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Este artigo foi revisto pela última vez em 27 de Outubro de 2008.
Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Maio de 2019.
Também conhecido como:
Amostra:
Raspado de mucosas genital e/ou anal
É necessária alguma preparação?
Mulheres não devem usar duchas ou fazer banhos de imersão antes da colheita. O exame deve ser transferido se estiverem menstruadas. O médico pode pedir que a paciente evite ter relações sexuais nas 24 ou 48 horas anteriores, e esvazie a bexiga antes do exame.
Por que fazer este exame?
Em geral, para triagem de infecções por papilomavírus humano (HPV) para complementar um teste de Papanicolaou anormal. Algumas vezes, para detectar infecções do HPV em homens, que podem estar associadas a câncer anal ou peniano.
O que está sendo pesquisado?
O papilomavírus humano (HPV) inclui cerca de 100 tipos diferentes de vírus. Alguns, causam verrugas em áreas diversas da pele, e outros, verrugas genitais (condilomas). As infecções são frequentes em homens e mulheres jovens contaminados principalmente por relações sexuais genitais, orais e anais, e são autolimitadas, desaparecendo na maioria dos casos antes de 18 meses. Entretanto, alguns tipos de HPV, como HPV-16, HPV-18, HPV-31 e HPV-45 não provocam a formação de verrugas visíveis e podem causar infecções persistentes associadas a um aumento do risco de câncer do colo do útero e outros tipos menos comuns de câncer, como de vagina, pênis, ânus, boca e garganta. A pesquisa de DNA do HPV detecta infecção por diversos tipos de HPV, especialmente os associados a risco de câncer. Em 2024, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde deu parecer positivo à incorporação da detecção de DNA do HPV por meio de biologia molecular.
A papilomatose genital é uma das doenças transmitidas sexualmente mais comuns no mundo. O câncer de colo uterino configurou o terceiro mais incidente em mulheres no Brasil, no triênio 2023-2025, totalizando mais de 17.000 casos no período.
A pesquisa de DNA do HPV pode ser solicitada para identificar os tipos que representam aumento do risco de câncer.
No Brasil, o exame de rastreamento é solicitado em mulheres sexualmente ativas a partir de 25 aos 64 anos de idade. Após dois exames sem alterações atípicas, o exame pode ser coletado a cada três anos. Contudo, há a recomendação de vários países em iniciar o rastreio a partir dos 21 anos, juntamente com o teste molecular, podendo espaçar novos exames a cada cinco anos. Espera-se que, com a incorporação da tecnologia pelo SUS, as diretrizes sejam atualizadas.
Os diversos sistemas de exame detectam tipos de HPV diferentes. O mais simples identifica apenas o HPV-16 e o HPV-18, associados a cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero. Outros detectam um número maior de tipos associados a câncer ou a verrugas genitais (condilomas). Esses podem ser:
Resultados negativos significam que uma infecção é improvável. Em todos os casos negativos, deve ser considerada a aplicação da vacina para HPV.
Resultados positivos significam infecção pelo tipo identificado, e precisam ser acompanhados quando esses tipos estão associados a risco de câncer. Nesses casos, o exame citológico (Papanicolau) deve ser repetido com maior frequência a depender da alteração citológica encontrada, seguido de colposcopia e biópsia, quando necessário.
É muito rara a transmissão do HPV entre a mãe e o feto durante o parto vaginal, mas pode resultar no surgimento de verrugas na garganta ou na laringe (papilomatose laríngea ou papilomatose respiratória recorrente).
Não há tratamento para o vírus, mas o sistema imunológico normalmente é capaz de eliminá-lo. Verrugas podem ser tratadas usando substâncias corrosivas, cauterização, congelamento ou cirurgia. Alterações pré-cancerosas ou cancerosas do colo do útero observadas com coloração de Papanicolau são retiradas por cauterização, congelamento ou cirurgia.
FONTES DO ARTIGO
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer de colo de útero. 2016.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). Dados e números sobre o colo do útero/ Relatório anual 2023.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Testagem Molecular para detecção do HPV e rastreamento do câncer de colo do útero.