2012-07-31
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Pesquisa desenvolvida pela nutricionista Marciane Milanski, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (SP), demonstra a ligação entre a inflamação do hipotálamo e a resistência à insulina no fígado.

“O diabético passa um período de jejum dormindo e, ainda assim, acorda com a glicose alta. O fígado produz glicose e o paciente com diabetes tem defeito nessa produção. Porém, detalhes deste processo ainda não são claros”, diz o orientador do trabalho, Licio Velloso.

Uma dieta rica em gordura saturada leva à inflamação do hipotálamo, que controla a homeostase corporal — ajuste do organismo às variações externas. Ele também integra os sistemas nervoso e endócrino, atuando na ativação das glândulas produtoras de hormônios.

“Existe uma forte relação entre via inflamatória e vias metabólicas, que controlam a ingestão alimentar e o gasto de energia. Distúrbios nessas vias metabólicas levam ao aumento ou diminuição de peso”, explica Milanski.

A descoberta coloca o eixo cérebro-fígado no controle do equilíbrio glicêmico e o hipotálamo passa a ser o ator principal desse mecanismo.

“Mostramos que o controle da glicose alta no jejum é feito, pelo menos em parte, pelo hipotálamo. Isto reforça nossa suspeita de que o desenvolvimento de drogas com ação no sistema nervoso central deve ser interessante para o tratamento do diabetes”, conclui Velloso.

Sources

Jornal da Unicamp