O que está sendo pesquisado?
Esse exame mede a quantidade de insulina no sangue. A insulina é um hormônio peptídico produzido e liberado pelas células beta das ilhotas pancreáticas com o objetivo de regular a captação da glicose no sangue, fígado, células lipídicas e células musculares esqueléticas. Além disso, também promove a homeostase (equilíbrio) da glicose no corpo por meio da regulação da síntese de glicogênio, metabolismo lipídico, síntese de DNA, transcrição gênica, transporte de aminoácido e, por fim, síntese e degradação de proteínas [1].
Desse modo, o aumento da quantidade açúcar no sangue estimula a secreção e, consequentemente, o aumento da insulina plasmática. Com isso, o hormônio se liga aos receptores de insulina presentes na membrana celular, o que causa um conjunto de reações complexas de fosforilação, dentre as quais a que culmina com a liberação de vesículas com Transportadores de Glicose (GLUT). Assim sendo, os GLUTs promovem a entrada da glicose nas células dos tecidos periféricos, em especial, musculares e adiposas (de gordura), onde será usada para a produção de energia [1].
Vale ressaltar que a secreção de insulina tem dois picos: 1º) é rápido e precoce, ocorre logo após o estímulo da glicose, necessita de íons cálcio para sua secreção e se relaciona com as insulinas já preparadas e estocadas, não só isso, é conhecida por estar na transição entre o jejum e a ingestão de alimento; 2º) é lento e gradualmente ascendente, necessitando de cálcio iônico e energia para a sua secreção, sua função é aumentar a absorção de glicose nos tecidos [2].
A meia vida da insulina no sangue varia de 5 a 8 minutos e outros tecidos podem contribuir para a sua eliminação [3].
Há casos em que a quantidade de insulina liberada pelo pâncreas não é suficiente para promover os seus diversos efeitos sobre os tecidos causando um estado de hiperinsulinemia. A esse problema damos o nome de Resistência à Insulina (RI). A RI pode estar ligada a um conjunto de síndromes, as quais se relacionam com obesidade, doença cardiovascular, síndrome do ovário policísticos, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças renais, doença hepática esteatótica metabólica (ou doença hepática esteatótica associada à disfunção Metabólica), neoplasias, demências, dentre outras [1].
Deve haver um equilíbrio entre a insulina e a glicose. Um dos responsáveis pela desregulação da insulina é o Insulinoma, neoplasia rara neuroendócrina predominantemente pancreática, que secreta insulina em excesso ocasionando a hiperinsulinemia hipoglicêmica [5].
Para outras patologias relacionadas à hiperinsulinemia o diagnóstico é feito com base no aumento da insulina e/ou supressão inadequada da insulina plasmática durante a hipoglicemia espontânea ou induzida pelo jejum. Para isso, leva-se em consideração o diagnóstico de hipoglicemia associado a níveis plasmáticos de ácidos graxos e beta-hidroxibutirato associados a mensuração de hormônios como insulina, hormônio do crescimento e cortisol, junto com a determinação da resposta glicêmica a uma dose farmacológica de glucagon [5].