2016-02-04
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Em 2015, foi registrado no país um número recorde de pessoas em tratamento de HIV e aids: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, o que corresponde a um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais.

Segundo o Ministério da Saúde, foi registrado outro avanço importante na supressão viral: 91% dos brasileiros adultos que vivem com HIV e aids, em tratamento há pelo menos 6 meses, já apresentam carga viral indetectável no organismo. “Isso significa que essas pessoas não mais transmitem o vírus para outras, e que os antirretrovirais fizeram efeito. É um grande avanço em termos de saúde pública, embora o uso da camisinha continue sendo preponderante para previnir a contaminação”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.

Esse resultado também significa que o Brasil já atingiu uma das três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), que têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e aids, tratar 90% destas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.

De acordo com o Ministério da Saúde, em relação às outras metas o Brasil também tem avançado rapidamente, alcançando melhoras significativas em todos os indicadores. O percentual de brasileiros vivendo com HIV diagnosticados passou de 80%, em 2012, para 83%, em 2014. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e aids. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do último ano, foram 6,4 milhões - um crescimento de 10%. Já em relação à segunda meta, a oferta de tratamento, o Brasil passou de 44% de pessoas tratadas em 2012 para 62% em 2014, um aumento de 41% no período.

Sources

Agência Saúde