O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum em homens, depois do câncer de pele. Nos EUA, 186 mil novos casos são diagnosticados e 29 mil pacientes morrem por ano. O risco é maior em homens com história familiar da doença e aumenta com a idade. Mais de 70% dos casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos de idade.
A próstata é uma pequena glândula em forma de noz que circunda a uretra masculina. Sua secreção faz parte do sêmen. O câncer de próstata pode permanecer localizado no interior da próstata durante muitos anos, sem causar sintomas. Na maioria dos casos, o tumor tem crescimento lento, e os sintomas só ocorrem quando há compressão da uretra, que causa, por exemplo, micção frequente, especialmente à noite, urina ou sêmen com sangue ou pus e desconforto lombar, pélvico ou na parte superior das coxas. Esses sintomas, entretanto, podem ocorrer com outros problemas, como hipertrofia benigna da próstata, infecção urinária, prostatite aguda ou doenças transmitidas sexualmente.
A hipertrofia benigna da próstata é muito comum em idosos. De acordo com a American Urological Association, dos EUA, ela afeta até 90% dos homens com 80 anos de idade. Não é causa do câncer de próstata, mas as duas doenças podem coexistir. Os médicos devem avaliar se os sintomas de um paciente são devidos a câncer de próstata, hiperplasia benigna ou outra doença. Além disso, têm que determinar a importância clínica de um câncer diagnosticado. Se o câncer de próstata for um tumor localizado de crescimento lento, pode não causar problemas para a pessoa. Diz-se que “muitos homens morrem com câncer de próstata, mas não por causa dele”. Além disso, o tratamento tem efeitos colaterais desagradáveis, como disfunção erétil e incontinência urinária.
Entretanto, alguns tumores crescem agressivamente e se disseminam na região pélvica e além, e outros de crescimento lento crescem o suficiente para causar sintomas e precisar de tratamento. É papel do médico diagnosticar o câncer, determinar sua velocidade de expansão e decidir, junto com o paciente, o que fazer e quando.