O estômago produz ácido clorídrico e pepsina, uma enzima que digere proteínas dos alimentos. O revestimento do estômago e do duodeno é protegido da ação do ácido e da pepsina por uma camada de muco e por substâncias chamadas prostaglandinas. Quando essa proteção falha, formam-se feridas na parede do estômago e do duodeno chamadas úlceras pépticas.
A maioria (70% a 90%) das úlceras pépticas está associada a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que causa uma inflamação crônica envolvendo o estômago e o início do duodeno. A infecção é encontrada em cerca de 50% das pessoas em todo o mundo, mas menos de 20% das infectadas apresentam sintomas.
Outra causa comum de úlceras pépticas é o uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides, como aspirina (ácido acetil-salicílico), naproxeno e ibuprofeno, que inibem a produção de prostaglandinas. Casos raros são causados por tumores do pâncreas ou do intestino delgado que secretam gastrina, um hormônio que aumenta a secreção gástrica de ácido e de pepsina.
Bebidas alcoólicas ou fumo em excesso podem piorar úlceras pépticas ou dificultar a cicatrização.
Sintomas
Sintomas comuns:
- Dor abdominal relacionada com as refeições.
- Distensão abdominal.
- Náuseas e vômitos.
- Perda de apetite e perda de peso.
Sintomas que exigem atenção médica imediata:
- Vômitos com sangue (hematêmese).
- Fezes negras (melena), devido à presença de sangue oxidado.
- Dor abdominal súbita, intensa e persistente, indicativa de perfuração do estômago ou do duodeno e peritonite, que exige cirurgia urgente.