa ou NormalBaixaNormal ou Alta
Anemia hemolíticaAltoNormal ou BaixaBaixa ou NormalAltaAlta
Anemia sideroblásticaNormal ou AltoNormal ou BaixaBaixa ou NormalAltaAlta
Envenenamento pelo ferroAltoNormalBaixaAltaNormal

 

Valores de Referência
Os valores de referência do ferro sérico podem variar entre os laboratórios. De maneira geral:

  • Crianças: 40 a 120 µg/dL
  • Homens: 65 a 175 µg/dL
  • Mulheres: 50 a 170 µg/dL

Interpretação dos Resultados:

Redução do ferro sérico:

  • Anemia ferropriva (causada por deficiência alimentar, sangramentos crônicos ou má absorção intestinal).
  • Doenças inflamatórias crônicas.

Aumento do ferro sérico:

  • Hemocromatose hereditária.
  • Anemias hemolíticas.
  • Doenças hepáticas.
  • Intoxicação aguda por ferro.

Considerações Adicionais
Os níveis séricos de ferro apresentam variações circadianas e podem ser influenciados por fatores como dieta, uso de medicamentos, condições clínicas subjacentes e estresse. A interpretação dos resultados deve ser realizada por um profissional de saúde habilitado, que considerará o contexto clínico do paciente e, quando necessário, solicitará exames complementares, como a ferritina sérica, capacidade total de ligação do ferro (TIBC) e saturação de transferrina.

Uma concentração baixa de ferro sérico associada a níveis elevados de transferrina ou de capacidade total de transporte de ferro (TIBC) geralmente indica deficiência de ferro. Em doenças crônicas, tanto o ferro sérico quanto a transferrina ou a TIBC costumam apresentar valores reduzidos. A deficiência de ferro é frequentemente causada por sangramentos prolongados ou intensos, mas também pode estar relacionada a um aumento na demanda por ferro, como ocorre durante a gravidez ou períodos de crescimento rápido em crianças, dieta inadequada ou condições que comprometem a absorção de ferro, como doenças gástricas ou intestinais.

Por outro lado, concentrações elevadas de ferro sérico podem ser detectadas em situações como transfusões sanguíneas repetidas, administração intramuscular de ferro, intoxicação por chumbo, disfunções hepáticas ou renais, bem como em condições hereditárias, como a hemocromatose.

Informações Adicionais

  •     Fatores que podem interferir nos resultados:

O consumo recente de alimentos ricos em ferro ou de suplementos, como pílulas ou cápsulas de ferro, pode alterar os resultados do exame. Transfusões de sangue realizadas recentemente também podem impactar os valores. O uso de álcool e certos medicamentos, como anticoncepcionais orais e metotrexato, pode elevar os níveis de ferro, enquanto testosterona, altas doses de aspirina, metformina e ACTH podem reduzi-los. Além disso, fatores como estresse e privação de sono podem causar uma diminuição temporária nos níveis sanguíneos de ferro.

Não. A deficiência de ferro refere-se à redução das reservas de ferro no organismo, enquanto a anemia é caracterizada pela diminuição dos níveis de hemoglobina e da contagem de hemácias no sangue. Geralmente, leva-se semanas para que a exaustão das reservas de ferro afete os níveis de hemoglobina e provoque anemia. 

Nos estágios iniciais da deficiência de ferro, os sintomas podem ser leves ou inexistentes. No entanto, fadiga persistente e fraqueza geralmente surgem quando os níveis de hemoglobina e a contagem de hemácias diminuem de forma significativa.

Este exame é uma ferramenta importante para a avaliação clínica e laboratorial, devendo ser interpretado em conjunto com a história clínica do paciente e outros marcadores laboratoriais.

Revisado em 06 de dezembro de 2024 por Isabelle Oliveira.

Fontes do Artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.                                        

Fontes:

Organização Mundial da Saúde. (2022). Diretrizes sobre a deficiência de ferro. Atualização 2022.

Centers for Disease Control and Prevention. (2021). Guidelines on Iron Deficiency.

Iron Disorders Institute. (2020). Clinical Management of Iron Metabolism.

Pagana, K. D. & Pagana, T. J. (2022). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference (15ª edição). Mosby, Inc., Saint Louis, MO.

Pagana, K. D. & Pagana, T. J. (© 2007). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 8th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO. Pp 574-577.

Clarke, W. and Dufour, D. R., Editors (© 2006). Contemporary Practice in Clinical Chemistry: AACC Press, Washington, DC. Pp 407-408.

Wu, A. (© 2006). Tietz Clinical Guide to Laboratory Tests, 4th Edition: Saunders Elsevier, St. Louis, MO. Pp 634-635.

(Modified 2009 March 13). About Iron. Iron Disorders Institute [On-line information]. Available online at http://www.irondisorders.org/Disorders/about.asp through http://www.irondisorders.org. Accessed June 2009.

(Updated 2007 August 24). Dietary Supplement Fact Sheet: Iron. NIH Office of Dietary Supplements [On-line information]. Available online at http://ods.od.nih.gov/factsheets/iron.asp through http://ods.od.nih.gov. Accessed June 2009.

Rathz, D. et. al. (Updated 2009 February 02). Toxicity, Iron. eMedicine [On-line information]. Available online at http://emedicine.medscape.com/article/166933-overview through http://emedicine.medscape.com. Accessed June 2009.

Chen, Y. (Updated 2009 April 05). Iron Deficiency Anemia. MedlinePlus Medical Encyclopedia [On-line information]. Available online at http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/000584.htm. Accessed June 2009.

Henry’s Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21st ed. McPherson RA and Pincus MR, eds. Philadelphia: 2007, Pg. 506-507.

(November 1, 2007) Centers for Disease Control and Prevention. Hemochromatosis, Biochemical testing. Available online at http://www.cdc.gov/ncbddd/hemochromatosis/training/diagnostic_testing/biochemical_testing.htm through http://www.cdc.gov. Accessed October 2009.

Iron Disorders Institute. Iron Tests. PDF available for download at http://www.irondisorders.org/Forms/irontests.pdf through http://www.irondisorders.org. Accessed October 2009.

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