2012-02-16
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

O uso de células-tronco retiradas dos próprios pacientes pode se tornar uma alternativa de tratamento para vítimas de infarto do miocárdio. Um estudo publicado no dia 13 de fevereiro, na revista inglesa The Lancet, mostra resultados positivos para esse procedimento.

Nos últimos anos, os pesquisadores têm criado novas formas de obter tecido cardíaco a partir de células-tronco, com o objetivo de recuperar pacientes infartados.

Nessa pesquisa, foram usadas células cardíacas obtidas a partir do próprio coração do paciente. Cada um recebeu entre 12 milhões e 25 milhões dessas células em uma cirurgia minimamente invasiva.

O estudo acompanhou 25 pacientes em recuperação de infarto, com idade média de 53 anos, no Instituto do Coração Cedars-Sinai, em Los Angeles, e no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, ambos nos EUA. Desses, 17 receberam a terapia com células-tronco e os outros oito foram tratados da forma tradicional.

A principal vantagem em relação à terapia tradicional foi a redução do tamanho da cicatriz no coração – em 50%. Percentualmente, os pacientes que usaram as células-tronco tiveram mais complicações, mas os médicos disseram que em apenas um dos casos o problema estava possivelmente relacionado ao tratamento.

“Essa descoberta contesta a sabedoria comum de que, uma vez estabelecida, a cicatriz cardíaca é permanente e que, uma vez perdido, o músculo cardíaco não pode ser refeito”, afirmou o estudo liderado por Eduardo Marbán, do Instituto do Coração Cedars-Sinai.

Sources

Portal G1