2012-12-03
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Um estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra queda nas taxas de incidência e mortalidade para alguns tipos de câncer no país.

O de colo de útero, por exemplo, apresenta tendência de redução em novos casos e de mortes em nove das 11 cidades que possuem Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). Esta base de dados do Inca tem oito anos de informações consolidadas. Em Salvador, entre 1997 e 2004, houve redução de 5,3% na incidência e 3,5% na mortalidade. A estimativa do instituto, até o fim do ano, é que quase 18 mil mulheres, em todo o país, sejam diagnosticadas com a doença.

O diretor-geral do Inca, Luiz Antônio Santini, avalia que a redução é resultado das campanhas de prevenção feitas no país nos últimos 20 anos e do diagnóstico precoce das doenças. Ele destacou a importância dos dados para a continuação das pesquisas sobre o câncer.

"Isso não é motivo para nos contentarmos, ao contrário, isso é motivo para nos estimular a dizer: 'Olha, tem sido feito coisas que estão dando certo, então precisamos aumentar ainda mais a vigilância e a eficiência e produzir esses documentos que permitem fazer as análises de acompanhamentos e projeções'", avaliou.

O câncer de mama também apresentou redução nas taxas de incidência e morte. A estimativa é que 80% das mulheres com diagnóstico da doença têm sobrevida, percentual superior ao demais países da América Latina. Das 11 cidades avaliadas, a maioria apresentou taxas estáveis para incidência e mortalidade. Quatro apontaram tendência de alta na incidência e três, na de mortalidade, de acordo com o estudo Informativo Vigilância do Câncer.

Apesar do resultado positivo em relação ao câncer de mama, Santini ressalta que é preciso fazer um esforço para melhorar a qualidade dos exames de mamografia. "O exame da mamografia é o mais importante para a detecção precoce do câncer de mama. Ele já detecta a existência do câncer. A mamografia, se feita e analisada de forma correta, é fundamental para reduzir a mortalidade. Não é só garantir o acesso ao exame, mas sim garantir o acesso com qualidade", destacou.

Além desses dois tipos, foram analisados também as tendências de incidência e mortalidade dos cânceres de próstata, estômago e de cólon e reto. Em relação ao de pele, devido à baixa letalidade, foi analisada apenas a tendência de incidência.

Sources

Agência Brasil