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Metanol

Metanol

Este artigo foi revisto pela última vez em 27 de Outubro de 2008.

Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Maio de 2019.

Amostra:
Sangue (mais frequente) e Urina

Por que fazer este exame?
Em casos de suspeita de intoxicação exógena por metanol após ingestão de bebida alcoólica.

É necessária alguma preparação?
Nenhuma.

O que está sendo pesquisado?

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico líquido, incolor e volátil, utilizado como combustível, como matéria prima na produção de solventes, tintas, resinas, plásticos e produtos de limpeza, além de poder estar presente em bebidas alcoólicas adulteradas/clandestinas. 

O metanol é um produto tóxico e pode ser perigoso se ingerido. A intoxicação por metanol é considerada grave, podendo acarretar cegueira permanente e até óbito. 

O metanol é metabolizado no fígado e seus metabólitos (formaldeído e ácido fórmico) se acumulam após grandes ingestões. Acima de níveis plasmáticos de aproximadamente 20 mg/dL (aproximadamente 6 mmol/L de metanol), esses metabólitos podem causar danos específicos em órgãos-alvo.

O ácido fórmico causa lesão retiniana com hiperemia do disco óptico, edema e, eventualmente, cegueira permanente, bem como lesão isquêmica ou hemorrágica nos gânglios da base. Acredita-se que essas alterações resultem da interrupção da função mitocondrial.

Há acidose metabólica profunda com hiato aniônico, que se correlaciona diretamente com o acúmulo de metabólitos ácidos tóxicos. A acidemia aumenta a capacidade de penetração dos metabólitos tóxicos nas células, deprimindo ainda mais a função do sistema nervoso central e causando hipóxia.

A eliminação do metanol se dá através das vias pulmonar e renal com meia-vida de 48 a 54 horas.

Perguntas Frequentes

A detecção de metanol em amostra biológica acima do intervalo de referência indica intoxicação exógena por metanol.

A medição das concentrações séricas de metanol é geralmente realizada por cromatografia gasosa, mas esse teste não está amplamente disponível e frequentemente deve ser realizado em um laboratório de referência.

Há alguns exames que também devem ser solicitados e que contribuem na conduta clínica dos pacientes suspeitos de intoxicação além da dosagem de metanol:

  • Gasometria arterial;
  • Eletrólitos séricos (incluindo cloreto e bicarbonato), ureia, creatinina, glicemia, função

hepática, hemograma;

  • Osmolalidade sérica e cálculo do gap osmolar (GO) e do ânion gap (AG);
  • Outros a depender do quadro clínico do paciente.

Envenenamentos por metanol causam intoxicações fatais. O reconhecimento rápido e o tratamento precoce são cruciais.

Publicado em 28 de outubro de 2025 por Maria Gabriela de Lucca Oliveira.

Fontes do Artigo

Methanol and ethylene glycol poisoning: Pharmacology, clinical manifestations, and diagnosis. UpToDate. Out 2025.

d’Alessandro A, Osterloh JD, Chuwers P, et al. Formate in serum and urine after controlled methanol exposure at the threshold limit value. Environ Health Perspect 1994; 102:178. 

Kerns W 2nd, Tomaszewski C, McMartin K, et al. Formate kinetics in methanol poisoning. J Toxicol Clin Toxicol 2002; 40:137. 

Liesivuori J, Savolainen H. Methanol and formic acid toxicity: biochemical mechanisms. Pharmacol Toxicol 1991; 69:157.

NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 360/2025-DVSAT/SVSA/MS Nota técnica – Orientações para atendimento e notificação de casos de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica.

NOTA TÉCNICA Nº 01/2025 – Secretaria de saúde de São Paulo.

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