2011-12-01
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Este artigo foi modificado pela última vez em 10 de Julho de 2017.
Portadores de anemia falciforme apresentam incidência reduzida de malária, quando comparados com indivíduos com glóbulos vermelhos normais. Um estudo mostra que uma mutação em um gene que está na origem dessa anemia é mais comum do que se pensava em populações que vivem em zonas endêmicas de malária, como a África.

Uma equipe do Instituto Gulbenkian Ciência (IGC), de Portugal, liderada por Miguel Soares, descodificou o mecanismo presente na anemia falciforme que confere proteção contra a malária.

Ana Ferreira, pesquisadora do IGC, demonstrou que ratos geneticamente modificados para produzirem uma cópia de hemoglobina falciforme não desenvolveram malária cerebral. A hemoglobina falciforme tornava os hospedeiros tolerantes ao parasita da malária, porque confere um efeito protetor sem afetar a capacidade do parasita de infectar o hospedeiro.

O mecanismo molecular que justifica esse efeito de proteção é mediado pela enzima heme oxigenase-1, que produz monóxido de carbono que protege contra a malária cerebral. O gás impede que o parasita Plasmodium cause a reação que leva à morte do hospedeiro. Com esses resultados, os pesquisadores acreditam que esse mecanismo pode estar subjacente a outras doenças genéticas que afetam os glóbulos vermelhos e que conferem proteção contra a malária.

Sources
Alphagalileo