2016-01-12
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Entre 2007 e 2014 foram registrados mais de 6 mil casos no Brasil fora da região amazônica - a única considerada endêmica para malária no país, mas apenas 19% foram diagnosticados e tratados em 48 horas após o início dos sintomas, enquanto na região amazônica esse índice salta para 60%.

Todos os dados estão disponíveis no Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), que incluem informações como sexo e idade do paciente, local em que foi registrada a notificação e também os locais em que o paciente esteve no suposto período da contaminação.

Um estudo feito por brasileiros e publicado no "Malaria Journal" mostra que, embora a maioria dos casos de malária ocorra na região da Amazônia legal, a área chamada de extra-amazônica também merece atenção dos profissionais de saúde, pois abriga 87% da população brasileira e também as condições para a transmissão da doença. Nela está presente o mosquito transmissor (do gênero Anopheles), o agente etiológico (parasitas do gênero Plasmodium) e o hospedeiro (humanos).

As equipes de saúde que atuam fora da região amazônica têm dificuldades para diagnosticar a malária porque confundem os sintomas com os de dengue e de outras doenças virais. Por isso, é preciso fazer exames parasitológicos para confirmar.

A demora para diagnosticar e tratar a malária cria condições para que o mosquito se contamine com o parasita ao picar o paciente infectado e transmita para outros habitantes locais. Especialistas estimam que um único doente sem tratamento pode, em uma semana, dar origem a até 50 novos casos, dependendo da região.

Sources

Diário da Saúde