2015-01-15
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Ainda este ano, o medicamento daclatasvir passa a fazer parte dos medicamentos contra hepatite C fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Liberado no começo do mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele faz parte de um grupo de três remédios considerados mais modernos no tratamento da doença. Os outros dois — sofosbuvir e simeprevir — ainda aguardam a liberação da Agência, a pedido do Ministério da Saúde.

“Esse é o primeiro passo para que seja ofertado pelo SUS um dos tratamentos mais modernos do mundo contra a hepatite C”, diz o ministro da saúde, Arthur Chioro.

Segundo o Ministério, as evidências científicas mostram que esses medicamentos apresentam um percentual maior de cura (até 90%), tempo reduzido de tratamento (passa das 48 semanas atuais para 12 semanas de tratamento) e a vantagem do uso oral. Eles também podem ser usados em pacientes que aguardam ou já realizaram transplante. São produtos de menor toxicidade, com menos efeitos colaterais.

O Brasil será um dos primeiros a adotar essa nova tecnologia na rede pública de saúde pública. A cada ano, cerca de 16 mil pessoas são tratadas pela doença no SUS. A expectativa é que o novo tratamento beneficie 60 mil pessoas nos próximos dois anos.

Antes de ser disponibilizados aos pacientes, os medicamentos devem ser analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). A comissão garante a proteção do cidadão com relação ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos. O Ministério da Saúde solicita prioridade quando o medicamento apresenta interesse estratégico para o SUS, por se tratar de tecnologia inovadora que proporciona benefícios aos pacientes.

“Queremos fazer essa incorporação com o mesmo valor investido no tratamento, ofertado atualmente aos pacientes com hepatite C. O valor não irá representar aumento de gastos: ao contrário, há previsão de economia a médio e longo prazo já que o novo tratamento reduzirá o número de transplantes no país”, explicou o ministro.

Sources

Agência Saúde