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Este artigo foi revisto pela última vez em 27 de Outubro de 2008.
Este artigo foi modificado pela última vez em 24 de Maio de 2019.
Também conhecido como:
Amostra:
Soro ou plasma
É necessária alguma preparação?
Não é necessário preparo
Por que fazer este exame?
Avaliação diagnóstica e prognóstica de carcinoma hepatocelular
O que está sendo pesquisado?
A des-gama-carboxi protrombina (DCP) é uma forma alterada de protrombina, um fator de coagulação produzido pelo fígado. A DCP pode ser produzida por tumores hepáticos e os níveis ficam aumentados quando o indivíduo apresenta carcinoma hepatocelular (CHC). Este exame é potencialmente útil como marcador tumoral. Ele mede a quantidade de DCP no sangue.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer hepático e ocorre em mais de 80% dos casos de cânceres que se originam no fígado.
A maioria dos casos de CHC desenvolve-se em indivíduos que possuem doenças hepáticas crônicas, como hepatite e cirrose. Os fatores de risco mais comuns para CHC são a infecção por hepatite C crônica e por hepatite B crônica. Quando isso acontece, o CHC pode surgir várias décadas após a infecção inicial. O CHC acomete mais homens do que mulheres.
Os sintomas da doença são: massa hepática, dor abdominal, perda de peso, náuseas, ascite, icterícia. A piora dos sintomas nos indivíduos com hepatite crônica e cirrose geralmente só ocorre nos estágios avançados da doença. Por esta razão, o CHC é raramente detectado nos estágios iniciais.
O exame de des-gama-carboxi protrombina (DCP) pode ser usado em conjunto com outros marcadores tumorais, como alfafetoproteína (AFP) e/ou AFP-L3% para monitorar a efetividade do tratamento para carcinoma hepatocelular (CHC), um tipo de câncer hepático. Este exame também pode ser utilizado para monitorar a recorrência do CHC após tratamento bem sucedido.
Nem todo CHC irá produzir DCP. Se esta estiver inicialmente aumentada no paciente diagnosticado com CHC, então ela poderá ser usada como ferramenta de monitoração. O exame de DCP não é considerado substituto para os de AFP ou AFP-L3%, mas ele fornece informações adicionais ao médico. Estes exames geralmente refletem a carga tumoral – a quantidade de câncer presente.
No Japão, o DCP tem sido usado em conjunto com o AFP e/ou AFP-L3% para, periodicamente, realizar triagem de indivíduos considerados em alto risco de evolução de hepatite crônica ou cirrose para CHC. Diretrizes recentes nos EUA e Europa, no entanto, não aprovaram o uso de AFP ou DCP como ferramentas de triagem. Ocasionalmente, alguns médicos podem solicitar a DCP para esse fim.
A DCP não é sensível ou específica o suficiente para ser usada para triagem da população em geral para o risco de desenvolver CHC.
O DCP não é um exame de rotina.
Pode ser usado com:
Quando o nível de DCP estiver elevado em uma pessoa com diagnóstico de CHC, significa que o câncer está produzindo esta substância e o exame pode ser usado como marcador tumoral. Como esse teste é solicitado periodicamente, podem ser avaliadas alterações ao longo do tempo. A diminuição das concentrações no indivíduo que está sendo tratado para CHC sugere resposta ao tratamento. Se os níveis permanecerem inalterados ou aumentarem após o tratamento, indica que este não está sendo efetivo. O aumento dos níveis após a conclusão do tratamento sugere recorrência do CHC.
O indivíduo pode apresentar CHC sem ter nível elevado de DCP. O tumor pode não produzir DCP ou ser tão pequeno que não produz quantidades significativas.
Aumentos na DCP e/ou AFP não são diagnóstico de CHC. Para o diagnóstico, o tumor deve ser localizado por exames de imagem. Algumas vezes, pode ser realizada biópsia, e suas células examinadas ao microscópio para ajudar a estabelecer o diagnóstico.
A DCP também pode estar elevada devido à hepatite aguda. Pequenos aumentos da DCO são comuns em pacientes com hepatite crônica, embora não tanto quanto a AFP e, geralmente, não aparecem em níveis tão elevados.
Os níveis de DCP independem da concentração de vitamina K no organismo, uma vez que sua provável fonte seja de células tumorais, apesar de a administração de vitamina K1 poder alterar transitoriamente os valores de DCP.
Não. O exame requer equipamento especializado que não é oferecido em todos os laboratórios. A amostra de sangue geralmente é encaminhada para um laboratório de referência.
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