2013-05-07
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Pacientes que exalam odor de acetona podem apresentar insuficiência cardíaca em estágio avançado, segundo um estudo realizado no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.

A descoberta ocorreu a partir de uma observação clínica feita pela médica Fabiana Goulart Marcondes Braga. “Entrávamos no quarto de um paciente com estágio avançado da doença e percebíamos que havia um cheiro diferente. Porém, o paciente que vinha ao consultório, com a mesma doença mas em estágio menos grave, não exalava o mesmo odor. Não se tratava de mau-hálito, mas um cheiro meio adocicado, e a partir disso fomos buscar o que poderia ser”.

Foram separados três grupos para análise: um com pessoas sem doença cardiológica alguma, outro com pacientes do ambulatório que apresentavam insuficiência cardíaca, porém em um quadro estável, e um terceiro grupo de pacientes que chegavam ao pronto socorro com um quadro clínico mais avançado. “O terceiro grupo foi subdividido em dois, de acordo com o perfil clínico que identificávamos no atendimento”, afirma Fabiana.

Com um dispositivo desenvolvido para a pesquisa, coletaram amostras de ar de todos os pacientes. Os resultados mostraram que dentre aqueles com a doença cardíaca, o nível de acetona era maior em comparação com quem estava no ambulatório, com a doença estabilizada. “Dessa forma, conseguimos definir níveis de produção pelo corpo de acordo com o estágio de insuficiência cardíaca. Além do objetivo de identificar qual era a substância, verificamos que ela era um marcador de gravidade da doença”.

Agora, os pesquisadores procuram descobrir em que momento o organismo produz a acetona e em que níveis isso indica insuficiência cardíaca.

Sources

Agência USP de Notícias