Também conhecido como
Influenza
Gripe aviária
Gripe suína
H1N1
Influenza A
Influenza B
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Este artigo foi modificado pela última vez em 30 de Novembro de 2019.
Resumo

Gripe (ou influenza) é uma infecção respiratória viral que se dissemina entre pessoas através de tosse, espirros ou contato com superfícies contaminadas. É provocada por vírus influenza dos tipos A, B e, raramente, C. A causa mais comum é o influenza A, responsável pela pandemia e pela maioria das epidemias de gripe. Em climas mais frios, a influenza é sazonal e ocorre principalmente no inverno. Em regiões mais quentes, pode ocorrer durante todo o ano. Em cada ano, há diversas cepas virais envolvidas, mas em geral predominam um ou dois tipos.

Os vírus A e B da gripe sofrem constantemente alterações genéticas, tornando-se resistentes à imunidade gerada por uma infecção anterior ou por vacinação. Quando muitas pessoas estão susceptíveis, ocorre uma epidemia de gripe. Além disso, o vírus influenza A pode sofrer alterações genéticas que tornam uma cepa mais letal ou mais infecciosa. As vacinas desenvolvidas todos os anos para prevenção da gripe se baseiam na opinião dos especialistas sobre as cepas predominantes na comunidade e, em geral, contêm vírus atenuados ou inativados de duas cepas de influenza A e uma de influenza B.

O vírus influenza A é subclassificado com base em dois antígenos proteicos: H (hemaglutinina) e N (neuraminidase). Os subtipos mais comuns de infecção em humanos são chamados H1N1 e H3N2. Outros dados são usados para classificar cepas específicas, como o lugar e o ano em que ela foi observada pela primeira vez, além de um número de designação. Por exemplo, a cepa predominante na gripe de 2003-2004 foi chamada influenza A/Fujian/411/2002 (H3N2).

O vírus da gripe causa doença em humanos e em muitos animais, incluindo aves, porcos, cães e cavalos. A maioria das cepas de animais raramente infecta humanos. Isso ocorre quando há contato suficiente com animais, como no caso de criadores de galinhas ou de porcos, mas a infecção raramente se transmite de uma pessoa para outra.

Em geral, a classificação dos vírus interessa apernas à comunidade médica e aos órgãos de vigilância epidemiológica. Nos últimos anos, dois tipos ganharam atenção mais geral.

Gripe aviária

A gripe aviária é causada por um vírus do tipo A, H5N1, descrito em Hong Kong, em 1997. Ele causou uma epidemia em aves no sudeste asiático em 2004 e afetou também algumas pessoas.

Gripe H1N1 (suína)

O vírus H1N1 de 2009, foi chamado “suíno”, mas sabe-se agora que é uma combinação de vírus humanos, suínos e aviários. Foi relatado no México e nos EUA, e é uma cepa nova de vírus influenza A, H1N1. Permanece como o vírus A predominante em todo o mundo.

A pandemia mais letal da história ocorreu em 1918-1919. Foi provocada por um vírus influenza A H1N1, que infectou cerca de um terço da população do mundo e matou de 20 milhões a 50 milhões de pessoas.

Sinais e sintomas

Na maioria dos casos, a gripe é uma doença de gravidade moderada. Causa sintomas como fadiga, febre, calafrios, entupimento nasal, dor na garganta, na cabeça e nos músculos, tosse e, em alguns casos, diarreia e vômitos. Esses sintomas são observados em diversas infecções virais.

A gripe pode resultar em complicações mais graves, como pneumonia viral ou bacteriana secundária, em crianças pequenas, idosos, mulheres grávidas e pessoas com asma, doenças pulmonares, doenças cardíacas, diabetes, doenças renais, doenças hepáticas, pessoas com imunidade diminuída, como portadores de câncer ou de HIV/AIDS.

O período de incubação é de dois dias, seguidos de alguns dias de doença e desaparecimento dos sintomas. O período de transmissão começa geralmente um dia antes dos sintomas e dura de cinco a sete dias. Crianças e pessoas imunodeprimidas podem transmitir a gripe durante períodos mais longos.

 

 

     

     

     

     

     

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    Sobre Gripe
    • Exames

      Os exames laboratoriais são feitos para diagnosticar a gripe, para distingui-la de outras infecções virais, para orientar o tratamento e para monitorar a disseminação da geográfica doença.

      A maioria das pessoas não faz exames para gripe. Ou não procuram o médico ou o médico faz o diagnóstico com base nos sintomas e na presença de gripe na comunidade. Além disso, os exames rápidos não detectam todos os casos, e os mais sensíveis são demorados. Para ter importância no tratamento, um exame deve ficar pronto em 48 horas após o início dos sintomas.

      Exames laboratoriais

      Estão disponíveis diversos tipos de exames:

      • Pesquisa rápida de antígenos virais. Detecta antígenos dos vírus influenza A e B. Pode ser feita no consultório médico, com resultados em 30 minutos.
      • Fluorescência direta. Pesquisa de vírus usando anticorpos fluorescentes. É mais sensível que a pesquisa rápida de antígenos, mas exige treinamento especializado.
      • Cultura de vírus. É o método ideal, mas demora de 3 a 7 dias. Permite a classificação detalhada da cepa viral.
      • Reação em cadeia de polimerase (PCR). Exame sensível, que detecta material genético do vírus. Algumas técnicas são quantitativas. Uma versão específica foi desenvolvida para detectar o vírus H1N1 de 2009.
      • Pesquisa de anticorpos anti-influenza A e B. Mede a resposta imunológica à infecção. Usada em pesquisa epidemiológica.

      Para mais detalhes, veja o artigo exames para gripe.

      Exames não laboratoriais

      • Radiografias de tórax. Feitas para avaliar os pulmões em pessoas com sintomas de pneumonia.
    • Tratamentos

      O melhor modo de controlar a gripe é evitar a infecção, o que é feito com vacinação anual e ações para minimizar o contágio.

      Em 2010, foram recomendadas duas vacinações: uma visando a gripe sazonal e outra específica para o vírus influenza A H1N1. As ações para evitar o contágio são lavagem das mãos, limpeza de superfícies contaminadas, direcionar a tosse e os espirros para lenços e, em indivíduos afetados, manter repouso em casa e limitar contatos com outras pessoas.

      A maioria das pessoas com gripe tem uma doença moderada e autolimitada, que não precisa de assistência médica. Líquidos e medicamentos comuns são usados para controlar a dor e a febre até que os sintomas desapareçam.

      Alguns medicamentos antivirais podem ser usados para tratar gripes. Quando administrados no início da doença, ajudam a reduzir a duração dos sintomas e o período de transmissão do vírus. Entretanto, é comum os virus apresentarem resistência aos medicamentos. Por isso, só é recomendado o tratamento com antivirais em pacientes com risco de complicações graves.

      Infecções bacterianas secundárias, como pneumonia, precisam de tratamento com antibióticos.

    Fontes dos Artigos

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