2014-12-08
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Na 4ª Reunião de Ministros da Saúde do BRICS - grupo formado pelo Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia — foi decidido facilitar o acesso aos medicamentos de combate à tuberculose aos cinco países e às nações classificadas como de baixa renda. O encontro aconteceu de 2 a 5 de dezembro, em Brasília.

O documento assinado pelos participantes também inclui combater a má nutrição e trocar experiências sobre as ações de prevenção a aids e ebola.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 22 países sejam responsáveis por mais de 80% dos casos de tuberculose no mundo e que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representam 50% dos casos notificados. A expectativa é atingir a meta de 90% dos grupos vulneráveis, e conseguir diagnosticar até 90% dos pacientes e permitir que elas sejam tratadas com sucesso.

O acesso aos medicamentos pode contribuir, significativamente, para o alcance das metas globais pós-2015 e para a redução na incidência dos casos de tuberculose multirresistente. Com o acesso universal aos medicamentos, o controle e a futura eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública, ficam cada vez mais próximos de serem alcançados. O plano para universalização dos medicamentos de tuberculose será finalizado em março de 2015, quando especialistas do BRICS se encontrarão para definir as estratégias e metas que deverão ser adotadas pelos países.

O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente todos os medicamentos necessários para combater a tuberculose e que fazem parte do tratamento padronizado da doença, utilizados na maioria dos casos. O paciente é acompanhado durante pelo menos seis meses pelo serviço de Atenção Básica do SUS.

Anualmente, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, com mais de um milhão de mortes. Em 2013, a taxa de incidência de tuberculose no Brasil foi de 35 casos por 100 mil habitantes, contra 44,4 por 100 mil em 2003 – redução de 21,17%.

O número de casos novos caiu 10,5%, passando de 78.606, em 2003, para 70.372 em 2013. A tendência de queda também é observada em relação aos óbitos. A taxa de mortalidade de 2012 foi de 2,3 por 100 mil habitantes, 23% menor que a taxa de 3 óbitos por 100 mil habitantes registrada em 2012.

Sources

Agência Saúde