2014-04-03
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

O hormônio melatonina — produzido na glândula pineal, do cérebro, em resposta à escuridão — pode ajudar a retardar o crescimento do câncer de mama. É o que mostra um estudo realizado na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), em São Paulo, em conjunto com pesquisadores dos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, isso ocorre porque o hormônio participa do controle da formação de novos vasos sanguíneos a partir dos que já existem no tumor. Os resultados foram obtidos em testes feitos em animais e em laboratório.

De acordo com a pesquisadora Debora Pires de Campos Zuccari, da Famerp, que estuda a melatonina desde 2008, já se sabia que ela, quando administrada em doses terapêuticas, acima dos níveis naturalmente encontrados no organismo, apresenta propriedades antioxidantes. Estima-se que pode suprimir o crescimento de alguns tipos de células cancerosas, especialmente quando combinado com certos medicamentos usados no tratamento de câncer. A melatonina não é vendida no Brasil, mas é comercializada nos Estados Unidos como suplemento alimentar.

Atualmente, os testes são feitos em camundongos. Os pesquisadores pretendem realizar um estudo em humanos. A dificuldade para isso é que, como o hormônio não tem ação comprovada no tratamento de câncer, ele não pode ser aplicado em pacientes que ainda apresentam uma opção de tratamento. Seria preciso usar voluntários em estado terminal da doença, que não têm qualquer possibilidade de cura.

A equipe de pesquisa tem analisado mulheres da mesma faixa etária, com e sem câncer de mama. O objetivo é verificar se nas que têm a doença os níveis de melatonina no organismo são mais baixos que nas saudáveis.

Sources

Agência Fapesp