2015-01-19
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Até 2016, o Ministério da Saúde pretende ampliar, até 2016, o número de leitos disponíveis no país para transplantes de medula óssea alogênico, realizado entre pessoas que sem relação familiar. Utilizado em pacientes com leucemias agudas, o procedimento é considerado seguro. Os doadores retornam às suas atividades habituais, em geral, dois dias após a doação, e sua medula óssea se recompõe em 15 dias.

Segundo o Ministério, atualmente há 88 leitos disponíveis em 27 centros de transplantes no país. A proposta é aumentar para 250 em dois anos. Serão investidos R$ 240 mil na abertura de cada novo leito ou ampliação dos já existentes, destinados a transplantes alogênicos. Esses recursos também garantem a criação e a melhoria da qualificação da equipe de atendimento e a aquisição de equipamentos e materiais.

Para receber os recursos, os hospitais precisam apresentar um projeto ao Ministério da Saúde, se comprometer a habilitar cinco leitos e a realizar, no mínimo, dez transplantes de medula óssea entre não aparentados por ano, considerado o mais complexo. O transplante de medula óssea é um procedimento de alta complexidade. O paciente transplantado praticamente zera toda a sua capacidade de resposta imunológica, e, por isso, requer infraestrutura hospitalar que atenda requisitos de segurança, como isolamento, e uma equipe multidisciplinar qualificada para garantir o sucesso do procedimento.

De acordo com o Ministério, o Brasil é uma referência mundial em transplantes. Cerca de 95% são realizados no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram realizados 23.457 transplantes pelo SUS, sendo 2.113 de medula óssea, dos quais 1.059 foram autólogos e 672 alogênicos — destes, 270 foram entre não aparentados.

Atualmente, no Brasil, 78 hospitais oferecem transplante de medula do tipo autólogo (quando o paciente é seu próprio doador), e 27 unidades são credenciadas para transplantes alogênicos, entre pessoas que não são parentes. Entre 2003 e 2013, o Ministério da Saúde investiu em pesquisas envolvendo transplantes. Nesse mesmo período, a pasta fomentou 29 pesquisas nessa área, totalizando um investimento de R$ 4,4 milhões.

O candidato a doador de medula óssea, com idade entre 18 e 55 anos, deve procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações. Em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para identificar a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador são inseridos no cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Se ele for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.

Sources

Agência Saúde