2014-06-16
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Cerca de 1,2 bilhão de pessoas no mundo, ou 30% da população adulta, sofre de hipertensão. No Brasil, 14 estudos feitos entre 1994 e 2009 mostraram que apenas 19,6% dos adultos fazem algum tipo de controle da pressão arterial, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Para tentar mudar esse quadro, o Instituto do Coração (InCor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), realizou um estudo em 25 hospitais universitários do país para verificar a prevalência da hipertensão resistente na população brasileira. O objetivo final é padronizar o tratamento desses pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma análise inicial identificou o problema em 16% dos 1.692 hipertensos avaliados. “Costumam ser considerados hipertensos resistentes aqueles cuja pressão permanece elevada mesmo após tratamento com doses adequadas de medicamentos anti-hipertensivos de três diferentes classes. Mas, quando o tratamento falha, fica a dúvida: qual deve ser a quarta ou quinta droga a ser escolhida?”, indaga o pesquisador Eduardo Moacyr Krieger.

Ao todo, foram analisados 1.927 pacientes com hipertensão grave, medida em consultório e pelo método MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). Os pacientes foram tratados durante três meses com doses adequadas de medicamentos disponíveis na rede pública de saúde. Após esse período, houve outra avaliação, que mostrou que 84% estavam com a pressão normalizada. “O medicamento que mostrar melhor efeito poderá ser incluído no tratamento padronizado do SUS”, explica Krieger.

Sources

Agência Fapesp