Também conhecido como
Proteinúria de 24 horas
Relação proteínas/creatinina urinária
Nome formal
Proteinúria
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 04 de Dezembro de 2017.
De relance
Por que fazer este exame?

Para detectar excreção excessiva de proteínas na urina, o que pode indicar lesão renal.

Quando fazer este exame?

Como um exame de rotina; quando há suspeita de lesão renal; para monitorar distúrbios que afetam os rins.

Amostra:

Amostra de urina aleatória ou de 24 horas.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma preparação é necessária.

O que está sendo pesquisado?

Os rins filtram o plasma sanguíneo constantemente, eliminando substâncias indesejadas na urina. As proteínas plasmáticas, que são substâncias maiores, normalmente não são filtradas ou são reabsorvidas nos túbulos renais, e não são detectadas por métodos de rotina na urina normal. A presença de quantidades anormais de proteínas na urina pode indicar doença renal.

O método mais comum de pesquisa de proteínas na urina usa tiras reagentes com um corante que reage principalmente à albumina, a principal proteína plasmática. Faz parte da urinálise, exame de rotina que pesquisa sinais de doenças em uma amostra aleatória de urina, que geralmente é a primeira da manhã porque é mais concentrada. Como a concentração de substâncias na urina varia durante o dia, o uso de métodos bioquímicos em uma amostra de 24 horas permite medidas mais precisas. Para evitar o incômodo da colheita de 24 horas, especialmente em crianças pequenas, outra opção é medir, além das proteínas, a creatinina em uma amostra aleatória, e expressar o resultado como uma relação entre proteínas e creatinina, que tem uma precisão comparável à da dosagem na urina de 24 horas, em pessoas com massa muscular normal.

A albumina representa cerca de 60% das proteínas plasmáticas. O restante é formado por uma mistura de globulinas, incluindo imunoglobulinas. Como a albumina é mais comum e tem uma molécula relativamente pequena, ela é eliminada na urina com mais facilidade que a maioria das globulinas. Alguns métodos muito sensíveis medem quantidades pequenas de albumina na urina (microalbuminúria), que tem significado em doenças como as diabetes e hipertensão arterial.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra aleatória de urina é colhida em um frasco. Para uma amostra de urina de 24 horas, toda a urina emitida durante 24 horas é colhida e mantida sob refrigeração.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária.

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    A proteinúria avalia a quantidade de proteínas na urina, usada para monitorar a função renal e para detectar lesão ou doença renal no início. Um exame semiquantitativo utilizando tiras reagentes, que faz parte da urinálise, é usado para triagem da população em geral. Se forem detectadas quantidades aumentadas de proteínas, o exame pode ser repetido em outra ocasião ou ser detalhado com uma dosagem de proteínas em uma amostra de urina de 24 horas. Como alternativa, podem ser dosadas proteínas e creatinina em uma amostra aleatória de urina, e os resultados expressos como uma relação entre as quantidades de proteínas e creatinina.

  • Quando o exame é pedido?

    A pesquisa de proteínas na urina com tiras reagentes é usada para triagem da população em geral, durante a gravidez e sempre que o médico quiser avaliar a função renal.
    Outros exames podem ser pedidos simultaneamente, como eletroforese de proteínas no sangue e na urina, para determinar que proteínas estão sendo eliminadas e as dosagens de ureia e creatinina, para melhor avaliação da função renal.

  • O que significa o resultado do exame?

    Nem sempre a presença de proteínas na urina significa lesão renal. Em alguns casos, ocorre acúmulo de proteínas de baixo tamanho no plasma, que não podem ser completamente retidas pelos rins (proteínas inflamatórias, cadeias leves de imunoglobulinas). Em outros casos, a proteína é adicionada à urina nas vias urinárias, após sua formação nos rins (infecções e tumores das vias urinárias). Em algumas pessoas jovens, a proteinúria pode ocorrer durante o dia, mas não à noite, sem indícios de doença ou lesão renal (proteinúria ortostática). Em todos os casos, a proteinúria deve ser considerada um sinal de alarme e precisa ser investigada.
    Proteinúria está associada a muitas doenças e estados clínicos. Abaixo estão alguns exemplos:

    • Síndrome nefrótica
    • Amiloidose
    • Câncer de bexiga
    • Uso de medicamentos tóxicos para os rins
    • Glomerulonefrite
    • Pré-eclâmpsia
    • Síndrome de Goodpasture
    • Envenenamento com metais pesados
    • Infecção renal
    • Mieloma múltiplo
    • Doença policística renal
    • Lúpus eritematoso sistêmico
    • Infecção urinária
  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    A eficiência dos diferentes métodos de detecção de proteínas na urina varia. As tiras reagentes medem principalmente a albumina, e o exame feito com elas pode não detectar quantidades significativas de outras proteínas na urina, como cadeias leves de imunoglobulinas. A dosagem de proteínas na urina de 24 horas é mais precisa porque mede mais uniformemente as diferentes proteínas.

  • Posso pesquisar proteínas na urina em casa?

    É possível. Há tiras reagentes que podem ser usadas em casa. Em geral, isso não é necessário para pessoas que estão em acompanhamento médico. (Veja artigo sobre Exames em casa.)

  • Uma lesão renal é reversível?

    Depende do tipo. Se a proteinúria detectada é consequência de uma infecção ou um medicamento, os rins podem voltar ao normal com o tratamento da infecção ou com a suspensão do medicamento. Alguns outros tipos de lesão renal são progressivos.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

 

Fontes usadas na revisão atual

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Fontes usadas nas revisões anteriores

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Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (2001). Mosby’s Diagnostic and Laboratory Test Reference 5th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO.

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