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Vírus da Gripe
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Fonte Agência Saúde
Este artigo foi modificado pela última vez em 27 de Novembro de 2020.

O que é gripe (influenza)?

A gripe (Influenza) é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Inicia-se com febre, dor muscular, e tosse seca. Normalmente, tem evolução por tempo limitado, durando de um a quatro dias, mas pode se apresentar forma grave. O Sistema Único de Saúde (SUS) concede de forma gratuita a vacina que protege contra os tipos A e B do vírus.

O vírus da gripe (Influenza) propaga-se facilmente e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. Idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou imunodeficiência são mais vulneráveis aos vírus.

O diagnóstico da gripe é basicamente clínico.

Um indivíduo pode contrair a gripe várias vezes ao longo da vida.

Existem três tipos de vírus influenza/gripe que circulam no Brasil: A, B e C.

O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública, não estando relacionado com epidemias.

Tipo A - são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N).

Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos.

Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.

O vírus influenza A (H7N9) é um subtipo de vírus influenza A de origem aviária.

Tipo B - infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 grupos principais (as linhagens), denominados linhagens B/Yamagata e B/Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.

Quais são os sintomas da Influenza (Gripe)?

Clinicamente, os sintomas da gripe (influenza) inicia-se com febre, em geral acima de 38°C, seguida de dor muscular e de garganta, prostração, cefaleia e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de 3 dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença. 

Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias, após o desaparecimento da febre.

Adulto - O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade

Criança - A temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.

Idoso - quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.

Os demais sinais e sintomas da gripe (influenza) são habitualmente de aparecimento súbito, como:

  • Calafrios
  • Mal-estar
  • Cefaleia
  • Mialgia
  • Dor de garganta
  • Dor nas juntas
  • Prostração
  • Secreção nasal excessiva
  • Tosse seca

Podem ainda estar presentes na gripe (influenza) os seguintes sinais e sintomas:

  • Diarreia.
  • Vômito.
  • Fadiga.
  • Rouquidão.
  • Olhos avermelhados e lacrimejantes.

Quais são as complicações da Influenza (Gripe)?

O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade e nas crianças a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes sem outros sintomas, mas em geral a temperatura não atinge níveis tão altos.

As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias. As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos vulneráveis. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo geralmente provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp. e Haemophillus influenzae.

Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar.

Como prevenir a gripe (influenza)?

Etiqueta Respiratória:

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus Influenza, orienta-se que além da vacina, sejam adotadas medidas gerais de prevenção, tais como:

  • Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
  • Manter os ambientes bem ventilados
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.
  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos
  • Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre

Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem:

  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas)
  • Restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos


Vacina da Influenza (Gripe)

A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno, que começa em junho. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

A vacina contra gripe não está na rotina do Calendário Nacional de Saúde. Trata-se de uma vacina de campanha, ou seja, ocorre somente em um período específico. Por isso, todos os anos, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, promove a Campanha Nacional de Vacinação. Durante a campanha, estarão funcionando no país 41,8 mil postos de vacinação, com o envolvimento de 196,5 mil pessoas e a utilização de 21,5 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.