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Este artigo foi modificado pela última vez em 12 de Julho de 2017.

As técnicas atuais permitem exames de uma ampla variedade de amostras obtidas do corpo humano. Com maior frequência é usada uma amostra de sangue. Entretanto, também podem ser empregadas urina, saliva, escarro, fezes, esperma e outros líquidos corporais e tecidos.

Algumas amostras são eliminadas naturalmente do corpo. Outras são colhidas com facilidade na superfície ou em orifícios do corpo. Algumas são obtidas usando uma pequena cirurgia sob anestesia.

Nas páginas seguintes, há informações sobre amostras eliminadas do corpode obtenção fácil e de dentro do corpo.

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Amostras
  • Amostras eliminadas naturalmente

    Algumas amostras, como urina, fezes, escarro e esperma são colhidas quando eliminadas do corpo, e, em geral, podem ser coletadas pelo próprio paciente. Entretanto, crianças pequenas e adultos com limitações físicas podem precisar de ajuda. Em geral, a colheita dessas amostras é indolor, mas pode ser embaraçosa ou desagradável por que envolvem eliminações e partes do corpo que algumas pessoas não gostam de mostrar.

    Essas amostras podem ser colhidas em casa e trazidas para o laboratório, mas também é possível obtê-las em um consultório, uma clínica, um hospital ou um laboratório. Esses serviços são planejados para reduzir a manipulação da amostra pelo paciente e para minimizar qualquer embaraço. Por exemplo, pode haver uma janela no banheiro para passagem e entrega da amostra sem que a pessoa tenha que percorrer quartos ou corredores com um frasco transparente contendo a amostra obtida. Instruções impressas sobre como colher evitam que o paciente tenha que ouvir a explicação de um profissional e sentir-se constrangida com isso. Pessoas sensíveis a esses problemas podem perguntar ao médico ou ao laboratório as medidas usadas para garantir a privacidade e o conforto.

    Abaixo estão exemplos de amostras que geralmente são colhidas pelo paciente. É muito importante compreender e seguir com cuidado as instruções de colheita.

    Esperma — O paciente ejacula em um frasco de amostra, o que pode ser embaraçoso ou difícil, após três a quatro dias de abstinência sexual. A amostra não deve ser resfriada e precisa ser levada ao laboratório dentro do tempo especificado.

    Escarro — O paciente tosse, emitindo escarro dos brônquios mais profundos, na medida do possível. Uma enfermeira pode ajudá-lo.

    Fezes — Em geral são colhidas pelo paciente, seguindo instruções para evitar a contaminação da amostra com outros materiais. A colheita pode ser precedida de uma dieta durante alguns dias. Dependendo do exame, o paciente pode ser instruído a colher as fezes em um determinado frasco e transferir uma pequena porção para outro, pequeno, ou esfregar um pouco em um papel especial. As mãos devem ser bem lavadas após fazer a colheita.

    Urina — Na maioria dos casos, o paciente urina em um frasco de colheita. Para evitar que a amostra seja contaminada com materiais de fora das vias urinárias, o paciente é instruído a limpar a área de saída e desprezar o primeiro jato de urina. Se for necessária uma sonda vesical, ela pode ser inserida por uma enfermeira ou pelo próprio paciente. A colheita de urina pode ser embaraçosa, mas não é desconfortável. Entretanto, quando há infecção, é possível haver sensação de queimação ou dor durante a colheita. Para alguns exames, urina de 24 horas pode ser colhida em casa e refrigerada. As mãos devem ser bem lavadas depois.

    Saliva — A colheita é feita usando um suabe. Quando é necessária uma quantidade maior, o paciente cospe em um frasco.

  • Amostras de obtenção fácil

    Algumas amostras são colhidas simplesmente passando um suabe sobre a área afetada. Pesquisas e culturas de bactérias na garganta, nas fossas nasais, na vagina e em feridas são colhidas desse modo. Embora possam causar algum desconforto, esses procedimentos em geral são rápidos e relativamente indolores.

    Exemplos dessas colheitas:

    Secreções e células do aparelho reprodutor feminino. Amostras de secreção vaginal são colhidas passando um suabe nas paredes da vagina. Células do colo uterino para Papanicolaou são obtidas usando um suabe e uma espátula, ou um pequeno pincel. Os dois procedimentos são indolores. Amostras de endométrio são colhidas inserindo um tubo oco flexível no útero, o que em geral provoca uma dor leve ou cólica passageira. As pacientes podem ficar pouco à vontade devido à posição das pernas, reclamar que seus apoios e o espéculo estão frios e sentir alguma pressão quando o espéculo é inserido. Elas devem relatar esses desconfortos para que sejam tomadas providências adequadas. Também podem ficar mais à vontade se a colheita for feita por uma mulher ou se houver uma mulher presente.

    Secreções do nariz e da garganta. A amostra é colhida passando um suabe sobre a área de interesse. É comum haver um engasgo momentâneo ao contato do suabe com a garganta. É inevitável sentir uma dor passageira quando há inflamação na garganta ou no nariz. Havendo necessidade, pode ser útil fazer técnicas de relaxamento antes e depois da colheita.

    Amostras de feridas. Amostras de secreção ou de pus são colhidas passando um suabe sobre feridas superficiais. Ele pode provocar dor ao tocar o tecido inflamado. No caso de feridas profundas, o material pode ser aspirado usando agulha e seringa.

  • Amostras internas

    Algumas amostras só podem ser colhidas atravessando a pele, como sangue e tecidos, o que com frequência causa dor. Conhecer esses procedimentos ajuda a aliviar a ansiedade natural antes desses tipos de colheita. Leia o artigo Lidando com a dor e a ansiedade relacionadas com exames.

    Alguns exemplos desses tipos de amostra:

    Sangue — Amostras de sangue são colhidas de vasos sanguíneos (veias, capilares e, algumas vezes, artérias) por pessoas treinadas. São obtidas por punção com uma agulha, sucção e transferência do sangue para tubos especiais. O procedimento em geral é rápido e provoca pouca dor, quando a agulha é inserida e quando é retirada. Veja mais informações em Dicas para os exames de sangue.

    Biópsias de tecidos — Amostras de tecidos do corpo são obtidas de qualquer parte, como mamas, pulmões ou pele, e, dependendo do local, envolvem diversos graus de invasão e de dor ou desconforto. A duração dos procedimentos e da recuperação também varia muito. A colheita é feita por médicos ou enfermeiras treinadas. Os principais procedimentos de biópsiasão:

    • Biópsia com agulha. Uma agulha é inserida no local e células e líquido são retirados usando uma seringa. O paciente sente uma picada no local da inserção da agulha. A recuperação é imediata, e pode haver um desconforto leve após o procedimento.
    • Uma biópsia aberta é um procedimento cirúrgico em que é feita uma incisão na pele e uma porção de tecido é cortada no local. Em uma biópsia fechada, é feita uma pequena incisão, através da qual é inserido um instrumento que o cirurgião usa para retirar a amostra de tecido. Esses procedimentos são feitos em uma sala de cirurgia em um hospital, com anestesia local ou geral do paciente. O tempo de recuperação depende do local e do procedimento usado.

    Líquido cefalorraquiano — Uma amostra de líquido cefalorraquiano é obtida por punção lombar. A pessoa fica deitada ou sentada com a coluna vertebral em flexão. Após assepsia e anestesia da pele, é inserida uma agulha especial entre duas vértebras até o canal espinhal, e o médico colhe uma pequena quantidade de líquido cefalorraquiano em alguns frascos estéreis. A agulha é retirada, é feito um curativo e o paciente permanece deitado sem elevar a cabeça durante uma ou mais horas, para evitar cefaleia (dor de cabeça) após a colheita. Qualquer sensação anormal, como cefaleia, formigamento ou dor nas pernas ou no local da punção devem ser comunicadas imediatamente ao médico.

    Outros líquidos corporais como líquido sinovial, líquido peritonial, líquido pleural ou líquido pericárdico são colhidos usando procedimentos semelhantes à punção lombar, utilizando agulha e seringa. Em geral, é necessário fazer algum tipo de preparação, aplicar anestesia local e permanecer em repouso após o procedimento. Para mais detalhes, leia  descrições em artrocenteseparacentesetoracocentese e pericardiocentese.

    Medula óssea — O aspirado e a biópsia de medula óssea são feitos por médicos. As amostras são colhidas no osso da pelve (ilíaco) ou na frente do tórax (esterno). Em crianças, são usadas também vértebras ou a tíbia. Os pacientes podem receber um sedativo antes da colheita. O local de inserção da agulha é limpo com um antisséptico e anestesiado. A agulha é inserida através da pele e do osso cortical até alcançar a medula óssea. Para o aspirado, é usada uma seringa. Para a biópsia, é utilizada uma agulha especial que permite a colheita de um cilindro de osso e de medula. Apesar da anestesia, é comum ocorrer uma sensação desconfortável de pressão durante esses procedimentos. Após a colheita, é aplicado um curativo e o paciente é dispensado assim que estiver sentindo-se bem.

  • Fontes do artigo

    NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

    Fontes usadas na revisão atual
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    Fontes usadas em revisões anteriores
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    Entrevistas
    Rebecca Elon, MD, MPH. Medical Director of North Arundel Senior Care, Severna Park, Maryland.
    Joy Goldberger, MS, CCLS. Education Coordinator, Child Life Department, Johns Hopkins Children’s Center, Baltimore, Maryland.
    Saralynn Pruett, MT (ASCP). Phlebotomy Supervisor, Department of Laboratory Medicine and Pathology, Mayo Foundation, Rochester, Minnesota. 
    Karen Szafran, CPNP. Nurse practitioner, pediatric practice, Alexandria, Virginia. 
    Myra Daly, PT (ASCP). Phlebotomy Supervisor, Northwest Community Healthcare, Arlington Heights, Illinois. 
    Joan Kosiek, MT(ASCP)SH. Point-of-care consultant, Northwest Community Healthcare, Arlington Heights, Illinois. 
    Richard Flaherty. Executive Vice-President, American Association for Clinical Chemistry, Washington, District of Columbia.