Também conhecido como
Anti-HAV IgG
Anti-HAV IgM
Anti-HAV total
Nome formal
Anticorpos para hepatite A
Este artigo foi revisto pela última vez em
Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Junho de 2019.
De relance
Por que fazer este exame?

Para diagnosticar infecção pelo vírus da hepatite A (HAV) ou para avaliar a resposta à vacinação contra hepatite A.

Quando fazer este exame?

Quando há sintomas de infecção ou exposição ao HAV; após vacinação contra hepatite A.

Amostra:

Sangue retirado de uma veia do braço.

É necessária alguma preparação?

Nenhuma.

O que está sendo pesquisado?

Hepatite é uma inflamação do fígado. As hepatites mais comuns são provocadas por infecções virais, classificadas por letras: A, B, C, D, E. A causada pelo vírus da hepatite A (HAV) é uma doença aguda muito contagiosa, caracterizada por inflamação e aumento do fígado, que se transmite por água contaminada ou por contato com uma pessoa infectada. Ao contrário de outros tipos, a hepatite A não costuma assumir uma forma crônica.

Alguns exames são usados no diagnóstico de hepatites. Há aumento das bilirrubinas e de algumas enzimas plasmáticas (ALT e AST), mas essas alterações não distinguem as diferentes causas de hepatites. Pessoas expostas à hepatite A formam anticorpos específicos contra o vírus, que podem ser detectados para identificar a infecção ou testar o resultado da vacinação.

Pessoas expostas à hepatite A produzem anticorpos IgM em duas a três semanas após a contaminação, que persistem de dois a seis meses no plasma. Anticorpos IgG são produzidos a partir da segunda semana e permanecem durante toda a vida. Uma pesquisa positiva de anticorpos IgM confirma o diagnóstico de hepatite A. A pesquisa de anticorpos totais (IgM e IgG) detecta infecção atual ou passada, ou se a pessoa está imunizada.

A vacinação contra hepatite A evita a doença. Pessoas vacinadas têm anticorpos IgG por toda a vida.

Como a amostra é obtida para o exame?

Uma amostra de sangue é colhida inserindo uma agulha em uma veia do braço.

NOTA: Se exames médicos em você ou em alguém importante para você o deixam ansioso ou constrangido, ou se você tem dificuldade de lidar com eles, leia um ou mais dos seguintes artigos: Lidando com dor, desconforto ou ansiedade durante o exame, Conselhos sobre exames de sangue, Conselhos para ajudar crianças durante exames médicos, e Conselhos para ajudar idosos durante exames médicos.

Outro artigo, Siga essa amostra, fornece uma visão da coleta e do processamento de uma amostra de sangue e de uma amostra de cultura da garganta.

É necessário algum preparo para garantir a qualidade da amostra?

Nenhuma preparação é necessária.

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Perguntas frequentes
  • Como o exame é usado?

    Esse exame é usado para diagnosticar uma infecção pelo vírus da hepatite A (HAV). Como há diversas causas de hepatite, o exame permite distinguir o tipo  A de outras formas da doença.

    Há dois tipos de exame, que identificam tipos diferentes de anticorpos:

    • Anticorpos anti-HAV IgM são produzidos em primeiro lugar e são considerados diagnósticos da hepatite A.
    • Anticorpos anti-HAV IgG se desenvolvem um pouco mais tarde e permanecem por toda a vida. Não há um exame específico para anticorpos IgG. O que é utilizado detecta os dois tipos (IgM e IgG). Um resultado positivo indica infecção atual ou passada, ou vacinação anterior.

    Esses exames podem ser pedidos para verificar exposição em pacientes assintomáticos.

    Também são realizados para confirmar o efeito da vacinação ou uma infecção anterior.

    No caso de hepatite aguda, podem ser pedidos outros exames, como bilirrubinas, hepatograma, ALT e AST.

  • Quando o exame é pedido?

    Faz-se a pesquisa de anticorpos anti-HAV IgM quando a pessoa tem sintomas agudos, como:

    • Febre
    • Fadiga
    • Perda de apetite
    • Náuseas, vômitos, dor abdominal
    • Urina escura e/ou fezes pálidas
    • Icterícia

    Em algumas pessoas, especialmente crianças, a hepatite A pode não causar sintomas. Por isso, faz-se o exame para confirmar a exposição, mesmo quando não há sintomas.

    Também se pode pedir o exame antes e depois da vacinação. Um resultado positivo antes da vacinação mostra que a pessoa já está imunizada, e que a vacina será inútil. Quando feito depois da vacinação confirma o efeito da vacina. Em geral, isso não é feito porque quase todas as pessoas respondem à vacinação.

  • O que significa o resultado do exame?

    Se a pessoa não foi vacinada, os resultados do exame indicam:

    Anti-HAV IgM Anti-HAV total (IgM and IgG) Resultados indicam
    Positivo   Infecção aguda
    Negativo Positivo Infecção aguda ou exposição anterior; imunidade ao HAV
      Positivo Vacinado; imunidade ao HAV
      Negativo Não há nem houve infecção; a vacina pode ser recomendada
  • Há mais alguma coisa que eu devo saber?

    Cerca de 30% das pessoas acima de 40 anos de idade têm anticorpos totais positivos para hepatite A. Isso significa que tiveram contato com o vírus, mas a maioria não apresentou sintomas.

    No passado, o único modo de impedir a hepatite A após uma exposição era aplicar uma injeção de gamaglobulina. Hoje, as autoridades recomendam a vacina após a exposição em pessoas com menos de 40 anos de idade. Como não se conhece o efeito da vacina em quem têm mais de 40 anos, a gamaglobulina pode ser usada nessa faixa etária depois de ocorrer a exposição.

  • Como peguei o vírus sem perceber?

    O vírus é encontrado em água contaminada com fezes. A contaminação pode ocorrer após ingerir frutas ou vegetais manipulados por uma pessoa infectada, que não lavou bem as mãos, ou frutos do mar que se alimentaram em águas contaminadas. Em crianças infectadas é frequente não haver sintomas ou eles podem se manifestar de forma branda e passageira, como febre ou diarreia.

  • Durante quanto tempo uma pessoa contaminada pode transmitir a doença?

    A transmissão pode ocorrer desde o momento em que a pessoa é infectada até o aparecimento dos sintomas, tempo que varia de alguns dias a quatro semanas. Entretanto, crianças e adultos imunodeprimidos podem ser contagiosos por até seis meses.

  • Como é tratada a hepatite A?

    Não há tratamento específico. A doença em geral se resolve sem deixar sequelas. O tratamento é de apoio, com hidratação e dieta branda. Raros casos de hepatite fulminante, uma forma grave com insuficiência hepática, precisam de internação hospitalar. A hepatite A tende a ser mais grave e pode precisar de cuidados especiais em idosos ou em pessoas com doenças hepáticas crônicas.

  • Há como evitar a hepatite A?

    Sim. Há uma vacina, recomendada para crianças com um ano de idade e para pessoas com risco aumentado, como:

    • Cianças e adolescentes que vivem em áreas de risco
    • Quem viaja para áreas de risco
    • Usuários de drogas ilegais
    • Homossexuais masculinos
    • Pessoas com maior risco de complicações, como as que sofrem de doenças hepáticas crônicas

    Quem se expôs ao vírus pode tomar a vacina ou gamaglobulina para evitar a doença.

    Outra forma de evitar hepatite A é adotar medidas de higiene, que incluem lavar as mãos depois de usar o banheiro, após trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos.

Fontes do artigo

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas

 

Fontes usadas na revisão atual

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(Sep. 5, 2009) Mayo Clinic Staff. Hepatitis A. Available online at http://www.mayoclinic.com/health/hepatitis-a/DS00397 through http://www.mayoclinic.com. Accessed September 2009.

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(Updated February 2009) American Academy of Family Physicians. Hepatitis A. Available online at http://familydoctor.org/online/famdocen/home/common/infections/hepatitis/897.html through http://familydoctor.org. Accessed August 2009.

Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics. Burtis CA, Ashwood ER and Bruns DE, eds. 4th ed. St. Louis, Missouri: Elsevier Saunders; 2006, Pp 1804-1805.

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Fontes usadas em revisões anteriores

Clinical Chemistry: Principles, Procedures, Correlations. Michael L. Bishop, Janet L. Duben-Engelkirk, Edward P. Fody. Lipincott Williams & Wilkins, 4th Edition.