2010-11-10
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.

Testes de genotipagem podem ser feitos gratuitamente nos laboratórios da Rede Nacional de Genotipagem. A partir do resultado, se estabelece um novo esquema de tratamento.

Apenas 3% do total de pacientes com aids utilizam os novos medicamentos indicados para pessoas com resistência ao vírus, devido ao uso de antirretrovirais há muito tempo. Isso corresponde a cerca de 4 a 5 mil indivíduos, dos 190 mil com HIV ou aids que recebem tratamento pelo Sistema Único de Saúde.

De forma geral, a resistência pode ocorrer quando existem dificuldades em tomar os remédios da forma recomendada pelo médico. Outro motivo é quando se interrompe o tratamento e o vírus da aids desenvolve resistência ou o indivíduo toma outros medicamentos, que interferem na ação dos antirretrovirais, como por exemplo, alguns recomendados para tratamento de úlceras ou gastrites.

Para detectar se há resistência aos antirretrovirais, é necessário fazer o exame de genotipagem oferecido na rede de saúde. A partir do resultado, se estabelece um novo esquema terapêutico.

“O Brasil é um dos poucos países que promovem acesso a genotipagem gratuitamente”, afirma o assessor-técnico Ronaldo Hallal, da unidade de Assistência e Tratamento do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Os testes de genotipagem são feitos nos laboratórios da Rede Nacional de Genotipagem.

O darunavir, a etravirina, a enfuvirtida e o raltegravir são medicamentos que funcionam como alternativas para pessoas com resistência. Para utilizá-los, o paciente deve preencher os critérios de indicação, a serem analisados por câmaras técnicas estaduais, formadas por especialistas. “A medida tem o propósito de evitar o uso excessivamente precoce de terapias que devem ser utilizadas na ausência de outras opções de tratamento”, explica Hallal.

Sources
Depto. de DST/Aids do Ministério da Saúde