Integrar ciência e medicina para tratar doenças crônicas

Doenças cardiovasculares, diabetes, artrite, câncer e doenças respiratórias representam o maior problema mundial do século e afetam todas as faixas etárias. O custo para o tratamento é substancial e em muitos países é uma das causas da pobreza da população, apesar de não serem consideradas.

Uma equipe internacional multidisciplinar propõe um método integrado que reúne medicina, pesquisa e terapia personalizada centrada no paciente para tratar as doenças crônicas como um todo.

Para eles, esse tipo de doença sofre influência do meio ambiente e do estilo de vida, como alimentação inadequada e exposição a fatores poluentes, entre eles o tabaco. Também devem ser consideradas as perdas na biodiversidade, alterações climáticas e industrialização, que afetam a disponibilidade de alimentos e as expectativas econômicas. Muitos pacientes apresentam várias doenças crônicas. Por isso, os pesquisadores propõem que sejam investigados como um todo.

“A integração entre resultados do atendimento primário e os estudos em saúde pública pode ser aperfeiçoada através de modelos matemáticos e computacionais. Os dados dos pacientes, mantendo-se a confidencialidade das informações, alimentariam esses modelos para nos permitir entender melhor a progressão das doenças e do tratamento”, justifica o médico Jean Bousquet, do Hospital Arnaud de Villeneuve, do Centro Hospitalar Universitário de Montpellier, França.