2014-03-21
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Desde novembro, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo iniciou os testes em macacos de uma vacina contra o HIV. Os animais, cedidos pelo Instituto Butantan, têm recebido doses da vacina que contém partes do vírus. Em uma etapa posterior, serão aplicadas com um vírus modificado que causa o resfriado.

O médico Edécio Cunha Neto, que coordena a pesquisa, explica que a diferença dessa vacina é que ela usa partes do vírus que não se alteram. Segundo ele, um dos problemas de conseguir imunização contra o HIV é que o genoma do vírus pode variar até 20% entre dois pacientes.

“Nos componentes que nós escolhemos para colocar na vacina estão somente as regiões mais conservadas do vírus, ou seja, aquelas que não variavam de um HIV para o outro”, diz que Cunha Neto.

 Além de ter pouca variação, as partes do vírus foram selecionadas por provocarem forte reação no organismo da maioria das pessoas. “Fizemos o que chamamos de desenho racional, para embutir dentro da nossa vacina mecanismos para que ela fosse capaz de dar uma resposta que funcionasse para os HIV mais variados possíveis e que funcionasse em um número grande de pessoas”.

 Após os testes com os primeiros animais, haverá experiências com um grupo de 28 macacos e três tipos de vírus diferentes, todos modificados com partes do HIV.

 “As combinações desses três vírus são, até hoje, as melhores para gerar respostas imunes potentes em primatas. Vamos escolher, de quatro combinações diferentes, aquela que deu resposta mais forte, e usá-la para teste em humanos”, conta o pesquisador.

Sources

Agência Brasil