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TSH

TSH

Este artigo foi revisto pela última vez em 27 de Outubro de 2008.

Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Maio de 2019.

Também conhecido como:

  • Hormônio Estimulador da Tireoide
  • Tireotropina

Amostra:
Sangue
Em bebês, por punção do calcanhar (no teste do pezinho).

É necessária alguma preparação?
O preparo para o exame não exige jejum ou outras condições específicas, embora seja importante informar ao médico sobre medicamentos em uso e horários de administração dos mesmos, pois podem interferir nos resultados, por exemplo a biotina.

Por que fazer este exame?
O exame de TSH, formalmente conhecido como teste do Hormônio Estimulador da Tireoide, desempenha um papel crucial na avaliação da função tireoidiana, sendo amplamente utilizado para o diagnóstico de disfunções tireoidianas, como hipotireoidismo e hipertireoidismo. 

Além disso, é frequentemente empregado no monitoramento terapêutico de pacientes com distúrbios tireoidianos previamente diagnosticados.

O que está sendo pesquisado?

O exame mede a quantidade de Hormônio Estimulador da Tireoide (TSH) no sangue, produzido pela glândula hipófise, órgão localizado na parte inferior do cérebro. Esta faz parte do sistema de feedback (retroalimentação) do organismo para regular os níveis de T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina), hormônios da tireoide que controlam o metabolismo do corpo. Quando esses níveis caem, o hipotálamo libera o Hormônio Liberador de Tireotropina (TRH), estimulando a hipófise a produzir TSH, que, por sua vez, regula a produção de T4 e T3 pela tireoide, glândula em formato de borboleta localizada na porção central do pescoço anterior a traqueia. Quando os três órgãos estão funcionando normalmente, a produção da tireoide aumenta e diminui para manter constantes os níveis dos hormônios tireoidianos. Se a hipófise não funciona bem, isso pode resultar em quantidades aumentadas ou diminuídas de TSH.

Disfunções na hipófise, tireoide ou hipotálamo podem alterar o TSH, resultando em:

  • Hipertireoidismo: TSH baixo, sintomas como perda de peso, nervosismo e insônia.
  • Hipotireoidismo: TSH elevado, sintomas como ganho de peso, fadiga e intolerância ao frio.

Problemas tireoidianos podem ocorrer independentemente dos níveis de TSH, sendo essenciais para diagnóstico e monitoramento clínico.

A análise do TSH é um procedimento diagnóstico de primeira linha na endocrinologia clínica, fornecendo informações fundamentais sobre o estado funcional da tireóide e seu eixo regulador.

Perguntas Frequentes

  • Triagem Neonatal: No Brasil, a triagem do TSH integra o programa de triagem neonatal (“Teste do Pezinho”), essencial para a detecção precoce de hipotireoidismo congênito.
  • Diagnóstico: Identificação de disfunções tireoidianas em pacientes sintomáticos.
  • Monitoramento Terapêutico: Avaliação da eficácia do tratamento de reposição hormonal em casos de hipotireoidismo ou manejo de hipertireoidismo.
  • Infertilidade Feminina: Contribui para a investigação de causas relacionadas à disfunção tireoidiana.
  • Avaliação da Hipófise: Auxilia na análise da função hipofisária em casos específicos.

Indicações para a Realização

O teste é indicado em pacientes que apresentam sintomas sugestivos de disfunções tireoidianas. 

  • Sintomas de hipotireoidismo incluem fadiga, ganho de peso, pele seca, intolerância ao frio, constipação e irregularidades menstruais. 
  • Por outro lado, o hipertireoidismo pode manifestar-se por meio de perda de peso, aumento da frequência cardíaca, tremores, insônia e alterações oculares.

Além disso, o exame é realizado em intervalos regulares em pacientes sob tratamento para distúrbios tireoidianos, conforme orientação médica.

O exame de TSH é amplamente utilizado para avaliar a função da tireoide e investigar sintomas de hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Frequentemente, é solicitado junto ao teste de T4 e, em alguns casos, testes de T3 e anticorpos antitireoidianos (quando há suspeita de doenças autoimunes).

As principais aplicações do exame incluem:

  • Diagnóstico de disfunções tireoidianas;
  • Triagem neonatal para identificar hipotireoidismo congênito;
  • Monitoramento da terapia de reposição hormonal em hipotireoidismo;
  • Investigação de infertilidade feminina;
  • Avaliação da função da hipófise (em casos específicos);
  • Triagem em adultos, dependendo de critérios clínicos e idade.

O TSH é solicitado quando o paciente apresenta sinais ou sintomas de disfunções tireoidianas ou aumento da glândula tireoide.

  • Hipertireoidismo: Ansiedade, aumento da frequência cardíaca, perda de peso, insônia, tremores, fraqueza, diarreia, sensibilidade à luz, olhos inchados, irritados ou protrusos.
  • Hipotireoidismo: Ganho de peso, pele seca, constipação, intolerância ao frio, fadiga, perda de cabelo, irregularidade menstrual e espessamento da pele.

O exame também é utilizado para:

  • Monitorar o tratamento de disfunções tireoidianas;
  • Triagem neonatal no Brasil, como parte do “Teste do Pezinho”;
  • Triagem em adultos, especialmente em maiores de 60 anos, conforme diretrizes clínicas internacionais.

No Brasil, a triagem neonatal para o hipotireoidismo congênito é obrigatória por lei e realizada por meio da dosagem de TSH em sangue seco coletado do calcanhar do recém-nascido, preferencialmente entre 48 horas e o quarto dia de vida. 

Em relação à triagem de rotina para disfunções tireoidianas em adultos assintomáticos, as recomendações variam. A Associação Americana da Tireoide (ATA) sugere a dosagem de TSH a cada cinco anos em indivíduos com 35 anos ou mais. No entanto, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) não encontrou evidências suficientes para recomendar ou contraindicar a triagem de rotina em adultos assintomáticos. 

É importante que decisões sobre a triagem para disfunções tireoidianas sejam individualizadas, considerando fatores de risco, sintomas e histórico clínico de cada paciente.

Os níveis de TSH podem refletir estados distintos de saúde tireoidiana:

  • TSH Elevado: Geralmente indica hipotireoidismo, devido à baixa resposta da tireoide ao estímulo do TSH. Pode ocorrer em disfunções tireoidianas, após remoção da tireoide ou com dose inadequada de reposição hormonal. Raramente, pode ser causado por um tumor hipofisário.
  • TSH Reduzido: Sugere hipertireoidismo ou excesso de reposição hormonal. Pode também indicar dano à hipófise, reduzindo sua capacidade de produzir TSH.

Resultados anormais de TSH refletem desequilíbrios hormonais, mas não determinam a causa. Exames complementares, como T4, T3 e anticorpos tireoidianos, são necessários para investigação detalhada.

TSHT4T3Hipótese Diagnóstica
AumentadoNormalNormalHipotireoidismo leve (subclínico)
AumentadoDiminuídoDiminuído ou normalHipotireoidismo
DiminuídoNormalNormalHipertireoidismo leve (subclínico)
DiminuídoAumentado ou normalAumentado ou normalHipertireoidismo
DiminuídoDiminuído ou normalDiminuído ou normalDoença não tireoidiana; hipotireoidismo pituitário raro (secundário)

Medicamentos, como aspirina e terapia de reposição hormonal, podem alterar os resultados. Informe ao médico e ao laboratório sobre os medicamentos em uso. Seu uso deve ser discutido com o médico e informado ao laboratório antes do exame.

Após ajustes na reposição do hormônio tireoideano, recomenda-se aguardar 1-2 meses antes de repetir o exame para que a nova dose reflita o efeito pleno da dose ajustada. 

Estresse, doenças agudas e o primeiro trimestre da gravidez podem impactar os níveis de TSH. No primeiro trimestre da gravidez, os resultados podem ser baixos.

Mulheres assintomáticas geralmente não são testadas. No entanto, mulheres grávidas com sintomas ou histórico de distúrbios tireoidianos devem ser testadas conforme orientação médica para monitorar hipotireoidismo ou hipertireoidismo, tanto durante quanto após a gestação.

Para mais informações, consulte o site da Fundação Americana de Tireoide – Thyroid Foundation of America: Thyroid Problems During and After Pregnancy – Are You At Risk?

Revisado em 06 de dezembro de 2024 por Isabelle Oliveira.

NOTA: Este artigo se baseia em pesquisas que incluíram as fontes citadas e a experiência coletiva de Lab Tests Online Conselho de Revisão Editorial. Este artigo é submetido a revisões periódicas do Conselho Editorial, e pode ser atualizado como resultado dessas revisões. Novas fontes citadas serão adicionadas à lista e distinguidas das fontes originais usadas.

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