Crianças
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Este artigo foi modificado pela última vez em 14 de Novembro de 2017.

Crianças precisam menos que adultos de exames laboratoriais, mas há momentos em que eles são necessários. É possível ajudá-las a lidar com a ansiedade, o desconforto e a dor. Seguem algumas recomendações gerais para lidar com crianças durante procedimentos médicos e colheita de sangue, urina, fezes e material da garganta.

 


Esse artigo é parte de uma coleção com recomendações [ata colheita de exames laboratoriais. Para outras informações, leia Lidando com a dor e a ansiedade relacionadas com examesRecomendações para os exames de sangue e Recomendações para ajudar idosos com seus exames

 


Prepare a criança — Explique com calma porque e como a amostra será colhida, e dê tempo à criança para se adaptar à ideia antes de ser tocada por qualquer pessoa.

Estimule treinamentos — Em casa ou em um ambiente confortável, sugira modos para a criança ensaiar, usando, por exemplo, bonecos.

Ajude-a a criar uma perspectiva — Relacione a parte do procedimento que a criança acha assustadora com situações familiares para ela. Por exemplo, diga que tudo será rápido como subir a escada em casa ou cantar uma canção conhecida.

Planeje uma recompensa — Pode ser útil dizer que ela vai ganhar alguma coisa depois.

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Recomendações
  • Exames de sangue

    Como têm veias mais finas e a quantidade de sangue a colher é limitada, as crianças devem ser tratadas com cuidados especiais durante a colheita de sangue, que costuma envolver um flebotomista experiente e um auxiliar. Em geral, é usada uma veia da prega do cotovelo quando a criança tem mais de dois anos. Conheça alguns cuidados úteis:

    Determine se a criança quer participar. Algumas querem olhar o procedimento, enquanto outras preferem virar o rosto para não ver. No segundo caso, providencie um livro ou outro objeto para distrai-la durante a colheita.

    Ensaios. Sugira modos da criança praticar antes da colheita. Por exemplo, ela pode mostrar que sabe a posição correta para colher sangue. O ensaio pode ajudá-la a se controlar e até a ficar orgulhosa de sua habilidade.

    Prepare a criança. Estimule os pais a descreverem para ela como será o procedimento. Eles devem dizer que haverá um pouco de dor, mas que vai passar logo. Evite frases como “seja um bom menino” ou “comporte-se”, porque podem deixá-la envergonhada.

    Fique com a criança. Os pais devem ser estimulados a ficar com criança durante o procedimento, dando conforto, distração e assistência.

    Faça a criança soprar enquanto conta até três. A expiração lenta ajuda a manter as veias cheias e relaxadas, e a contagem (pela criança ou por uma pessoa indicada por ela) facilita a controlá-la.

    Não faça a criança esperar apenas uma picada no dedo. A surpresa de um procedimento diferente pode irritá-la. Verifique antes o procedimento a ser usado.

     

  • Amostra de urina

    Crianças algumas vezes rejeitam a ideia de colher urina em um frasco, e a ajuda necessária para fazer isso pode ser considerada uma invasão de privacidade. Sua resistência pode prolongar a colheita, tornando-a penosa para ela e para os pais. Por isso, a criança deve ser preparada e orientada durante a colheita. O procedimento em si não é doloroso, a não ser que haja uma infecção.

    Meninos se incomodam menos com a colheita que meninas, e podem considerar o processo como um treinamento de pontaria.

    Sugestões para diminuir o estresse:

    Antecipe. Quando marcar a colheita, pergunte se é necessária uma amostra de urina. Se for preciso uma amostra estéril, prepare material para a limpeza do local antes da colheita.

    Treinamento. Pode ser útil deixar a criança treinar. Faça-a urinar na privada, interromper o fluxo e reiniciar a micção.

    Aumente a segurança da criança. Explique que o procedimento é comum e igual para crianças e adultos.

    Bebidas. Estimule a criança a beber líquidos antes, para facilitar a eliminação durante a colheita.

    Simplifique. Verifique os materiais que você tem para facilitar o procedimento. Pode ser mais fácil colher em diversos frascos do que em apenas um. Talvez seja mais simples colocar uma comadre sobre a privada ao invés de captar o jato em um frasco.

    Controle a dor. Se a micção for dolorosa, faça com que ela sopre ou preste atenção em outras parte do corpo, colocando a mão ou um pano frio sobre a testa ou a perna da criança.

    Abra uma torneira. O som de água corrente pode facilitar a micção.

    Mantenha a calma. Adolescentes costumam sentir-se constrangidos de transportar um frasco de urina. Coloque-o em um saco ou use outro disfarce.

    Torne o procedimento interessante. Use uma tira reagente para a criança observar a mudança de cor.

  • Amostras de fezes

    A maioria das crianças maiores fica constrangida em colher uma amostra de fezes, mesmo quando isso é feito no banheiro de sua própria casa. Exceto em bebês, em que a amostra é recolhida das fraldas, o procedimento é igual ao de adultos, mas a criança geralmente precisa de ajuda ou de orientação de um adulto para transferir a amostra para o recipiente adequado.

    Sugestões para facilitar o processo:

    Reconheça o embaraço — Diga a criança que o procedimento é constrangedor para qualquer pessoa, inclusive adultos. Isso deve deixá-la expressar o que está sentindo e facilita aceitar ajuda, se for necessário.

    Simplifique — Uma folha de plástico ou uma comadre pode ser colocada abaixo do assento da privada, para que a criança defeque normalmente. As menores podem usar um penico. Na maioria dos casos, não há importância se houver contaminação das fezes com urina.

  • Suabes de garganta

    A colheita de material da garganta pode intimidar a criança, mas não precisa ser traumática. O procedimento causa apenas um momento de desconforto (reflexo de vômito) quando o suabe toca a garganta. Explique como será feito e dê tempo para ela se preparar.

    É mais difícil quando o colhedor não tem a confiança do paciente. Uma criança amedrontada pode se recusar a abrir a boca. Sua reação deve estar relacionada a uma colheita anterior forçada.

    Para deixar a criança à vontade, mostre ou dê a ela um suabe enquanto explica o procedimento. Pode ser dispensado usar o abaixador de língua, que incomoda especialmente algumas crianças. Uma técnica é pedir que ela grite, o que a faz abrir a boca e abaixar a língua naturalmente.

    Se acha que vai ocorrer alguma dificuldade, pergunte o que pode ser feito para evitar resistências e não criar uma situação que intimide a criança.