2012-05-04
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Dos 15 mil pacientes atendidos em 2011 no Centro de Referência em Saúde do Homem, 20% se recusaram a fazer o exame retal para diagnóstico do câncer de próstata. O Centro é o maior serviço público de urologia do estado de São Paulo.

Segundo o coordenador do centro de urologia, Cláudio Murta, certos tumores só são descobertos através do exame de toque retal. Ele diz que o grande número de homens que se recusam a fazê-lo é preocupante. “A gente sabe que o câncer de próstata é o mais comum que afeta os homens”, alerta.

“Existe uma questão cultural de os homens acharem que, ao fazer o toque retal da próstata, vão perder a masculinidade”, acrescenta Murta sobre as razões que levam os pacientes a evitar o exame. Há ainda, segundo o médico, outros fatores, também culturais, que fazem com que o homem não cuide da saúde. “Tem uma questão também do homem, por ser o provedor da casa e não querer faltar ao trabalho para ir ao médico”, ressalta.

Essas resistências vêm, entretanto, sendo vencidas ao longo do tempo, de acordo com Murta. “O que a gente percebe na prática clínica é que nos últimos dez, 15 anos, vem caindo gradativamente o número de homens que se recusam a fazer o exame. E isso se reflete nos números de diagnóstico precoce de câncer de próstata”, destacou o especialista.

A identificação da doença nos estágios iniciais facilita o tratamento e o torna menos invasivo. A partir dos 45 anos, todos os homens devem fazer um check up anual. “Podemos afirmar que os homens estão mais conscientes e, por influência da esposa e dos filhos, buscam mais ajuda médica. Mesmo assim, eles ainda vivem menos do que as mulheres” diz Murta, ao alertar que o público masculino precisa dar mais atenção à saúde.

Sources

Agência Brasil